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Palavra do leitor

A humanização dos cachorrinhos?

"A teologia se dirige ao ser humano, através do relacionar – se com a compreensão daquilo que pode ser e não do que é, porque esse papel cabe a ciência, logo, o conhecer a Deus se pauta nesta espera e de como lemos essa busca e os seus impactos, na vida"".

Texto de Mateus 24. 4-12

A derradeira segunda-feira, por volta das 20h45min, pude observar, em minha página no facebook, um comentário sobre uma sorveteria pet. De pronto e imediato, desculpem-me pela redundância, houve uma pletora ou uma abundância ou uma profusão, para não dizer uma avalanche de posições e opiniões, tanto pró quanto contra. Uns se referiam, a partir do texto escrito, com duas imagens, de um lado, a de um pet e, de outro lado, de crianças em um lixão, com a alusão de uma perda da humanidade. Outros consideravam legítimo e se dirigiam para as mais vorazes defesas, como o que há de mal, como quem disse haver uma ofensa a Deus, como depreciar um trabalho empreendedor e por ai foi. Sem sombra de dúvida, o que nos diferencia dos animais se encontra na nossa capacidade e atribuição de sermos seres de consciência, de fazer escolhas entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, entre o justo e o abominável.

Obviamente, não adentrarei no campo das alternâncias das narrativas linguísticas de cunho ou de ordem social, cultural, política, econômica, morail, comportamental, tecnológica, científica e afins que nos influenciam, que nos impactam e que nos marcam, direta ou indiretamente, profunda ou superficialmente, tampouco venho levantar uma bandeira de deificar uns e demonizar outros. Não e não! Diametralmente oposto, ocupo-me com essa idílica ou irreal crença de que podemos humanizar os animais, carinhosamente, os nossos bichinhos de estimação, numa tentativa de suprirem os hiatos ou os vazios de uma geração receosa de afetos, de emoções verdadeiras, de uma profundidade com significado interior, de uma humanização com risco. Negar seria uma tolice, da minha parte, tenho um Golden, chamo-o de Luck, e embora pule e brinque com ele, não posso esperar do mesmo – aquilo que, tão somente, eu posso ser (que eu posso ser: em bondade, em misericórdia, em compaixão, em coragem, em destemor, em esperança, em criatividade, em inovação, em recomeços, em mudanças profundas, em viver por algo, em viver por alguém, em viver com o significado de existir para o outro, em fazer o que é certo, sem a paga do que fez).

Vou adiante, somos os únicos (nós, seres humanos) que amamos, que nos apaixonamos, nos relacionamos, pelo encontro das faces; somos os únicos que os filhos não são filhotes; somos os únicos que se inquietam com a morte; somos os únicos com os desafios de enfrentar a peleja de cada dia; somos os únicos com a dádiva e a angústia do conhecer, do refletir, do romper com o pré-estabelecido. Particularmente, não venho mandar ninguém para uma inquisição moralista, por favor, não sou um algoz do mercado dos pet (s), agora, em contrapartida, até que ponto queremos humanizar os nossos bichinhos, pondo-os em carrinhos para os levar ao shopping, como se fossem recém-nascidos; até que ponto queremos humanizá-los, com aniversários regrados de bolo, de velinhas, de docinhos e salgadinhos; até que ponto queremos humanizá-los, como se fossem seres de consciência, de fazer o que é certo, de escolhas morais entre o certo e errado? Sempre é de bom parecer destacar, não soerguo nenhuma política e nenhuma direção de os maltratar, entretanto, não estamos diante de uma clara crise de identidade humana, malgrado o ser humano apresente avanços notáveis e notórios, por meio da tecnologia exponencial da quarta geração ou da era digital, do metaverso, por exemplo, não alcançamos o equilíbrio na forma de nos relacionarmos uns com os outros? É bem verdade, reitero, não estou, aqui, para julgar, para condenar, para culpar, para acusar e, somente, estabelecer pormenorizadas observações. Ademais, gosto do meu Golden, o Luck, e, com tudo isso, disponho da compreensão de que me humanizo com outras pessoas, a qual nem sempre acertaram e acertão, como eu também, e de o amor ou o se importar, o estimar e o respeitar ao outro se refere, indiscutivelmente, a cada um de nós, com o desafio da escolha entre o certo e o errado, entre o bem e o mal, entre o justo e o abominável.
São Paulo - SP
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