Palavra do leitor
16 de maio de 2025
- Visualizações: 622
comente!
- +A
- -A
-
compartilhar
Verdades relativas, mas certeiras
"Vosso corpo é o templo do Espírito Santo" – Apóstolo Paulo
O corpo do ser humano foi criado para ser a habitação do Espírito de Deus. A habitação ou casa onde Deus habita costuma-se chamar templo.
Outros povos pagãos já possuíam templos para seus falsos deuses.
Mas para o Deus Criador demoraram algumas gerações, após o homem ser expulso do Paraiso, para que fosse construído um templo por seu povo escolhido, Israel.
Já na inauguração daquele templo, em Jerusalém, Salomão lembrou que o céu dos céus não poderia conter Deus.
De fato, Deus e espaço não caberiam numa mesma equação. Não fosse Jesus ter nascido no tempo e no espaço. Então as coisas se tornaram bem relativas.
Jesus começou a chamar seu próprio corpo de templo. Também disse que não seria nem num lugar fixo, nem físico - "nem neste monte, nem em Jerusalém" - que o Pai seria adorado.
Em espírito e em verdade era a nova senha para se aproximar de Deus e tocá-lo e ser por ele tocado. Algo que se dá por meio da graça divina, não pelo esforço humano.
Mas para com quem Deus usa de graça? Como saber que sou ou serei agraciado?
Deus usa um só critério: fé.
Fé é o mais simples dos "esforços" humanos. Na verdade, é o esforço de não se esforçar. Mas não é uma preguiça espiritual nem uma fuga com ares de piedade. Como uma semente pequenininha, embora minúscula ela é material e carrega todo o DNA de uma imensa planta.
A fé é lançada na pregação do Evangelho e está à procura de corações férteis.
Biblicamente falando é a fé na ressurreição de Cristo que é determinante. Essa fé deve ser acompanhada de uma confissão no senhorio de Jesus.
Fertilidade do coração é a disposição para abraçar esses dois elementos: desejo de vida eterna e submissão a Cristo.
João nos explica esse movimento: Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome. Crer é sinônimo de receber. Receber a Cristo é abrir-se por meio da confiança absoluta nele.
Erroneamente é ensinado vastamente nas fileiras evangélicas que é "preciso receber a Cristo por meio de um convite pessoal" para que Cristo entre no coração humano.
O ensino bíblico é que receber a Cristo é crer nele. Não é um convite nem uma oração.
Em suas Confissões, já nos primórdios do cristianismo, Santo Agostinho se deparou com as implicações destoantes do ato de "receber" Jesus: Como invocarei o meu Deus ou o chamarei para dentro de mim? Há, então, Senhor meu Deus, algo em mim que te possa conter? Já que eu de fato existo, porque tenho de pedir tua vinda a mim, a mim que não existiria se não existisses em mim? Pois eu de forma alguma existiria, se não estivesses em mim. Para onde te chamo, se já estou em ti? De onde virias para estares em mim?
Invocar a Deus é bem mais clamar por Ele do que propriamente convidá-lo. É mais um grito de socorro, um choro de desespero, do que um gentil, racional e voluntário convite.
Estou dizendo tudo isto só para chamar a atenção para o fato de que nos tornarmos habitação do Espírito é bem mais parecido com um ato violento como o de um parto; do que com um convite numa rede social para sermos amiguinhos dele, onde um ou dois cliques resolvem a questão.
Por Deus ser quem Ele é, Ele não poderia invadir nossa vida sem que haja de nossa parte um sinal de consentimento. E por ser quem Ele é, Ele não precisaria de consentimento de ninguém. Mas optou por alcançar-nos por meio do Evangelho da Cruz. É uma clara entrada pelas portas dos fundos (aos olhos do mundo). Mas para nós, os que cremos, é um convite irresistível de amor e graça – de peito aberto. Ou seja, ao mesmo tempo Ele invade e espera o consentimento.
Essa tensão nos acompanhará por toda vida nesse mundo, onde seremos provados a cada momento. A nós nos foi dado não somente o crer, mas também o padecer por Jesus. De forma indireta também somos seus companheiros em suas aflições. A cada nova prova, cabe o mesmo ato de fé singela, de recebê-lo, de confiança, de deixar-se invadir. De fazer-se morada. Paulo diz: como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele.
Andemos nele até alcançarmos a casa do Pai, onde há muitas moradas, onde Ele nos preparou lugar. Lá onde está o nosso tesouro, onde não há choro. Prossigamos com esperança e determinação, pois aquele que prometeu é fiel para cumpri-lo. Amém.
