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Palavra do leitor

Ser predestinado, sim.

‘’Todo o e qualquer discurso voltado a promover uma prosperidade compromissada a formar, somente, ricos, anda na contramão de uma prosperidade direcionado a levar riqueza’’.

Texto Áureo: Romanos 8. 29-30

Ser predestinado ou não, eis a questão. Vira e mexe esse tema percorre pelos espaços de discussões entre calvinistas e arminianos, como de outras linhas evangélicas. Por ora, atenho – me a enfocar, a partir do texto de Romanos 8. 29-30, referente a predestinação de um novo ser e viver, em Jesus, o Cristo. Aliás, aproveito esse momento para comentar sobre a predestinação de não nos conformarmos com o presente século. Sim e sim, creio, piamente, na predestinação para ampliarmos a justiça, em meio as abominações; na predestinação para não renunciar a paz, diante dos ecos de ser a violência, os abusos, as arbitrariedades a via mais aceitável; na predestinação de conceber o progresso, os avanços tecnológicos e da ciência, como lampejos da presença do reino de Deus, entre nós, para acarretar melhorias e mudanças, em favor do outro; na predestinação para reler a vida, sem o discurso de uma prosperidade compromissada a formar, somente, ricos, aqui, a expressão se vale de uma deformidade social e humana, pelo qual não se observa a dignidade e o respeito a vida, como condição inegociável; na predestinação para declararmos um não taxativo a ilusão, a busca irreal de alcançarmos um sentido, em nossa existência, por meio de nossos esforços e méritos, sem atentar para o encontro com esse Deus ser humano Jesus Cristo; na predestinação para escutarmos mais; na predestinação para sermos mãos de suporte e não mãos que sufocam; na predestinação para não nos valermos de réguas moralistas de exclusão, de marginalização, de condenação, em função de pessoas com opções sexuais diferentes da nossa, de pessoas advindas de relações rompidas, de pessoas com crenças e fé não semelhantes as nossas. Vou adiante, sejamos predestinados, sim e sim, para sermos nascentes de misericórdia, para não nos desumanizarmos, para não sermos atribuidores de palavras duras e ácidas, para não rotularmos pecado a meros atos comportamentais, a perceber que o pecado configura um estado de alienação, de vazio, de acreditar num eu sem o outro.

Vale dizer, adentro na predestinação de uma espiritualidade humanizada, de uma Cruz que acolhe e aceita, de um tal evangelho que nos chama para retomar nossa biografia, para continuar a escrever nas linhas de nossas escolhas, de uma salvação que se forma em imperfeitos. Faz-se anotar, espero mergulhar mais e mais, mais e mais nessa predestinação de uma fé de ritmos, de uma fé não desfiguradora das culturas, com suas idiossincrasias, com suas nuances, com suas vicissitudes, com suas particularidades. Ah, como busco a predestinação da poesia, da música, do teatro, da dança, da escultura e, grosso modo, das artes e seus horizontes; a predestinação de reconhecer as cicatrizes e, com essa constatação, concluir que não definem nosso ser; a predestinação de ir a direção de um Deus não afinado com os retratos e mosaicos de que persegue, castiga, vinga-se, esmaga, nomeia bons e maus, certos e errados.

É bem verdade, essas ponderações não agradarão a muitos e, ciente disso, prossigo com um Deus fraco e impotente para não se fazer nítido aos pretensiosos, mas vivificador e animador, em favor de todo ser humano disposto a se refazer e a se inovar. Por fim, sem rejeitar posições teológicas, porque, aqui, não vem ao caso, a Graça do Deus Ser Humano Jesus Cristo me faça espiritualizar, em minha humanidade, e humanizar, em minha espiritualidade, para viver a predestinação das boas novas e possa se manifestar, aqui e agora, a par de as vitorias não vão nos isentar das lutas e derrotas, de sermos inundados de conteúdos interiores de vida para enfrentar os dias do envelhecer, do cansaço, da proximidade do fim, da percepção de haver uma eternidade, um salto para o eterno.
São Paulo - SP
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