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Palavra do leitor

Eu posso julgar

Quem nunca ouviu um: "Não julgueis para não ser julgado", ou um: "Quem sou eu pra julgar"? A questão é que crente hoje em dia não lê Bíblia, pega versículo isolado e transforma em lei, não se dá o trabalho nem de ler o contexto, e quando lê não entende porque faz isso tão rápido que nem dá tempo de, se quer, meditar sobre as Palavras de nossa regra de fé e conduta.

Vejamos:

Julgar: decidir como juiz - sentenciar - lavrar ou pronunciar sentenças; 

Jesus disse: "Não julgueis, para que não sejais julgados" (Mateus 7.1).

Este versículo é citado por muitas pessoas para condenar qualquer pessoa que critica os ditos "ministérios" musicais da atualidade, as doutrinas ou práticas religiosas de outros. Ironicamente, as pessoas que assim usam o versículo não percebem que estão julgando a outra pessoa culpada de desobedecer esta proibição! A primeira definição de "julgar" aqui exposta, nos deixa claro que não nos compete fazer esse tipo de "julgamento".

A admoestação do Senhor Jesus para "não julgar" em Mateus 7.1 usa a palavra grega krino, cujo significado - de acordo com o "Expository Dictionary of New Testament Words", de W. E. Vine - é: primeiro indica "separar", selecionar, escolher; portanto, determinar e então julgar, "pronunciar julgamento". Em outras palavras a advertência é para nós não nos postarmos como juizes e pronunciar sentença contra uma pessoa, declarar culpado, principalmente se estamos usando a aparência ou a nós mesmos como padrão.

O povo precisa entender que Jesus condena o julgamento hipócrita. Ele emprega uma imagem engraçada para ilustrar o ponto. Uma pessoa está sofrendo por causa de um cisco no olho, quando vem a outra oferecendo tirá-lo. Só que a outra, o juiz hipócrita, tem uma viga no olho dela! Jesus disse que temos que tirar nossas próprias vigas antes de remover os ciscos dos outros. Não devemos condenar os probleminhas dos outros quando praticamos pecados mais graves.

Agora temos que ir além e ver que a palavra julgar também significa: discernir - distinguir - entender - apreciar - avaliar - formar opinião, conceito a respeito de pessoa ou coisa. Uma das definições do dicionário de julgar é "formar opinião ou juízo crítico sobre; avaliar". Uma definição paralela de julgamento é "capacidade de tomar uma decisão ou formar uma opinião por discernimento e avaliação". E isso a Bíblia nos ensina a fazer.

Exercer discernimento espiritual é exercer julgamento. Analisar/discernir tudo que lhe é falado, seja em forma de música ou pregação, é função do homem espiritual. Essa segunda definição da palavra, nos deixa totalmente à vontade em exercê-la. Visto que Paulo fala que o homem espiritual discerne/julga "todas" as coisas entendemos claramente que um dos atributos do homem espiritual é usar desse discernimento, claro que esse "julgamento" deve ser feito baseado no reto juízo (Jo 7.24), ou seja, nossa ferramenta para que cheguemos a distinguir/entender algo deve ser a Palavra de Deus, e não a aparência e muito menos nós mesmos.

Quando meditamos na parábola das 10 virgens vemos que somente as prudentes entraram e puderam se encontram com o "Noivo", se formos avaliar o que significa prudência, vamos ver que é: Virtude que leva o homem a prever e a evitar os erros e os perigos. Como iremos prever ou evitar os erros e perigos, sem "julgar"? Jesus nos ensina a observar os frutos para podermos avaliar a árvore, esse ensino é em cima do cuidado que devemos ter em relação a falsos profetas, também é seqüência do famoso: "não julgueis para não seres julgados" (Mt 7.1).

Tem que ler o contexto pra não passar batido pelos versículos que falam sobre trave e argueiro, já comentados aqui. Só assim pode-se entender que Jesus não invalidou o ato de "julgar", Ele condena que façamos de forma errada. Acredito que é meu dever como cristã analisar/julgar as atitudes/postura de "qualquer ministério", tudo isso à luz da Bíblia, como já citei: Jo 7.24.

Sabe até entendo a preocupação da galera em relação a criticar alguns "ministérios" atuais, é a "atrofiada mentalidade" de que estarão exercendo o papel de Deus em julgar, mas não se pode negar a capacidade de discernir que o Espírito Santo nos proporciona, não temos necessidade de deixar de agir como homens espirituais (I Co 2.15).

Quando o crente deixa de analisar/julgar nega sua capacidade espiritual, esse papo de "vamos deixar pra lá, ao invés de criticar vamos orar", é papo furado, jogar a responsabilidade na oração pra deixar de analisar é negar o ser espiritual. Deixar pra lá e dizer que vai orar não significa ser cauteloso e sim carnal e medroso, e Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, amor e moderação, orar nós devemos, e sempre, mas isso não deve nos calar e nem nos impedir de ser "críticos".

Eu oro sim, mas não deixo de ter olhos atentos baseados no reto juízo "não", sei bem que tem lobo rondando ovelha sem discernimento do Espírito Santo! Por isso eu "julgo".

Paz!
Jacupiranga - SP
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