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Palavra do leitor

Sem condições, com uma condição: amar

‘’Sinto, em certos momentos, que perdermos de vista a inocência e o silêncio das lágrimas, em nosso tão pretenso vangloriar de conquistas, e isso tem nos feito e torno humanos na aparência e não no conteúdo’’.

Falar de amor parece como algo inflacionado, desgastado e uma perda de tempo. Lá no fundo, pergunto-me se acredito no mesmo. Vale dizer, as linhas e entrelinhas da história têm mostrado os mosaicos de provas confirmadoras de não ser um sonho idílico ou irreal, sem sentido e uma conversa para tolos, estúpidos e fracos? Os homens prosseguem sanguessugas dos homens, povos padecem na miséria e desfiguração de sua humanidade. Não bastassem essas constatações, trilhamos por um período de incertezas, de perda da convivência com o outro, de um viver, como pode e puder, porque nos resta somente essa realidade.

Enquanto isso, há um vislumbre, diante dos avanços exponenciais proporcionados pelo progresso tecnológico e científico, mas sem nos tornar mais humanos, mais alma, mais respeito, mais tolerantes, mais misericordiosos, mais apaixonados pela vida. Então, a situação adquire contornos mais crônicos, quando adentramos nos denominados evocadores do amor, dentro da leitura dos evangelhos e de Jesus Cristo. Afinal de contas, será uma verdade basilar na vida dos denominados cristãos? Tristemente, observo um amor evocado, por meio dos púlpitos, como uma espécie de moeda de troca, de compensação, de retribuição por fazer isso, aquilo e acolá. Não por menos, reduz-se o amor a uma espécie de escolha, a espera de algo, de seguir um mandamento imperativo categórico e ai ser agraciado ou não atrair a ira do todo poderoso ou sei lá mais o quê.

Para piorar a situação, cada vez mais, tornamo-nos reféns de um amor desidratado, de sensações momentâneas, de descartar vidas, porque tudo se limita aos anseios de uma geração sobre o caudilho ditatorial de uma vida órfã de afetos, de fala, de escutar, de sentar, ao lado, de acariciar, de não fazer do outro um objeto. Sinceramente, o amor, segundo as descrições dos evangelhos, constitui-se numa decisão irrepreensivelmente humanizadora. Vou além, traz a espiritualidade, a transcendência, a mística, os dons para o palco e o tablado dos vínculos de gente, como eu e você, imperfeita, incerta, insegura, que chora, enfrenta os por quê (s) e para que (s).

Por isso, quem decide andar por esse amor, loucamente, não se move pelas condicionantes da raça, da cor, da pele, da idade, das formações, das potencialidades. Em contrapartida, esse amor liga e interliga o toque da eternidade e da temporalidade, da espiritualidade e da humanidade, da criatividade e da coerência, da esperança e da fé, da misericórdia e da justiça, em nosso ser, como se surgisse um tecido de viver e de não desistir. É bem verdade, não falo de interpretações passageiras de amor, mas sim do amor personificado em Jesus Cristo e soergue eros, philia e o próprio ágape a um fluir e confluir de nobreza, de excelência, de singela, de simplicidade e sinceridade. Destarte, esse amor não exige, não impõe, não joga pesos e pressões para amar, em pessoas que nunca tiveram o afago, no silêncio da noite, aquelas palavras de ânimo e importância que deveriam te sido ditas, o abraço, em meio as tormentas e turbulências da caminhada. Não e não, o amor Jesus Cristo nos chama para fazer e formar uma ponte de candura, por causa dos vazios deixados, devido aos abusos, as arbitrariedades e aos abandonos.

Quantos, porventura, não se encontram num processo de corrosão e se remoem, porque não conseguem amar, perdoar, externar carinho, sentimentos de uma empatia e carregam uma culpa e uma condenação implacável. Talvez, o melhor a ser feito, passa e perpassa por mergulharmos, saltarmos e nos permitir sermos banhados por essa Graça que nos chama para não fingirmos sobre os retratos do que não foi e poderia ter sido, entretanto, quer nos ajudar a decidir por esse amor (com misericórdia, com complacência, com honestidade, com sinceridade, a sinceridade de que se faz necessário esse salto), em consonância ao texto de I Coríntios 13.13.
São Paulo - SP
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