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25 de agosto de 2025- Visualizações: 3704
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A igreja visível não é necessariamente midiática
Live do Diálogos de Esperança aborda a presença da igreja na sociedade brasileira
Por Lissânder Dias
A igreja evangélica brasileira nunca esteve tanto em evidência. Esse fenômeno foi o tema na live “A evidência dos evangélicos e a vocação da igreja”, do Diálogos de Esperança, realizada dia 19 de agosto, no canal da Editora Ultimato no Youtube.
Participaram da live a jornalista, pesquisadora na área de comunicação e professora de teologia Erica Neves, e o pastor e estudioso da presença da igreja na sociedade, José Marcos da Silva. Os âncoras foram Claudia Moreira e Valdir Steuernagel.
Essa igreja cada vez mais midiática não é necessariamente a igreja visível de Cristo, concordaram os participantes. Mais que isso, cabe à igreja expressar sua fé a partir da fidelidade de seu testemunho cristão no mundo.
Autoridade x poder
Para José Marcos, é da natureza da igreja de Cristo fazer diferença na vida concreta das pessoas. “É da natureza dela cuidar, amar, andar a segunda milha...”. Ele acredita que, no entanto, há uma diferença entre autoridade e poder, e a igreja evangélica tende a ganhar poder e perder autoridade. “Autoridade é o direito que eu ganho de ser ouvido por causa do meu testemunho; poder é o direito que eu ganho de ser ouvido e obedecido por causa da minha força. Eu julgo que a igreja evangélica brasileira ainda vai continuar crescendo em poder (ocupando a mídia) e caindo em autoridade pelos próximos anos”.
Para Erica Neves, o aumento no número de documentários, filmes e produtos midiáticos sobre os evangélicos mostra que a sociedade está fazendo muitas perguntas sobre nós. “Minha hipótese é quem nenhum documentário dá conta da diversidade do povo evangélico. Há igrejas que não estão em evidência midiática, mas são visíveis em seus testemunhos, em suas boas obras, na transformação de suas comunidades”.
Visibilidade da igreja: fidelidade ou idolatria?
Erica ainda questionou se a visibilidade evidente da igreja evangélica tem retratado, de fato, sua fidelidade a Cristo ou uma idolatria de si mesma. “A igreja não é chamada ao esconderijo, e sim à presença pública. Mas é uma presença que é transformadora; não é voltada para a autopromoção, mas sim para que as pessoas vejam as boas obras e glorifiquem o Pai que está nos céus”, afirma, lembrando das palavras de Cristo no Sermão do Monte (Mt 5-7).
A igreja e as políticas públicas
Um dos caminhos concretos para esta presença pública da igreja é participando de políticas públicas relevantes. A Igreja Batista em Coqueiral, em Recife (PE), na qual José Marcos é pastor, é um exemplo deste envolvimento. “Uma igreja politizada compreende que os lados da política convencional são apenas dois lados de uma mesma moeda e que os candidatos são todos ‘césares’. Nós temos a tarefa de alfabetizar politicamente a igreja e a sociedade. Acho que precisamos, como igreja, levar essa discussão para um nível acadêmico mais elevado, mas também para as pessoas menos letradas, mas que podem fazer política”. Segundo José Marcos, precisamos reforçar a participação dos membros das igrejas em associações de bairro, conselhos de direito, promovendo a consciência de voto e, enfim, tornando-os protagonistas das soluções para as necessidades públicas.
>> NA ÍNTEGRA
Assista, na íntegra, a live no Youtube e no Spotify.
Próxima live
A próxima live do Diálogos de Esperança está marcada para o dia 16 de setembro (terça-feira), às 19h, no canal da Ultimato no Youtube, com o tema “A mulheres no Corpo de Cristo”.
O que é Diálogos de Esperança
São lives mensais ancoradas por Claudia Moreira e Valdir Steuernagel.
Iniciado em 2020, no período da pandemia, o projeto tem como objetivo promover, entre os cristãos, diálogos profundos, desafiadores e construtivos sobre temas atuais - sempre apontando para a Esperança.
Parceiros: Aliança Evangélica, Editora Ultimato, Tearfund, Visão Mundial e Vida&Caminho.
REVISTA ULTIMATO – ADOLESCÊNCIA – ONLINE E OFFLINE
Muito já se falou da adolescência como uma fase crítica da vida, em que as dificuldades próprias da idade inspiram cuidados especiais – o que é ainda mais importante hoje.
Os adolescentes desta geração são o grupo mais impactado pelo ritmo acelerado das mudanças. A matéria dessa edição oferece subsídio para melhor conhecer e atuar com esse grupo. Nos depoimentos dos 12 adolescentes que participam eles pedem: “Acreditem em nós!”.
É disso que trata a edição 414 de Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» O Que Cristo Pensa da Igreja? – A mensagem das sete cartas de Apocalipse, John Stott
» Quando a Igreja Abraça a Cidade, Leandro Silva (org.)
