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Opinião

Dor que endoidece

É um pensamento questionável, por diversas razões. 1) quer buscar sentido rápido para algo que só pode ser digerido com muita reflexão; 2) quer transformar a vida cristã em algum tipo de ocultismo pagão, uma vez que é preciso descobrir uma vontade secreta de Deus e aprender alguma lição nova para parar a dor; 3) quer negar a natureza humana que foi criada de forma perfeita por Deus, apesar de já contaminada pelo pecado; 4) quer transformar Deus num sádico.

Deus não é um sádico, que baba de felicidade ao ver nosso sofrimento. Deus não é um tipo de demiurgo que precisa ser satisfeito com a descoberta de princípios revelados apenas aos iniciados. Deus nos fez de modo único, com nossas qualidades, e são elas que nos dizem quem somos. Portanto, se as mudarmos, deixaremos de ser nós mesmos. Deus é mistério.

Essa dimensão do mistério está cada vez mais rara em nosso protestantismo tupiniquim “made-in-USA”. Como temos uma mentalidade moldada pelos gregos, queremos quantificar e qualificar tudo, inclusive Deus. Porém, a Palavra foi escrita de um ponto de vista (e uma mentalidade) totalmente diferente da nossa. Na mentalidade judaica, o mistério também fazia parte do cotidiano (Maria, por exemplo, não teve uma síncope, como teríamos, ao conversar com o anjo que lhe anunciava sua gravidez), algo que nós não conseguimos conceber.

Deus se dá a conhecer dando sentido à vida, o que descarta uma saída agnóstica ou existencialista. No entanto, não podemos entender tudo, muito menos o sentido da dor. Diante da realidade transcendente de Deus e da nossa pequena realidade imanente, em face da angústia, só podemos repetir o que Paulo escreveu em Romanos 11.33-35: “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor? Ou quem se fez seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?” Enfim, ainda que não entendamos como, Deus está presente, sempre. Até em nossa dor, em nossa dúvida, ou mesmo quando não “sentimos” nada.


Rodrigo de Lima Ferreira, casado, duas filhas, é pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil desde 1997. Graduado em teologia e mestre em missões urbanas pela FTSA, hoje pastoreia a IPI de Serranópolis, GO.
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Casado, duas filhas, é pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil desde 1997. Graduado em teologia e mestre em missões urbanas pela FTSA,  é autor de "Princípios Esquecidos" (Editora AGBooks).
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