Notícias
03 de agosto de 2007- Visualizações: 2535
comente!- +A
- -A
-
compartilhar
Um outro Nordeste é possível
(Adital) Com cerca de 48 milhões de habitantes (segundo último Censo do IBGE), a região Nordeste historicamente concentra os piores índices. Frente a tantos desafios, que passam pela questão agrária, meio ambiente, moradia, analfabetismo, desenvolvimento sustentável, é que surgem oportunidades como o II Fórum Social Nordestino que começa dia 02 de agosto, com uma grande marcha, e segue até o próximo domingo, em Salvador, na Bahia. O tema "Por um outro modelo de desenvolvimento para o Nordeste" se enquadra bem em vários dos problemas enfrentados, e tem seu foco voltado, em especial, para a polêmica obra de transposição do rio São Francisco.
A estimativa da organização do evento é que cerca de 10 mil pessoas participem das atividades (ao todo são 130, entre oficinas e conferências) que abordam questões amplamente relevantes para a região. Questões de gênero, meio ambiente, agrárias, de juventude, desenvolvimento sustentável, comunidades tradicionais e impactos do turismo predatório são alguns dos temas.
Damian Hazard, da coordenação executiva do II FSNE e diretor regional da Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (Abong), faz referência à dívida histórica que o Brasil tem com o Nordeste ao explicar o tema desta segunda edição do fórum. "Não se pode pensar o Brasil e o desenvolvimento do Brasil, sem pensar no desenvolvimento do Nordeste. Se não tiver no Nordeste e nos nordestinos uma reflexão própria sobre o desenvolvimento que se quer para a região, esse desenvolvimento mais geral não será possível", disse.
Para Hazard, momentos como o oferecido pelo II FSNE permitem que as idéias em comuns vindas dos movimentos sociais, das entidades de base e de cidadãos e cidadãs, ganhem força e se concretizem. "Aqui nós não estamos buscando um modelo único. Estamos buscando a diversidade de opiniões, mas acreditamos que como as opiniões estão em comum, é possível buscar posicionamentos comuns", afirmou.
A proposta de um novo modelo de desenvolvimento da região toma fôlego, acrescenta, quando o governo federal e os governos estaduais tentam impor modelos ofensivos, que não respeitam as comunidades, que ferem a cidadania. "É o caso da transposição das águas do rio São Francisco. Governos de um lado e movimentos sociais de outro. Acreditamos que temos uma proposta comum e lutamos contra essa obra".
Assim como no caso do São Francisco, explica, todo o Nordeste está cheio de casos onde os modelos estão impregnados de conservadorismo, de patriarcado e, sobretudo, da supremacia dos interesses econômicos e financeiros em relação aos interesses sociais.
Nessa leva, os conflitos se constroem e os movimentos reagem contra a monocultura e pela agricultura familiar; contra o avanço da carcinicultura e pelos pescadores artesanais; contra os grandes proprietários e a favor da demarcação das terras das comunidades tradicionais; contra o turismo predatório e a favor da qualidade de vida de moradores das cidades litorâneas.
"Vamos nos articular e apontar soluções. Não estamos afirmando que o terceiro setor quer substituir o Estado onde ele não atua. Nós queremos apontar soluções, projetos alternativos para que o Estado implemente políticas públicas e onde os movimentos tenham participação nisso. Isso é o que se propõe no Fórum", conclui.
Fonte: www.adital.com.br
A estimativa da organização do evento é que cerca de 10 mil pessoas participem das atividades (ao todo são 130, entre oficinas e conferências) que abordam questões amplamente relevantes para a região. Questões de gênero, meio ambiente, agrárias, de juventude, desenvolvimento sustentável, comunidades tradicionais e impactos do turismo predatório são alguns dos temas.
