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Palavra do leitor

Um estranho igual

"Um estranho igual"
No início do ano corrente aproveitando o tempo de férias que ainda me restava resolvi fazer umas experiências visitando algumas igrejas donde não era conhecido de ninguém. Não fui caracterizado, não me identifiquei bem como pastor ou sequer como cristão. Fui vestido de jeans e camiseta estilo pólo e barba por fazer. E um detalhe importante é que fui sem portar uma Bíblia.
Na verdade meu objetivo além de tudo era o de sentir o que a muitos anos não sentia, o impacto de ser recebido na porta da igreja, ser identificado e ser conduzido ao lugar devido. Em segundo lugar o poder chegar à igreja sem o compromisso de assumir o púlpito pelo cargo ou por ter que ministrar a Palavra. Poder chegar e sentar no último banco e receber o que for ministrado.
Porém pra minha surpresa nada disso aconteceu. Fui a três igrejas diferentes, mas diferenças apenas nas placas, pois as atitudes foram idênticas.A começar pela recepção, o que na verdade não poderia eu usar esse termo, na verdade não houve recepção alguma.Fui cumprimentado com o tradicional cumprimento de cristão para cristão (sem me identificar como um) apenas pelos porteiros de cada uma das igrejas, e foi só o que fizeram.Nas três igrejas fiz questão de sentar no último banco. Das três somente em uma me ofereceram uma Bíblia para acompanhar a leitura. Em nenhuma delas fui identificado e apresentado.Ouvi cânticos por demais desmotivados. Exageros na altura de instrumentos e microfones.Em uma delas era culto de jovens. O culto começou com meia hora de Oração de joelhos, 50% da igreja permaneceu sentada inclusive os jovens.Havia um jovem que ao lado de outro na minha frente conversaram todo o período da oração. Faltando 5 minutos ele subiu ao altar e ajoelhou por uns 3 minutos e sentou já com a guitarra na mão.Em outra pelo fato de eu ter sentado no último banco não sei se prestava mais atenção ao que estava sendo ministrado do púlpito ou na andança sem fim das pessoas na igreja. Obreiros em pé nos corredores para nada absolutamente, pois crianças faziam dos mesmos corredores pistas de corrida, literalmente. As três igrejas em que visitei deixaram a desejar na receptividade, no afeto, no acolhimento.Das três igrejas apenas uma demonstrou quebrantamento por parte dos ministros dos louvores.Sem colocar dogmas ou opinião própria sobre vestes, falo do que vi, das três em apenas em uma não vi extravagâncias. Nas outras duas a sensualidade era exageradamente proposital.Como um ouvinte conhecedor, percebi o despreparo dos dirigentes das três igrejas e mais sério que isso em nenhuma delas eu ouvi uma Palavra alimentadora, saborosa e atraente. Tudo muito vago, sem nexos, homens pregando dando a entender apenas que estão no cumprimento de um dever.Questiono-me se não fosse crente se eu teria aceitado a Jesus nos apelos abruptos que foram feitos, sem qualquer jeito, algo como forçar a engolir o que nem se sabe direito o que é.Em três cultos não ouvi em nenhum algum parecer sobre o plano de salvação para o pecador.Porém quero deixar claro que nada disso me frustra porque sirvo a Cristo, minha preocupação é com as pessoas que diferente de mim estão na real condição de perdidos, desiludidos, frustrados. Pessoas que chegam à igreja e não são absolutamente nada, e continuam não sendo, não têm nomes, não são saudadas, acolhidas e abraçadas. Quantas pessoas passam por estas decepções nas igrejas onde vão buscar uma esperança.Meu alerta é para os obreiros, porteiros, membros que percebem a chegada de um visitante e que faz de conta que ele não está ali, ou até percebe, mas não se importa mais com isso.Meu alerta é para os pastores, que assim como eu, gozam de privilégios, nós temos lugar garantido nas igrejas, somos apresentados, elogiados, cumprimentamos, somos vistos e honrados. Mas há muitas pessoas sendo literalmente maltratadas nas igrejas.Faço humildemente um apelo à vocês meus colegas, reúnam-se imediatamente com seu obreiros e abordem assuntos como recepção, acolhimento, hospitalidade, educação, priorização, atenção e atendimento.Uma pessoa não pode jamais chegar a uma igreja e sair dela invisivelmente, isso é inadmissível. Mas eu passei por isso em exatamente três igrejas.O fato é que nós como pastores vivemos em um ritmo diferente dos membros. Não acompanhamos muitas vezes o andamento dos cultos em seus bastidores.
Às vezes os obreiros até são orientados e os pastores acreditam que está sendo feito um bom trabalho.Mas o que nós pastores não podemos jamais delegar é a qualidade da Palavra. Essa responsabilidade é insubstituivelmente nossa. Não vi nessas três igrejas seus respectivos pastores ministrando em seus cultos principais, não por suas ausências, mas por terem delegado a função a outros, porém esses outros eram despreparados.Há uma urgência. Não de Avivamento como andam dizendo, nem de construção de templos, muito menos de qualquer aquisição material, não uma urgência de elegermos um presidente. Há uma urgência de AMOR!
Um estranho igual.
Garibaldi - RS
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Site: http://odairspfilho.wordpress.com

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