Sextilha da vitória (um poema potiguar)

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(Baseado em I Pedro 3.18-22)

Não quero mais viver sem a sustança
Quero estudar o que de fato aconteceu
Antonte – é o novo! - o homi aprumado Noé
Mesmo sendo mangado, obedeceu
Diferente do seu povo, não vivia sarrabuiado
A água que salvou, acabou com os que não creu.

Quando deru por fé entraru só os oito
"Marca não, Noé! Abre logo essa porta!"
Fizeru pouco, se dirlecharu com os aviso
As milacria tudo ficaru morta
Irmão, não se escanche com o mal
Pois, é na vera, o pecado tudo corta.

O que era ralé Jesus na cruz deu valor
Quando o brado deu, o Diabo se reiou
Aqui ou na caixa-bozó só vive na dor
E adipois do belo carão que no inferno tomou
Ficou com a mulinga, no inferno mais se imbiocou
Junto com sua mundiça se mandou!

E a arenga que aconteceu não foi de se apartar
Com um único golpe ele ficou todo espragatado
Ouviu a pregação na prisão e, logo, sem custo,
Hoje vive cangueiro, com a bixiga por todo lado
Dando siu pro que parece ser da nossa fé
E enfezado com o crente que anda aprumado.

Apois, olhe, não se pode afolosar a leis
Hoje se vive do jeito de Noé demais!
Povo encruado, sem crescer e encardido
Entertido com as coisas daqui, sem paz
É breu que ficará sem paga viver assim:
Um pé na igreja, outro no mundo, tanto faz!

Então pra que viver num pé e noutro?
Acabrunhado com medo do inimigo Diabo?
Na cruz já lavamu a burra ganhanu o céu
Já tamu veio, chega de viver amuado
Só se o Soberano deixar que ele nos tica
Pense! A peleja ta no papo!

Alteie sua voz pra bajular a Ele
E, sem arrodeio, comece a evangelizar!
Não carece timidez, deixe de ser crica!
Nada haver ficar no mundo a se ariar
Já escutamu em l Pedro com o Pastor
Ta mouco? Deixe de pantinho e ao Rei dê lugar!

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Opinião do leitor