Palavra do leitor
09 de julho de 2012- Visualizações: 1726
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Solidão
“Não é bom que o homem esteja só.” Foi por meio desse versículo registrado em Gênesis 2:18, que um sábio pastor, durante a celebração de um casamento, deixou-me inquieta durante dias ao dizer que o primeiro problema da raça humana foi a SOLIDAO.
Com meu íntimo profundamente agitado, voltei para casa e passei dias refletindo nesse problema. Não naquela solidão que alguns conceituam como a mera ausência da presença física de alguém, mas aquela que transcende a alma, que faz com que você se sinta só mesmo cercado por várias pessoas. Aquela solidão que não se resolve com uma simples conversa, mas com um diálogo onde haja reciprocidade, compreensão e falte julgamentos infantis e preconceituosos.
Por essas razões não se achou, no Éden, alguém que correspondesse a necessidade de Adão, alguém capaz de suprir sua solidão, sendo que, a partir do momento em que Eva foi formada, a solidão passou a ser uma opção e não uma imposição e acho que ainda hoje é assim. Ninguém precisa estar só, na verdade, acho que ninguém deve ficar só.
Concordo que momentos de solidão podem ser extremamente proveitosos, talvez até necessários para que possamos ter um encontro que nosso “eu”, conhecê-lo melhor (isso para aqueles que não sentem medo do que vão encontrar), discernir suas motivações, intenções e aspirações, mas no fim do dia, quando o sol se pôr, quando a lua e as estrelas foram sua única companhia, você desejará, mesmo que não admita, a presença de alguém que lhe corresponda.
Não seja pequeno a ponto de pensar que me refiro apenas uma companhia que desperte em você amor, desejo e paixão, nada disso. Me refiro também a amigos, família, colegas de trabalho e toda a rede social que te envolve. De fato o ser humano não é uma ilha. Deus nos deu uma vida e essa vida é pra ser compartilhada. Henri Nouwen escreveu: “Na solidão, descobrimos que a nossa vida não é uma propriedade a ser preservada, mas uma dádiva a ser compartilhada. Então, reconhecemos que as palavras de cura que pronunciamos não são de, mas por nós; não são nossas, elas nos são dadas. E o amor que podemos expressar é parte de um amor maior. E a nova vida não é uma propriedade a que nos devemos apegar, mas uma dádiva a ser compartilhada."
E para evitar que alguns insistam em dizer que a solidão existe porque o homem distanciou-se de Deus e que Ele, per si, basta para preencher nosso vazio, lembro que o próprio Deus percebeu a necessidade que homem tinha de uma companhia (Gn.2:18) antes mesmo que este desobedecesse a única ordem proibitiva que existia no Éden (Gn.3:6), logo, a necessidade do outro não é um problema somente daqueles que não se interessam por ter uma vida mais próxima do Pai, mas está intrínseco em qualquer um que se defina humano.
Deus nos basta, mas Ele também nos conhece e por nos conhecer, Ele não vem até nós sozinho. Traz sempre uma comunidade que te acolhe, amigos que te apoiam, uma família que te dá suporte, e, em todas essas relações, é o próprio Deus criando as condições para que você não fique só. A solidão ainda é uma opção, espero que você não a escolha.
Com meu íntimo profundamente agitado, voltei para casa e passei dias refletindo nesse problema. Não naquela solidão que alguns conceituam como a mera ausência da presença física de alguém, mas aquela que transcende a alma, que faz com que você se sinta só mesmo cercado por várias pessoas. Aquela solidão que não se resolve com uma simples conversa, mas com um diálogo onde haja reciprocidade, compreensão e falte julgamentos infantis e preconceituosos.
Por essas razões não se achou, no Éden, alguém que correspondesse a necessidade de Adão, alguém capaz de suprir sua solidão, sendo que, a partir do momento em que Eva foi formada, a solidão passou a ser uma opção e não uma imposição e acho que ainda hoje é assim. Ninguém precisa estar só, na verdade, acho que ninguém deve ficar só.
Concordo que momentos de solidão podem ser extremamente proveitosos, talvez até necessários para que possamos ter um encontro que nosso “eu”, conhecê-lo melhor (isso para aqueles que não sentem medo do que vão encontrar), discernir suas motivações, intenções e aspirações, mas no fim do dia, quando o sol se pôr, quando a lua e as estrelas foram sua única companhia, você desejará, mesmo que não admita, a presença de alguém que lhe corresponda.
Não seja pequeno a ponto de pensar que me refiro apenas uma companhia que desperte em você amor, desejo e paixão, nada disso. Me refiro também a amigos, família, colegas de trabalho e toda a rede social que te envolve. De fato o ser humano não é uma ilha. Deus nos deu uma vida e essa vida é pra ser compartilhada. Henri Nouwen escreveu: “Na solidão, descobrimos que a nossa vida não é uma propriedade a ser preservada, mas uma dádiva a ser compartilhada. Então, reconhecemos que as palavras de cura que pronunciamos não são de, mas por nós; não são nossas, elas nos são dadas. E o amor que podemos expressar é parte de um amor maior. E a nova vida não é uma propriedade a que nos devemos apegar, mas uma dádiva a ser compartilhada."
E para evitar que alguns insistam em dizer que a solidão existe porque o homem distanciou-se de Deus e que Ele, per si, basta para preencher nosso vazio, lembro que o próprio Deus percebeu a necessidade que homem tinha de uma companhia (Gn.2:18) antes mesmo que este desobedecesse a única ordem proibitiva que existia no Éden (Gn.3:6), logo, a necessidade do outro não é um problema somente daqueles que não se interessam por ter uma vida mais próxima do Pai, mas está intrínseco em qualquer um que se defina humano.
Deus nos basta, mas Ele também nos conhece e por nos conhecer, Ele não vem até nós sozinho. Traz sempre uma comunidade que te acolhe, amigos que te apoiam, uma família que te dá suporte, e, em todas essas relações, é o próprio Deus criando as condições para que você não fique só. A solidão ainda é uma opção, espero que você não a escolha.
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