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Palavra do leitor

Sou um sem Igreja

Tenho acompanhado os artigos da Ultimato a respeito dos “desigrejados”. Lançaram até um livro com o nome: “Dê um chance a Igreja”.
Entendo os apelos, mas me parece que quem está dentro nunca consegue entender a ótica de quem está fora.
Para início de conversa a Igreja é um lugar arredio a críticas, exceto coisas periféricas e sempre de forma reservada e nunca em público. Do tipo “interna corporis”.
Tanto no meio evangélico como no meio católico parece que há uma idéia de que a Igreja é algo sacro santo, como se fosse algo acima do bem e do mal.
Quando muito, se perdem em debates estéreis, do tipo Igreja visível; Igreja invisível; Igreja Local; Igreja denominacional e tantas outras formas de expressar. Parece que a onda agora, se eu não estiver desatualizado, é a Igreja em Células. Confesso, não tive paciência de analisar esse novo formato.
Certa vez, ouvindo um Pastor proferir uma palestra em um evento numa Faculdade Teológica ouvi uma afirmação curiosa. Dizia que quando se entra numa Igreja você é requisitado a oferecer seu talento, seu tempo e seu dinheiro à Igreja. Acho que ele tem razão.
Não estou condenando o procedimento. Diversas pessoas doam voluntariamente esses três aspectos de suas vidas às Igrejas que ingressam e não há nenhum mau nisso. Tal procedimento pode ser entendido como engajamento, envolvimento.
Eu mesmo vejo com bons olhos o engajamento a uma Igreja, como uma adesão a uma causa.
Mas a questão é: Em que causa estou aderindo?

Tomei coragem e fui a uma Igreja no campo denominacional histórico. Desejava participar de um culto simples e singelo. Foi duro!!!
O pastor estava encantado com um novo método de evangelização que, me parece, ele tinha acabado de descobrir. Segundo ele, era um modelo em células em que não se iria mais evangelizar e sim, discipular. O culto durou mais de duas horas e só se falou nesse assunto. Chegou até expor um quadro demonstrando que discipular é mais vantajoso que evangelizar. Sua teoria se baseava no seguinte: evangelizar era igual somar, portanto, se o cidadão evangelizasse uma pessoa por dia ao final de um ano teria evangelizado 365 pessoas e cada ano o mesmo nº se acrescentaria. Se o método fosse o discipulado de uma pessoa por ano seria o mesmo que elevar o nº a potencia dele n vezes. Segundo o pregador o segundo método conseguiria alcançar muito mais pessoas do que o primeiro com o passar do tempo.
Primeiro, acho que eu aprendi essas operações matemáticas no colégio. O Pastor deve ter faltado à aula. . .
Segundo, se trata de um proselitismo ufanista, cujo objetivo é arrebanhar gente para o seu curral, num desejo megalomaníaco de poder. Poder esse através do dinheiro e não do Espírito Santo.
Sou obrigado a ouvir os cultos ao lado de minha casa de uma Igreja que, me parece, adota também essa teoria de células. Cantam ou berram, duas ou três músicas de pouquíssimas frases que são repetidas 20 vezes, no meio de um som ensurdecedor. Dão ordens a Deus e parece um regimento de infantaria.
A pregação é sempre a mesma. Você tem que estar na Igreja e com Jesus para ter sucesso na vida (pessoal, profissional, financeira e etc.).
Perdoem-me, mas isso me parece lavagem cerebral. O sujeito sai dali entorpecido e volta no domingo seguinte para tomar mais uma dose.

Jesus Cristo não está mais presente nas Igrejas. Ele foi expulso. Como um ser bem educado, Ele se retirou. Estou convencido de que não é o caso de chamá-lo de volta. Essas Igrejas estão lotadas porque há gente que gosta desse discurso. Você pode argumentar que o pregador está pregando o engano. Concordo. Mas há gente que adora ser enganada. A mensagem subliminar é simples e vai de encontro ao desejo egoísta das pessoas. Você não é responsável por tudo de errado que acontece na sua vida, e sim, o diabo. As suas escolhas irresponsáveis, mesquinhas, narcisistas não são culpa sua, mas do demônio. . .

Jesus Cristo, uma das três pessoas da trindade, que se esvaziou à medida humana, que foi pregado e amarrado num madeiro e levantado para ser espetáculo de escárnio, para atender a sórdida maldade humana, por ter ridicularizado o poder judaico local e o Império da hora, nos disse que Ele é porta que abre para o caminho. Nunca encontrei nada dizendo que é a porta para o sucesso.

Ainda haverá o argumento; “mas não são todas. . .” Desculpem mas não vou ficar procurando entre as vinte mil igrejas existentes na metrópole que moro para ver se há alguma que pregue o evangelho verdadeiro. Seria uma tarefa sobre humana e absolutamente inútil. O manto que as cobre com mais ou menos ênfase é essa mentoria.

Fiquem com suas Igrejas, e nem peço a Deus pela recuperação delas.
Vou esperar pelo mover do Espírito em brisa suave e em paz.
Vitória - ES
Textos publicados: 8 [ver]
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