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Palavra do leitor

Nome de Deus em Vão

No último domingo, dia 17/04/2016 foi um dia marcante para a história do Brasil, por diversos motivos. O cenário político está um caos, mas tende a ser pior do que imaginávamos. O nível horroroso de corrupção, oi visto pela forma desordenada como boa parte dos deputados usaram e excederam no tempo no momento de votar. Ao votar sim ou não pelo impeachment os deputados usaram o tempo para fazer discursos diversos. O que mais curioso é que o uso da palavra foi terrível. Os deputados fariam um favor a nós, que atentos acompanhamos pela TV, se apenas votassem e que não quisessem seus 15 segundos de fama, ao discursar no microfone com visibilidade nacional. Uma boa parte dos deputados que se pronunciaram a favor da família são suspeitos de terem outras famílias, e muitos dos que se disseram contra a corrupção, foram e/ou estão sendo citados em investigações sobre a corrupção no país. No microfone eles são contra a corrupção, e nos bastidores transferem dinheiro para contas em paraísos fiscais. No microfone defendem a instituição familiar, e mandam abraços aos familiares, mas assistem pornografia em pleno horário de trabalho, e/ou aqueles que tem casos com profissionais do sexo. A hipocrisia de nossos políticos perderam todos os limites e bom senso.
A sessão polêmica, foi aberta por uma pessoa que traz ao seu redor suspeitas de corrupção, mas ele é “evangélico”. Como a questão de fé é de fórum íntimo, não dá para saber o que de fato Cunha acredita e professa. Não dá nem para saber em qual Bíblia ele tira os versos que citou na abertura da sessão. O conteúdo é bíblico, mas para ser citado, ele precisa ser bem interpretado, e ser vivenciado por aquele que o professa. O cinismo nítido do Cunha, representante dos ditos “evangélicos”, que por sua vez são analfabetos bíblicos e desnutridos de doutrinas, foi vergonhoso. A famosa “bancada evangélica”, que pouco tem do evangelho, aproveitou a oportunidade para envergonhar aqueles que luta diariamente para testemunhar a fé cristã em meio a esse caos social em que vivemos. Os deputados “evangélicos” e os não “evangélicos” usaram o nome de Deus em vão. Os ímpios por ignorância e conveniência, já os evangélicos, por cinismo e para dar legitimidade a sua fé diante de todos, como se ali fosse uma plataforma de apreciação da fé evangélica.
Nos discursos os deputados da “bancada evangélica” falavam de boca cheia sobre Deus e suas falas foram recheadas de “profecias” e versos bíblicos. Até parecia que Deus havia liberado usar o nome dele em vão. Pensei que o segundo mandamento fora eliminado. Aqui eu tomo o nome de Deus, e não o faço em vão. Mas, mesmo assim cabe um pedido: perdão Senhor! Eles não pediram perdão por terem sidos votados pelo viés da fé evangélica, e por ter lutado por interesses pessoais e/ou denominacionais. Eles não pediram pedir perdão por serem citados em casos de escândalos, e por não terem influenciado positivamente o cenário político brasileiro. Não pediram perdão por ver nosso país nessa situação. Não pediram perdão por não serem parecidos com Jesus. Não pediram perdão a nação e nem se compadeceram. Falaram o que quiserem, se igualaram aos demais e não nos representou. De fato, a “bancada evangélica” representa os “evangélicos” do cenário gospel, e nãos os cristãos que amam a Deus acima de todas as coisas.
Lembrei-me da frase perspicaz e ácida do poeta Sergio Vaz que diz: “Deus que me perdoe, mas não quero ir para o céu. Porque todas as pessoas que transformam essa vida num inferno, dizem que também vão para lá”. Essa percepção deveria provocar em nós grandes reflexões. Pessoas que fizeram atrocidades e que marcaram a história mundial e brasileira se diziam próximas de “deus”. A crítica de Sérgio Vaz é pertinente, pois as pessoas que usam o nome de Deus em vão e que tumultuaram a vida social, se diziam tementes a “deus”. Essa frase inquietante do poeta ligado ao espetáculo dos deputados na votação do impeachment deveria provocar em nós a reflexão sobre o nosso testemunho. Usar versos bíblicos sem coloca-los em prática é uma falso testemunho cristão. Usar o nome de Deus em tudo e não viver para Deus é um desserviço. Usar o nome de Deus em vão é um desacato a santidade do nome de Deus e uma desonra Àquele que nos criou para Sua glória. A forma como falamos de Deus e como tememos ao usar esse nome Santo, revela nossa dignidade, honestidade e integridade. Cuidemos, pois para não cairmos no segundo mandamento. Cuidemos, pois para que nossa vista seja agradável a Deus e eu nosso testemunho confirme que andamos com Deus. Cuidemos, pois para que o nome santo de Deus não seja falado em vão. Que Deus nos perdoe de tomarmos Seu nome em vão!
Sorocaba - SP
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