Viver o eterno é: coral!

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"No fundo do que sou, as nuançadas das vozes bailam e me eternizam naquilo que é belo e bom."

A mensagem se encontra na música, a música se manifesta em mensagem, como num movimento eterno, pode nos restringir e nos transcender, pode estabelecer respostas definitivas e abrir precedentes para eventos singulares com o eterno viver e o eterno é coral, mesmo, porque o êxtase desse novo céu e dessa nova terra, expressamente e verdadeiramente, envolve e é fundamentalmente coral. Aliás, ao abrir a Bíblia, desço as ladeiras por uma sucessão sempre em nuances ou em variadas ou em diversas vozes.

O que dizer dos filhos de Israel, Êxodo 15.1, ao atravessar pelo mar Vermelho, em um cântico de fluência e de integralidade ao Criador de tudo e de todos?

O que dizer da esperança, a qual nos faz ir adiante, evocada, altissonantemente, pelo humanamente homem segundo o coração de Deus, Davi, Salmo 103.33 e 104.2?

O que dizer das revelações descritas por João, na ilha de Patmos, Apocalipse 14.2-3.

Destarte, chego a mais óbvia conclusão de ser a música, sem nenhuma sombra de dúvida, um meio efetivo de comunicação, de informação e de conhecimento para modificar, transformar e inspirar. O meio voltado a tornar uma mensagem discernível ao ser humano para aprender, apreender e discernir o fundamental para nós: o Deus Trino, o Deus Ser Humano Jesus Cristo. Eis esse o enredo por onde essa mensagem se apresenta, Salmos 83.5 e 149.1-3, em vozes, em vidas, em almas e em afetos. Ora, na última Ceia, observa-se a conjugação entre o esplendoroso e o martírio, até o Gólgota. Cabe realçar, a última Ceia na cadencia da Cruz e depois o entoar, de cantar os Salmos, tudo se direciona ao monte das Oliveiras, Mateus 26.20 e Marcos 14.26, porque, ali, Jesus, o Logos Preexistente e Criativo, o Kairós para todos, o Deus Ser Humano Jesus Cristo canta, com os seus falíveis e voláteis discípulos, como um coral. Anota-se, quando o canto está subjugado por egos inflados, tristemente, retrata o texto de Isaías 1.3 e esse canto inflado, obcecado, deformado e ressecado não nos desnuda para sermos vestidos pela Maravilhosa Graça. Ah, destaco o canto de Moisés, Êxodo 15.2, o canto que se reverbera por todo o livro de Isaías, 12.2, o canto festeiro, lúdico e libertário arraigado no Salmo 117.14, o soar e ressoar da festa dos Tabernáculos e o mesmo canto de Moisés, em Apocalipse 15.2-3. Cada frase, cada palavra, cada vírgula, cada pontuação, cada exclamação, cada interrogação e cada evocar dessa revelação para nos impactar e alcançar. Enfim, contemplemos, comemoremos e celebremos viver a justiça que nos preserva da presunção e a justeza que não permite sermos reféns do legalismo. De tal modo, desfrutaremos o cântico e o canto novo, renovador e alumiador, não com a esfera da boca, mas com todo o nosso ser.

Ademais, permitindo ao Senhor Criador, ao Deus Ser Humano Jesus Cristo, ao Kairós para todos seja o nosso canto.

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Opinião do leitor