Opinião
22 de abril de 2009- Visualizações: 27244
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"Seja feito conforme a tua fé": um aporte crítico sobre o tema da ecumenicidade
Esta ala se compreende exegética e teologicamente mais competente para conservar ilesa a boa doutrina cristã. Mas, ao que parece, esta ala se apresenta muito mais como “proponentes xerifais” de uma teologia pouco reflexiva (e pouco cristã), e que muito pouco pertinente se faz para a missão querigmática da esperança cristã nos dias atuais.
Sua exegese, pretensamente consistente, alvitra relativizar a competência teológica das demais tendências teológico-hermenêuticas que emergem em um contexto confuso e difuso como é o da comunidade evangélica brasileira como um todo. Seu labor teológico parece figurar um doutrinismo rigoroso destituído da virtude cristã que esteve na base discursivo-teológica da Reforma Protestante: a tolerância. A liberdade, ao que se nos afigura, parece que sempre foi um conceito problemático na análise diacrônica do cristianismo histórico. A teologia da “Regra” (Credo) estabelece a limitroficidade de um pensar e de uma espiritualidade cristãs rigidamente aceitas “sob” condições específicas.
Aporias nascem para obliterar o horizonte reflexivo da espiritualidade evangélica brasileira. A frase “O cristão do futuro, ou será místico ou não será cristão”, do afamado teólogo Karl Rahner, ainda parece muito obscura para representar o arquétipo de espiritualidade evangélico-cristã que se deseja construir no Brasil de médio-longo prazo. Mas tendências de “espiritualidade entusiástica” tornam as expectativas evangélicas muito mais dramáticas, e teologicamente ainda mais confusas. A hermenêutica neopentecostal brasileira, neste cenário sombrio, parece ab-rogar quaisquer regras de “reta compreensão teológica” que comprometa seu pressuposto intelectivo de fé que não esteja vinculado a uma “antropológica do sucesso”.
Tiros são dados para todas as direções. Porém muito pouco se fala da “fé cristã” propriamente, seus valores fundantes (desenviesados de hermenêuticas postulantes) e pertinência ética na desviante “era da globalização” e da “sociedade líquido-moderna”.
Sua exegese, pretensamente consistente, alvitra relativizar a competência teológica das demais tendências teológico-hermenêuticas que emergem em um contexto confuso e difuso como é o da comunidade evangélica brasileira como um todo. Seu labor teológico parece figurar um doutrinismo rigoroso destituído da virtude cristã que esteve na base discursivo-teológica da Reforma Protestante: a tolerância. A liberdade, ao que se nos afigura, parece que sempre foi um conceito problemático na análise diacrônica do cristianismo histórico. A teologia da “Regra” (Credo) estabelece a limitroficidade de um pensar e de uma espiritualidade cristãs rigidamente aceitas “sob” condições específicas.
Aporias nascem para obliterar o horizonte reflexivo da espiritualidade evangélica brasileira. A frase “O cristão do futuro, ou será místico ou não será cristão”, do afamado teólogo Karl Rahner, ainda parece muito obscura para representar o arquétipo de espiritualidade evangélico-cristã que se deseja construir no Brasil de médio-longo prazo. Mas tendências de “espiritualidade entusiástica” tornam as expectativas evangélicas muito mais dramáticas, e teologicamente ainda mais confusas. A hermenêutica neopentecostal brasileira, neste cenário sombrio, parece ab-rogar quaisquer regras de “reta compreensão teológica” que comprometa seu pressuposto intelectivo de fé que não esteja vinculado a uma “antropológica do sucesso”.
Tiros são dados para todas as direções. Porém muito pouco se fala da “fé cristã” propriamente, seus valores fundantes (desenviesados de hermenêuticas postulantes) e pertinência ética na desviante “era da globalização” e da “sociedade líquido-moderna”.
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