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Palavra do leitor

A ausência de Deus!

A ausência de Deus!

‘’Que a minha busca pela fé não se transforme em conceitos, mas numa ousadia para compreender que nem sempre a incredulidade representa um distanciamento, mas uma abertura e renovo’’.

O encontro com a fé, em seu momento inicial, nos leva a experiências marcantes, sentimos participar de momentos luminosos, como se estivéssemos mergulhados num encontro de sentido e significado. O fascínio parece nos elevar, há uma inclinação a propagar as boas novas, conceber ser o único caminho e sem haver nenhum outro. Agora, muitos, diante da caminhada pelos acontecimentos concretos da vida e não abstratos, adentram num estagio de esvaecer – se, de uma percepção de que Deus se foi, de sua ausência, de tudo parece ter sido mera ilusão, miragem, fantasia, engano. Tudo se resume a uma relação pesada, incerta, sem nenhum sabor de transformação e renovo.

A situação piora, ainda mais, quando nos lançamos a procura de antídotos, de realinhar todas as direções e, mesmo assim, não nos escuta, não se apresenta, não se interessa, não se importa. Não sei quanto a você, mas sabe aqueles episódios de esforços, por meio da oração, da ida a leitura, da meditação, dos conselhos e, simplesmente, recebe – se o nada, a obscuridade, como se Deus tivesse subtraído da nossa esfera de vida e se foi. Em tais cenários, podemos começar a arrazoar com outros enredos, como uma leitura da vida de caso haja, tudo bem, decidiu seguir seu caminho, ou retornamos a viver por viver e mais nada. Talvez, aqui, podemos atentar sobre um processo de transição de uma fé informe e com o chamado para a maturidade e tal nos lança a oportunidade reconhecer o rosto de Jesus, em cada ser humano, de se relacionar com as pessoas movido por misericórdia, compaixão, solidariedade, amor, justiça e esperança.

Sem sombra de dúvida, essa ausência pode nos ajudar a romper e irromper com um Messias barateado, com um Messias que não mostra o quanto a Graça se volta para as noites silenciosas de quem perdeu, de quem se encontra submerso na agonia do amanhã, de quem especula com uma interrupção abrupta de sua história, de se livrar do jugo de um Messias da oferta e procura. Valho – me dessas colocações e traço a narrativa do ateu confesso André Comte – Sponville, ao qual considerava os seres humanos, embora finitos, abertos ao infinito. De certo, trago o texto de Marcos 09. 24, com a mais honesta e sincerta abordagem de sair de uma fé, pela qual se coloca Deus em gavetas, em molduruas e imagens. Eis a pergunta direta e sem rodeios desse homem, porque expunha diante de Jesus uma espiritiualidade sem sentido, sem nenhuma resposta, sem nenhum alento, sem nenhuma condição de ainda acreditar em mais uma oportunidade.

Vou adiante, Deus se foi, posso dizer a interpretação de uma espiritualidade que foge da incredulidade, das incertezas, de estarmos numa trajetória e, em direção oposta, abrir–se aos horizontes e cessar de ficar com essa luta, infrutífera e infecunda, com os momentos de descrença e, numa decisão ousada, saltar e ser invadido por esse refazer, como notar que essa descrença nos aponta para uma sensibilidade e humildade de permitirmos a essa Graça nos ajudar a confiar, não absolutamente, mas sim a cada dia.
São Paulo - SP
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