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Notícias

Aconteceu o décimo quinto Encontro Philhos para filhos de missionários transculturais

Com o tema “AnCoragem” o acampamento encorajou adolescentes e jovens adultos a se manterem firmes em Cristo, a âncora firme nas tempestades da vida

Por Alicia Macedo

Mais uma vez o Encontro Philhos fez sucesso! Nos dias 22 - 26 de julho, foi celebrado o décimo quinto Encontro Philhos presencial, um acampamento anual para filhos de missionários transculturais adolescentes e jovens adultos. O Encontro aconteceu no acampamento Cabuçu, em Guarulhos, SP, cedido graciosamente pelo MacKenzie. Participaram 51 filhos de missionários que já passaram por mais de 30 países e que representam mais de 25 organizações enviadoras.

Daisyanne Pereira coordenou a equipe de 27 dedicados facilitadores. Cada facilitador precisa ter completado o curso de Capacitação ao Cuidado do Filho de Missionário promovido anualmente por Philhos, e ter passado pela triagem da Proteção à Criança e Adolescente. Alegra-nos o fato de que, ao passar dos anos, está crescendo o número de FMs adultos na equipe, pessoas que entendem exatamente o que significa ser criado entre mundos nos bastidores do ministério dos seus pais. Esta equipe de voluntários contribui com seu tempo e recursos para que o evento seja realizado com excelência.

O perfil do FM que participa no encontro normalmente é o do Filho de Terceira Cultura (FTC), a pessoa criada fora da sua pátria, ou do Filho Transcultural Nacional, o que mora em ambientes transculturais dentro do Brasil. O perfil do FTC, criado por David Pollock, é nosso guia para entender as áreas que o FM está precisando de apoio. 

Nosso desejo é que o Encontro seja um espaço seguro onde eles possam se conectar com outros FMs. Esta conexão é, em si, algo poderoso. Muitos FMs, embora conheçam pessoas no mundo todo, surpreendentemente se sentem muito sozinhos por não terem pessoas com quem se identificam. O simples fato de estar em um lugar onde as pessoas passaram por experiências semelhantes e “se entendem”, onde você pode falar a língua que quiser sem ser censurado, onde pode contar sobre o bonito e o feio da sua vida sem ser julgado, onde existe um espaço para processar, onde pode cantar as músicas do coração, onde tem ouvidos para ouvir e onde sua história faz sentido, é libertador. “Pela primeira vez na minha vida senti que pertenço”, parece que se tornou o refrão anual compartilhado por algum FM (ou alguns), na fogueira na última noite.



Cada momento do programa é planejado com cuidado, para que tudo contribua para conexão, reflexão, processamento, um senso de pertencimento, e crescimento espiritual. O programa é composto de palestras, testemunhos de FMs adultos, devocionais, grupos pequenos, jantares temáticos, muitos mimos, jogos, tempo livre, e o famoso Quest Philhos!  Todo ano temos um tema de destaque, mas sempre incluímos os tópicos comuns ao FM, como identidade, transição, perdas e luto, pertencimento, e relacionamento com Deus. 

A vida do Filho Transcultural é bela, e ao mesmo tempo, complexa e cheia de desafios. É importante que reconheçamos não só as coisas boas que enriquecem a vida, mas também as coisas que doem, como se despedir de amigos e família. O ritmo da vida do FM transcultural normalmente envolve muita transição e cada transição envolve perdas. Existem as perdas óbvias, como língua, casa, amigos e parentes, etc. Também existem as perdas invisíveis como status, identidade, segurança, pertencimento, e muito mais. Às vezes as perdas não são percebidas e outras vezes são tratadas como sendo de pouca importância. Na vida cristã, enquanto somos ensinados a “entregar tudo por Jesus com alegria”, nem sempre seguimos o ensino dos Salmos e do Novo Testamento de que devemos “chorar com os que choram” (Rm 12.15). Quando não conseguimos criar um espaço para sentir e validar a dor, ela nos acompanha como bagagem emocional e afeta nosso emocional, nosso físico e o relacionamento com Deus e com os outros.  

Ulrika Ernvik, no seu livro “Third Culture Kids: a gift to care for”, (Filhos de Terceira Cultura: uma Dádiva a ser Cuidada), explica que, para acessar a parte bela da sua vida, o FTC precisa de apoio. Ela cita três maneiras como os adultos podem apoiar o FTC. 
  • Ajudar o FTC a apropriar-se ao máximo da sua vida, isto é, ajudar o FTC a entender quem ele é.
  • Ajudar o FTC a incorporar/integrar suas diferentes culturas/vidas em uma só história de vida, o que significa ter consciência de/e incluir tanto ganhos quanto perdas.
  • Ajudar o FTC a ter um senso de pertencimento, a si mesmo, à sua família, a todas as culturas que partilhou, inclusive seu país de passaporte, o que significa ser intencional na construção e manutenção de relacionamentos, assim como estabelecer objetivos de longo prazo.

Este ano nosso tema foi AnCoragem, – Firmando a nossa âncora em tempos incertos, juntando a ideia de Cristo como nossa Âncora firme, com a da Coragem que precisamos para enfrentar os tempos incertos da vida. Os FMs foram encorajados a lembrar que, apesar das tempestades da vida e das diversas mudanças, existem aspectos que jamais mudam. Essa esperança mantém segura e firme a nossa vida, assim como a âncora mantém o barco seguro. (Hebreus 6.19)
  • Alicia Macedo é coordenadora do Philhos. Philhos é o departamento em prol do filho de missionário transcultural da AMTB - Associação de Missões Transculturais brasileiras

REVISTA ULTIMATO – JESUS, A LUZ DO MUNDO
Jesus, o clímax da narrativa da redenção, é a luz do mundo. Não há luz que se compare a ele. Sua luz alcança todo o mundo.

Além de anunciar-se como Luz, Jesus declara que os seus seguidores são a luz do mundo. “Pois Deus que disse: ‘Das trevas resplandeça a luz’, ele mesmo brilhou em nosso coração para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo” (2Co 4.6).

É disso que trata a edição 415 de Ultimato. Para assinar, clique aqui.


Leia mais:
» A garota [da foto] na geladeira - os filhos de missionários também são chamados?, por Klênia Fassoni e Ariane Gomes
» Reentrada no Brasil Manual de Sobrevivência para Jovens FMs e FTCs [E-book]

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