Vamos tirar os sapatos

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Conta-se a história de um homem que sempre comprava seus sapatos com um número menor. E isso para muitas pessoas não fazia nenhum sentido. A pergunta, portanto, era: como alguém pode se submeter a um desconforto como esse e a uma dor perfeitamente desnecessária? Diante da pergunta, o homem respondia: nada tenho que me dê prazer e torne a minha vida mais leve, por isso, o meu único prazer é tirar meus sapatos depois de um longo dia de trabalho e sentir a liberdade de andar descalço. É esse o meu prazer!

Um ato tão simples mais que pode nos ajudar a perceber algo que perdemos ao longo da nossa caminhada - quase não tiramos os sapatos! Acredito que muitos até já se esqueceram de como é bom tirar os sapatos e andar descalços (reviver o tempo de crianças onde trabalhávamos menos e vivíamos mais). O tempo se passou e ficamos sérios demais - fomos agarrados pelo nó das gravatas e pelo abraço dos paletós e das camisas sociais.

Deixamos de lado aquela bermuda surrada, a camiseta e o chinelo havaiana e ao invés disso nos vestimos e nos calçamos de culpa, mesmo nas horas mais ou menos vagas, pois o ócio é pecado! O que vão dizer aqueles que, porventura, nos virem por aí sem a armadura ou o disfarce! Poderemos ser atingidos e perder nossos poderes!

São sete horas da manhã de segunda-feira, por um momento somos tentados a tirar os sapatos, passamos o domingo inteiro esperando esse momento, mas quando ele chega algo parece estar errado, pois todos estão calçando os sapatos e nós vamos calçar sandálias? Não fica bem! É melhor voltar à vida real ou melhor à fantasia real, pegar a nossa roupa de super-herói os sapatos especiais e pé na estrada, pois afinal Deus ajuda quem cedo madruga e vai à luta, diz o ditado.

Esse não é um convite à rebeldia ou a uma revolução, se bem que é quase isso, mas à obediência, pois até Deus após seis dias de trabalho, tirou os sapatos e chamou os amigos para apenas deitar na grama, e contemplar - a beleza da natureza, a grandeza da vida, a surpreendente beleza e diversidade das pessoas e a magnitude e majestade do Criador! Pois afinal tudo é muito bom. Pena que essas coisas apenas estão à vista a ao alcance daqueles que podem tirar seus sapatos, e infelizmente isso ainda não é coisa para pastores!

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Opinião do leitor