Palavra do leitor
- 25 de outubro de 2010
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Também sou católico
"(...) e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra" (Atos 1.8b)
Por ocasião dos funerais do Papa João Paulo II, Dom Cláudio Hummes, na época arcebispo de São Paulo, e Dom Eusébio Scheid do Rio de Janeiro, protagonizaram uma polêmica muito interessante sobre a catolicidade do presidente Lula. Scheid dizia que o presidente é "mais caótico que católico". Hummes rebateu afirmando que Lula é "um católico como todos os outros católicos do Brasil" e que o presidente "tem comungado mais vezes" com ele. Depois o arcebispo do Rio recuou, dizendo que Lula não é "suficientemente católico".
Hoje está acontecendo algo parecido em relação aos presidenciáveis. A ISTOÉ da semana passada publicou uma capa com “duas caras” de José Serra e mostrando algumas de suas contradições. O mesmo foi feito pela VEJA, três semanas atrás, com “duas caras” de Dilma na capa. Serra já provocou a ira dos católicos quando Ministro da Saúde, por ter assinado documento favorável ao aborto, por ter distribuído camisinhas a população e ter convidado monges budistas para purificar o escritório político no Edifício Joelma. Nestas eleições o candidato se diz católico tradicional. Dilma deu entrevista favorável ao aborto, mudou de opinião e durante a campanha do primeiro turno não deixou transparecer qualquer tendência religiosa. Agora aparece em missa fazendo o sinal da cruz e se dizendo católica.
Realmente é difícil definir a religião dos dois candidatos à presidência da república. Assim como também é difícil definir qual é a religião do brasileiro. A grande maioria se diz católica porque foi batizada na Igreja Católica Apostólica Romana. Entretanto, muitos frequentam um terreiro de candomblé ali, um centro espírita lá, outro culto acolá, e continuam católicos. E para por mais lenha nessa fogueira, declaro que sou protestante, calvinista, presbiteriano e também católico.
Minha fé, que está fundamentada nas Escrituras, me permite a aceitar o Credo Apostólico como síntese das principais doutrinas do cristianismo, inclusive a afirmação “creio na santa igreja católica”. Também me permite concordar com o Credo Niceno que afirma: “Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica. São quatro adjetivos que descrevem as marcas distintivas da verdadeira Igreja de Cristo. Una porque só existe uma Igreja de Cristo. Santa porque serve a Deus no mundo. Não é perfeita, sem pecado, mas separada do mundo se esforça para refletir, através do serviço aos homens, a santidade de Cristo. Católica porque reúne todos os cristãos verdadeiros de todos os tempos, de todas as comunidades, de todas as nações e de todos os lugares. Não se limita á um tempo, lugar, raça ou cultura. Ela é universal e esse é o significado do termo católico. Apostólica porque se fundamenta no testemunho, doutrina e ensino dos apóstolos. Jesus é a pedra angular, principal desse fundamento.
O problema é que o termo católico é usado para nominar apenas um ramo do cristianismo. Mas mesmo pertencendo a outro ramo do cristianismo posso dizer que sou católico, apostólico, mas não romano.
Soli Deo Gloria
Por ocasião dos funerais do Papa João Paulo II, Dom Cláudio Hummes, na época arcebispo de São Paulo, e Dom Eusébio Scheid do Rio de Janeiro, protagonizaram uma polêmica muito interessante sobre a catolicidade do presidente Lula. Scheid dizia que o presidente é "mais caótico que católico". Hummes rebateu afirmando que Lula é "um católico como todos os outros católicos do Brasil" e que o presidente "tem comungado mais vezes" com ele. Depois o arcebispo do Rio recuou, dizendo que Lula não é "suficientemente católico".
Hoje está acontecendo algo parecido em relação aos presidenciáveis. A ISTOÉ da semana passada publicou uma capa com “duas caras” de José Serra e mostrando algumas de suas contradições. O mesmo foi feito pela VEJA, três semanas atrás, com “duas caras” de Dilma na capa. Serra já provocou a ira dos católicos quando Ministro da Saúde, por ter assinado documento favorável ao aborto, por ter distribuído camisinhas a população e ter convidado monges budistas para purificar o escritório político no Edifício Joelma. Nestas eleições o candidato se diz católico tradicional. Dilma deu entrevista favorável ao aborto, mudou de opinião e durante a campanha do primeiro turno não deixou transparecer qualquer tendência religiosa. Agora aparece em missa fazendo o sinal da cruz e se dizendo católica.
Realmente é difícil definir a religião dos dois candidatos à presidência da república. Assim como também é difícil definir qual é a religião do brasileiro. A grande maioria se diz católica porque foi batizada na Igreja Católica Apostólica Romana. Entretanto, muitos frequentam um terreiro de candomblé ali, um centro espírita lá, outro culto acolá, e continuam católicos. E para por mais lenha nessa fogueira, declaro que sou protestante, calvinista, presbiteriano e também católico.
Minha fé, que está fundamentada nas Escrituras, me permite a aceitar o Credo Apostólico como síntese das principais doutrinas do cristianismo, inclusive a afirmação “creio na santa igreja católica”. Também me permite concordar com o Credo Niceno que afirma: “Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica. São quatro adjetivos que descrevem as marcas distintivas da verdadeira Igreja de Cristo. Una porque só existe uma Igreja de Cristo. Santa porque serve a Deus no mundo. Não é perfeita, sem pecado, mas separada do mundo se esforça para refletir, através do serviço aos homens, a santidade de Cristo. Católica porque reúne todos os cristãos verdadeiros de todos os tempos, de todas as comunidades, de todas as nações e de todos os lugares. Não se limita á um tempo, lugar, raça ou cultura. Ela é universal e esse é o significado do termo católico. Apostólica porque se fundamenta no testemunho, doutrina e ensino dos apóstolos. Jesus é a pedra angular, principal desse fundamento.
O problema é que o termo católico é usado para nominar apenas um ramo do cristianismo. Mas mesmo pertencendo a outro ramo do cristianismo posso dizer que sou católico, apostólico, mas não romano.
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