Por Lissânder Dias
A igreja evangélica brasileira nunca esteve tanto em evidência. Esse fenômeno foi o tema na live “A evidência dos evangélicos e a vocação da igreja”, do Diálogos de Esperança, realizada dia 19 de agosto, no canal da Editora Ultimato no Youtube.Participaram da live a jornalista, pesquisadora na área de comunicação e professora de teologia Erica Neves, e o pastor e estudioso da presença da igreja na sociedade, José Marcos da Silva. Os âncoras foram Claudia Moreira e Valdir Steuernagel.
Essa igreja cada vez mais midiática não é necessariamente a igreja visível de Cristo, concordaram os participantes. Mais que isso, cabe à igreja expressar sua fé a partir da fidelidade de seu testemunho cristão no mundo.
Autoridade x poder
Para José Marcos, é da natureza da igreja de Cristo fazer diferença na vida concreta das pessoas. “É da natureza dela cuidar, amar, andar a segunda milha...”. Ele acredita que, no entanto, há uma diferença entre autoridade e poder, e a igreja evangélica tende a ganhar poder e perder autoridade. “Autoridade é o direito que eu ganho de ser ouvido por causa do meu testemunho; poder é o direito que eu ganho de ser ouvido e obedecido por causa da minha força. Eu julgo que a igreja evangélica brasileira ainda vai continuar crescendo em poder (ocupando a mídia) e caindo em autoridade pelos próximos anos”.
Para Erica Neves, o aumento no número de documentários, filmes e produtos midiáticos sobre os evangélicos mostra que a sociedade está fazendo muitas perguntas sobre nós. “Minha hipótese é quem nenhum documentário dá conta da diversidade do povo evangélico. Há igrejas que não estão em evidência midiática, mas são visíveis em seus testemunhos, em suas boas obras, na transformação de suas comunidades”.
Visibilidade da igreja: fidelidade ou idolatria?
Erica ainda questionou se a visibilidade evidente da igreja evangélica tem retratado, de fato, sua fidelidade a Cristo ou uma idolatria de si mesma. “A igreja não é chamada ao esconderijo, e sim à presença pública. Mas é uma presença que é transformadora; não é voltada para a autopromoção, mas sim para que as pessoas vejam as boas obras e glorifiquem o Pai que está nos céus”, afirma, lembrando das palavras de Cristo no Sermão do Monte (Mt 5-7).
A igreja e as políticas públicasUm dos caminhos concretos para esta presença pública da igreja é participando de políticas públicas relevantes. A Igreja Batista em Coqueiral, em Recife (PE), na qual José Marcos é pastor, é um exemplo deste envolvimento. “Uma igreja politizada compreende que os lados da política convencional são apenas dois lados de uma mesma moeda e que os candidatos são todos ‘césares’. Nós temos a tarefa de alfabetizar politicamente a igreja e a sociedade. Acho que precisamos, como igreja, levar essa discussão para um nível acadêmico mais elevado, mas também para as pessoas menos letradas, mas que podem fazer política”. Segundo José Marcos, precisamos reforçar a participação dos membros das igrejas em associações de bairro, conselhos de direito, promovendo a consciência de voto e, enfim, tornando-os protagonistas das soluções para as necessidades públicas.
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Assista, na íntegra, a live no Youtube e no Spotify.
Próxima live
A próxima live do Diálogos de Esperança está marcada para o dia 16 de setembro (terça-feira), às 19h, no canal da Ultimato no Youtube, com o tema “A mulheres no Corpo de Cristo”.
O que é Diálogos de Esperança
São lives mensais ancoradas por Claudia Moreira e Valdir Steuernagel.
Iniciado em 2020, no período da pandemia, o projeto tem como objetivo promover, entre os cristãos, diálogos profundos, desafiadores e construtivos sobre temas atuais - sempre apontando para a Esperança.
Parceiros: Aliança Evangélica, Editora Ultimato, Tearfund, Visão Mundial e Vida&Caminho.
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Os adolescentes desta geração são o grupo mais impactado pelo ritmo acelerado das mudanças. A matéria dessa edição oferece subsídio para melhor conhecer e atuar com esse grupo. Nos depoimentos dos 12 adolescentes que participam eles pedem: “Acreditem em nós!”.
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Lissânder Dias do Amaral é jornalista, blogueiro, poeta e editor de livros. Integra o Conselho Nacional da Interserve Brasil e o Conselho da Unimissional. É autor de “O Cotidiano Extraordinário – a vida em pequenas crônicas” e responsável pelo blog Fatos e Correlatos do Portal Ultimato. É um dos fundadores do Movimento Vocare e ajudou a criar as organizações cristãs de cooperação Rede Mãos Dadas e Rede Evangélica Nacional de Ação Social (RENAS).
- Textos publicados: 144 [ver]
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Site: http://www.fatosecorrelatos.com.br
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