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Palavra do leitor

Somos todos O grande Gatsby

É famosa a história de que temos um vazio enorme dentro de nós e tentamos preencher de diversas maneiras. Alguns apontam para a religião, outros para o sucesso, prazer e outros ainda nem acreditam neste vazio, mas até estes que dizem que a sensação de vazio é um mecanismo da evolução que fez nossos antepassados sobreviverem estão buscando em algum lugar alguma coisa para si. Ao falarmos disso estamos falando sobre uma busca pelo sentido da vida e dentro de outras perguntas lá no fundo queremos saber: o que pode me trazer felicidade e me satisfazer por completo?

É sobre isso que trata o livro O Grande Gatsby, da década de 20 de Scott Fitzgerald. A história nos conta de um homem que dá festas luxosas em sua mansão em Nova York. Ele é muito rico, conhecido, cercado de gente, mas ainda algo escapa a sua mão. Ao longo do livro descobrimos que ele busca por Deyse, uma moça que foi sua namorada no passado, antes dele ser convocado para a 1° Guerra. Pensando que ele havia morrido, Deyse se casa com Tom, ex atleta da alta sociedade de Nova York. Gatsby passa então a buscar incansavelmente a felicidade em Deyse, a esperança que um dia ele teve e perdeu. Mesmo possuindo saúde, dinheiro, mansão, itens mais do que "básicos" e desejados por nós, ele queria mais, ele queria o que não tinha.
Todos nos parecemos com Gatsby, todos estamos sendo movidos pela falta de algo que como diria Platão "nós desejamos porque não temos." Mas a grande semelhança não está só em buscar algo, mas buscar algo que se perdeu.
Chesterton, autor católico do século passado, diz que todos conhecemos a história do homem que perdeu a memória e esqueceu seu nome. Eu que adoro filmes de ação e espionagem já vi isso muitas vezes como em Jason Bourne.

"Esse homem caminha pelas ruas e pode ver e apreciar tudo; só que não
se lembra de quem ele é. Bem, todos os homens são esse sujeito da
história. Todos os homens se esqueceram de quem são...Todos padecemos sob a mesma calamidade mental; todos nos esquecemos de nosso nome. Todos nos esquecemos do que realmente somos"
(Chesterton)

Portando, todos temos em nós a sensação de algo perdido, esquecido lá trás, e como Chesterton novamente diz em outro lugar "O homem sempre se perdeu. É um vagabundo desde o Éden. Mas sempre soube, ou julgou saber, o que buscava"
Essa perda, essa ausência, essa busca apontam para aquilo que a bíblia diz que o homem experimentou no jardim com Deus e perdeu. Nós fomos projetados para sermos amados plenamente com Deus em um relacionamento, mas rompemos isso no passado e hoje estamos como náufragos neste mar, sem bussola, sem ilha, sem barco.
A bíblia no livro de Eclesiastes, escrito em um momento muito depois da queda, mas bem antes restauração final de tudo, diz que nosso coração anseia pela eternidade, por algo além. Creio que isso é Deus nos chamando de volta para casa. É por isso que odiamos e tememos a morte, ela não devia estar aqui, por isso desde as mitologias antigas, aos contos de fadas e lendas antigas até os filmes de herói nós projetamos neles nossos desejos de vencer a morte, de ter um amor que não passe, de matar o dragão.

Como deixou bem escrito C.S.Lewis, pode ser que "aquela nostalgia que trazemos sempre conosco, aquele desejo de sermos reatados a alguma coisa do universo da qual nos sentimos cortados, não são, portanto, mera fantasia neurótica, mas o mais verdadeiro dos sintomas da nossa real situação. Sermos, enfim, convidados a entrar seria glória e honra altamente imerecidas e também a satisfação do nosso velho e doloroso anseio." (Peso de glória, p 17) Se há o desejo de sermos reatados a algo no universo do qual fomos cortados eu gostaria, e você? É Jesus Cristo quem nos faz o convite de ir até Ele e encontrar real descanso e alívio. E é só através dele que conheceremos a Deus como também somos conhecidos, seremos religados ao que nos falta e satisfaremos toda nossa carência. Lá voltaremos a árvore da vida e "lhe darei que se alimente dela"(Ap 2:7) e "lhe darei o maná escondido"(Ap 2:17). É esse anseio que buscamos; é essa pergunta que queremos responder. Será que existe mesmo algo assim que possa nos resgatar dessa condição e mudar quem somos?

"A coisa mais doce em toda a minha vida tem sido o anseio de encontrar o lugar de onde veio toda a beleza – o meu país, o lugar onde eu deveria ter nascido. Acha que não significava nada tudo isso, todo esse desejo, essa saudade de casa? Na verdade, a sensação não é de estar indo, mas voltando." C. S. Lewis.

Jesus garante que esse lugar é real, na verdade, é Ele e todo que beber da água que Ele der não terá sede, falta, mas terá uma fonte viva que jorra do seu interior. Ali que deixaremos de ser como Gatsby que acreditou naquela felicidade "que ano após ano se afasta de nós. O futuro já nos iludiu tantas vezes" (O Grande Gatsby, p. 132)
Não precisamos correr para a promessa de felicidade que todo dia nos engana. Podemos ir a Jesus e encontrar a felicidade que se torna real, pessoal, concreta e eterna. Você quer?
Seropédica - RJ
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