Damian Hazard, da coordenação executiva do II FSNE e diretor regional da Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (Abong), faz referência à dívida histórica que o Brasil tem com o Nordeste ao explicar o tema desta segunda edição do fórum. "Não se pode pensar o Brasil e o desenvolvimento do Brasil, sem pensar no desenvolvimento do Nordeste. Se não tiver no Nordeste e nos nordestinos uma reflexão própria sobre o desenvolvimento que se quer para a região, esse desenvolvimento mais geral não será possível", disse.
Para Hazard, momentos como o oferecido pelo II FSNE permitem que as idéias em comuns vindas dos movimentos sociais, das entidades de base e de cidadãos e cidadãs, ganhem força e se concretizem. "Aqui nós não estamos buscando um modelo único. Estamos buscando a diversidade de opiniões, mas acreditamos que como as opiniões estão em comum, é possível buscar posicionamentos comuns", afirmou.
A proposta de um novo modelo de desenvolvimento da região toma fôlego, acrescenta, quando o governo federal e os governos estaduais tentam impor modelos ofensivos, que não respeitam as comunidades, que ferem a cidadania. "É o caso da transposição das águas do rio São Francisco. Governos de um lado e movimentos sociais de outro. Acreditamos que temos uma proposta comum e lutamos contra essa obra".
Assim como no caso do São Francisco, explica, todo o Nordeste está cheio de casos onde os modelos estão impregnados de conservadorismo, de patriarcado e, sobretudo, da supremacia dos interesses econômicos e financeiros em relação aos interesses sociais.
Nessa leva, os conflitos se constroem e os movimentos reagem contra a monocultura e pela agricultura familiar; contra o avanço da carcinicultura e pelos pescadores artesanais; contra os grandes proprietários e a favor da demarcação das terras das comunidades tradicionais; contra o turismo predatório e a favor da qualidade de vida de moradores das cidades litorâneas.
"Vamos nos articular e apontar soluções. Não estamos afirmando que o terceiro setor quer substituir o Estado onde ele não atua. Nós queremos apontar soluções, projetos alternativos para que o Estado implemente políticas públicas e onde os movimentos tenham participação nisso. Isso é o que se propõe no Fórum", conclui.
Fonte: www.adital.com.br
03 de agosto de 2007- Visualizações: 2535
comente!- +A
- -A
-
compartilhar

Leia mais em Notícias
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Assuntos em Últimas
- 500AnosReforma
- Aconteceu Comigo
- Aconteceu há...
- Agenda50anos
- Arte e Cultura
- Biografia e História
- Casamento e Família
- Ciência
- Devocionário
- Espiritualidade
- Estudo Bíblico
- Evangelização e Missões
- Ética e Comportamento
- Igreja e Liderança
- Igreja em ação
- Institucional
- Juventude
- Legado e Louvor
- Meio Ambiente
- Política e Sociedade
- Reportagem
- Resenha
- Sessenta +
- Série Ciência e Fé Cristã
- Teologia e Doutrina
- Testemunho
- Vida Cristã
Revista Ultimato
+ lidos
- Dia da Bíblia 2025 – Bíblia, igreja e missão
- Tradução e discipulado: duas faces para o cumprimento da Grande Comissão
- Geração Z – o retorno da fé?
- Entre negociações, críticas e desesperança: o que eu vi na COP30
- Movimento missionário brasileiro – ao longo de tantas décadas há motivos para celebrar?
- O que acontece após o “Pr.”?
- Aprendendo a cultivar a vida cristã — Live de lançamento
- Movimento missionário brasileiro – a direção e o poder do Espírito Santo
- Cuidar do missionário à maneira de Deus
- Mobilização não pode ser mera cooptação
(31)3611 8500
(31)99437 0043
Cristãos se unem em oração pela COP26
A igreja evangélica do futuro será menos triunfalista
“A mensagem da Bíblia transformou minha vida”
Mais de 5 mil igrejas brasileiras vão participar do Domingo da Igreja Perseguida






 copiar.jpg&largura=49&altura=65&opt=adaptativa)