O corpo do ser humano foi criado para ser a habitação do Espírito de Deus. A habitação ou casa onde Deus habita costuma-se chamar templo.
Outros povos pagãos já possuíam templos para seus falsos deuses.
Mas para o Deus Criador demoraram algumas gerações, após o homem ser expulso do Paraiso, para que fosse construído um templo por seu povo escolhido, Israel.
Já na inauguração daquele templo, em Jerusalém, Salomão lembrou que o céu dos céus não poderia conter Deus.
De fato, Deus e espaço não caberiam numa mesma equação. Não fosse Jesus ter nascido no tempo e no espaço. Então as coisas se tornaram bem relativas.
Jesus começou a chamar seu próprio corpo de templo. Também disse que não seria nem num lugar fixo, nem físico - "nem neste monte, nem em Jerusalém" - que o Pai seria adorado.
Em espírito e em verdade era a nova senha para se aproximar de Deus e tocá-lo e ser por ele tocado. Algo que se dá por meio da graça divina, não pelo esforço humano.
Mas para com quem Deus usa de graça? Como saber que sou ou serei agraciado?
Deus usa um só critério: fé.
Fé é o mais simples dos "esforços" humanos. Na verdade, é o esforço de não se esforçar. Mas não é uma preguiça espiritual nem uma fuga com ares de piedade. Como uma semente pequenininha, embora minúscula ela é material e carrega todo o DNA de uma imensa planta.
A fé é lançada na pregação do Evangelho e está à procura de corações férteis.
Biblicamente falando é a fé na ressurreição de Cristo que é determinante. Essa fé deve ser acompanhada de uma confissão no senhorio de Jesus.
Fertilidade do coração é a disposição para abraçar esses dois elementos: desejo de vida eterna e submissão a Cristo.
João nos explica esse movimento: Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome. Crer é sinônimo de receber. Receber a Cristo é abrir-se por meio da confiança absoluta nele.
Erroneamente é ensinado vastamente nas fileiras evangélicas que é "preciso receber a Cristo por meio de um convite pessoal" para que Cristo entre no coração humano.
O ensino bíblico é que receber a Cristo é crer nele. Não é um convite nem uma oração.
Em suas Confissões, já nos primórdios do cristianismo, Santo Agostinho se deparou com as implicações destoantes do ato de "receber" Jesus: Como invocarei o meu Deus ou o chamarei para dentro de mim? Há, então, Senhor meu Deus, algo em mim que te possa conter? Já que eu de fato existo, porque tenho de pedir tua vinda a mim, a mim que não existiria se não existisses em mim? Pois eu de forma alguma existiria, se não estivesses em mim. Para onde te chamo, se já estou em ti? De onde virias para estares em mim?
Invocar a Deus é bem mais clamar por Ele do que propriamente convidá-lo. É mais um grito de socorro, um choro de desespero, do que um gentil, racional e voluntário convite.
Estou dizendo tudo isto só para chamar a atenção para o fato de que nos tornarmos habitação do Espírito é bem mais parecido com um ato violento como o de um parto; do que com um convite numa rede social para sermos amiguinhos dele, onde um ou dois cliques resolvem a questão.
Por Deus ser quem Ele é, Ele não poderia invadir nossa vida sem que haja de nossa parte um sinal de consentimento. E por ser quem Ele é, Ele não precisaria de consentimento de ninguém. Mas optou por alcançar-nos por meio do Evangelho da Cruz. É uma clara entrada pelas portas dos fundos (aos olhos do mundo). Mas para nós, os que cremos, é um convite irresistível de amor e graça – de peito aberto. Ou seja, ao mesmo tempo Ele invade e espera o consentimento.
Essa tensão nos acompanhará por toda vida nesse mundo, onde seremos provados a cada momento. A nós nos foi dado não somente o crer, mas também o padecer por Jesus. De forma indireta também somos seus companheiros em suas aflições. A cada nova prova, cabe o mesmo ato de fé singela, de recebê-lo, de confiança, de deixar-se invadir. De fazer-se morada. Paulo diz: como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele.
Andemos nele até alcançarmos a casa do Pai, onde há muitas moradas, onde Ele nos preparou lugar. Lá onde está o nosso tesouro, onde não há choro. Prossigamos com esperança e determinação, pois aquele que prometeu é fiel para cumpri-lo. Amém.
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
16 de maio de 2025
- Visualizações: 622
comente!
- +A
- -A
-
compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.


Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Revista Ultimato
- +lidos
- +comentados