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Palavra do leitor

A eficácia pedagógica de Jesus

Os gregos denominavam "pedagogo" os escravos que tinham a nobre missão de conduzir os menores aos seus mentores, portanto, historicamente o termo pedagogia denota, basicamente, a imprescindível "arte de conduzir ao conhecimento".

Os evangelhos deixam transparecer em suas narrativas que a primitiva característica da pedagogia pode ser claramente percebida na inter-relação de Jesus com as pessoas, em sua rápida, porém significativa, trajetória na palestina do primeiro século.

O caminhar pedagógico do Mestre tinha como objetivo inaugurar um novo modelo de Espiritualidade, requisito indispensável para quem almejasse habitar no benfazejo Reino de Deus, cuja ênfase estava em conduzir homens e mulheres a se apropriarem da verdade libertadora e salvífica.

Evidentemente que para conduzi-los para além de suas cativas existências fazia-se necessário enfrentar algumas estruturas perversas - patriarcalismo, legalismo, ritualismo, dogmatismo, hipocrisia - que aumentavam ainda mais o abismo entre a religião oficial e a as pessoas, em suas reais necessidades espirituais.

Podemos arriscar, com base nos evangelhos, que a pedagogia de Jesus é libertadora, pois proporcionava às pessoas escravizadas por um sistema religioso sem vida, respirar o ar puro da doce e graciosa misericórdia.

O processo ensino-aprendizagem em Jesus, além de ser desafiador, assume um rosto "festeiro", ele come, bebe e celebra com "alunos delinqüentes", refeições que tinham um significado comprometedor, pois significavam declaração irrestrita de profunda amizade.

Outra característica que merece toda atenção na ação pedagógica de Jesus é o diálogo franco, aberto, nivelado e, acima de tudo, problematizador, que conduz as pessoas a fazerem suas escolhas sem qualquer tipo de constrangimento.

O quarto capítulo do evangelho de João, cujo texto descreve detalhadamente o encontro de Jesus com a mulher Samaritana, mostra a eficácia pedagógica de Jesus na construção de um novo paradigma de "espiritualidade".

Ao conversar com uma mulher Samaritana Jesus enfrentou, ou melhor, desprezou as convenções perversas de sua época, pois não era socialmente adequado um homem conversar em público com uma mulher, e não era também menos inadequado um Judeu dialogar com uma desprezível Samaritana, que além de todas estas características indesejáveis, não tinha um currículo moral dos melhores.

Por último, Jesus liberta a mulher e a todos nós da miopia religiosa que vê a presença do Senhor apenas em espaços geográficos específicos e consagrados, confinando-o a determinadas construções humanas, como se fosse possível enquadrá-lo em templos.

"Mas vem a hora – e é agora - em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade, pois tais são os adoradores que o Pai procura" (Jo 4.23).

Verdadeiros adoradores, verdadeira "espiritualidade", verdadeira liberdade, onde encontrá-los?
Joinville - SC
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