Palavra do leitor
29 de setembro de 2025- Visualizações: 628
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Um esquisito no ninho
Sou esquisito,
Feito de ventos que me contaram o Nordeste,
de um chão que meus pais viram sem sombra,
de um lar onde a pobreza
era mais fiel que o pão na mesa.
Nasci e cresci na periferia de Sampa,
entre muros rachados e ruas esburacadas,
onde o riso das crianças
competia com o grito das sirenes.
Não herdei palácios,
nem genealogias douradas;
sou feito de poeira,
mas a poeira também brilha
quando a luz do sol a encontra.
Minha fala é rascunho,
meu passado, uma carta amassada
que só Deus leu sem desprezo.
Olho para o alto e pergunto:
"De onde me virá o socorro?"
E o salmista responde:
"Do Senhor que fez os céus e a terra."
Não dos tronos corrompidos,
nem dos templos que pregam um Deus
que não conhecem.
Mas daquele que veio carpinteiro,
e não rei — servo, e não celebridade.
Há uma paz em mim
que não depende
das promessas dos homens.
É a paz Daquele
que caminhou sobre as águas
e ainda sussurra:
"Minha paz vos dou."
Por isso sigo.
Não pelo GPS do mundo,
mas pela bússola das Escrituras.
Sola Scriptura —
porque a Palavra é lâmpada
num mundo de trevas barulhentas.
Sola Fide —
porque fé é andar na chuva
sem saber onde termina o caminho.
Sola Gratia —
porque a graça é um abraço imerecido
que vence todos os tribunais.
Solus Christus —
porque não há outro nome
que faça o pó sonhar com a eternidade.
Soli Deo Gloria —
porque todo fôlego,
até o dos poetas esquecidos,
pertence a Ele.
Vejo os impérios virarem pó,
os ídolos brilharem por um instante
antes de cair no esquecimento.
Vejo religiosos cheios de cânticos,
mas corações sem música alguma.
E compreendo:
não basta reformar sistemas;
é preciso reformar almas.
O Reino não chega com outdoors,
nem com marketing religioso;
cresce como semente silenciosa
até que o Eterno
rompa a casca do tempo.
Até lá sigo esquisito:
Estranho e forasteiro nesta terra,
mas não no destino.
Porque lá,
na pátria sem lágrimas,
o Rei me chama pelo nome.
Valdecio Gama.
Feito de ventos que me contaram o Nordeste,
de um chão que meus pais viram sem sombra,
de um lar onde a pobreza
era mais fiel que o pão na mesa.
Nasci e cresci na periferia de Sampa,
entre muros rachados e ruas esburacadas,
onde o riso das crianças
competia com o grito das sirenes.
Não herdei palácios,
nem genealogias douradas;
sou feito de poeira,
mas a poeira também brilha
quando a luz do sol a encontra.
Minha fala é rascunho,
meu passado, uma carta amassada
que só Deus leu sem desprezo.
Olho para o alto e pergunto:
"De onde me virá o socorro?"
E o salmista responde:
"Do Senhor que fez os céus e a terra."
Não dos tronos corrompidos,
nem dos templos que pregam um Deus
que não conhecem.
Mas daquele que veio carpinteiro,
e não rei — servo, e não celebridade.
Há uma paz em mim
que não depende
das promessas dos homens.
É a paz Daquele
que caminhou sobre as águas
e ainda sussurra:
"Minha paz vos dou."
Por isso sigo.
Não pelo GPS do mundo,
mas pela bússola das Escrituras.
Sola Scriptura —
porque a Palavra é lâmpada
num mundo de trevas barulhentas.
Sola Fide —
porque fé é andar na chuva
sem saber onde termina o caminho.
Sola Gratia —
porque a graça é um abraço imerecido
que vence todos os tribunais.
Solus Christus —
porque não há outro nome
que faça o pó sonhar com a eternidade.
Soli Deo Gloria —
porque todo fôlego,
até o dos poetas esquecidos,
pertence a Ele.
Vejo os impérios virarem pó,
os ídolos brilharem por um instante
antes de cair no esquecimento.
Vejo religiosos cheios de cânticos,
mas corações sem música alguma.
E compreendo:
não basta reformar sistemas;
é preciso reformar almas.
O Reino não chega com outdoors,
nem com marketing religioso;
cresce como semente silenciosa
até que o Eterno
rompa a casca do tempo.
Até lá sigo esquisito:
Estranho e forasteiro nesta terra,
mas não no destino.
Porque lá,
na pátria sem lágrimas,
o Rei me chama pelo nome.
Valdecio Gama.
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