Palavra do leitor
- 13 de outubro de 2011
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Se eu fosse um cristão
Clarice Lispector fez uma crônica dizendo como seria perigoso se ela resolvesse agir como se fosse ela mesma. Agiria atendendo o seu mais puro instinto. Imagino como eu agiria se resolvesse viver de forma coerente com a mensagem do evangelho. Qual seria o resultado?
Se eu fosse um cristão
Contabilizaria menos os meus erros e acertos. Desejaria mais a Deus do que a minha perfeição.
Seria menos legalista, fantasia preferida do meu eu hipócrita que nunca se sente a vontade na presença de Deus e do mundo.
Correria apagar a minha ira antes de mudar a folha do calendário, pois se assim não o fizesse, estaria puxando uma cadeira para o diabo sentar-se ao meu lado.
Cuidaria mais dos meus olhos para que neles não penetrassem raios de imoralidade e impureza, alimentos sólidos do velho homem, veneno ao novo.
Aplacaria a minha inveja porque sei que é Deus quem distribui, de acordo com o Seu Divino critério, os dons e talentos.
Amorteceria a maldade alheia com o escudo da bondade, arma que não a retroalimenta.
Perdoaria quatrocentas e noventa vezes no dia, em vez de reagir. Não jogaria ao tempo a responsabilidade de apagar a mágoa, nem esquematizaria a vingança fria e tardia. Mesmo que de súbito revidasse, não perderia tempo em pedir perdão.
Não culparia aos outros, engenhoca que utilizo sem perceber, para evitar o autoexame.
Não cederia à tentação de exagerar ou mentir sobre mim para que as pessoas pensem que sou o cara. Às vezes me perco na minha identidade.
Não lançaria mão das mil faces escondidas em mim sob o pretexto de tentar ser aceito por aqueles que estão a minha volta.
Não me esconderia mais atrás da aparência do religioso, num rosto bonito ou em um ministério bem sucedido com medo de descobrirem minha real identidade e ser rejeitado.
Saberia que toda vez que sou crítico e intolerante com os outros, revelo o que mais abomino em mim.
Julgaria os outros pelo critério do amor por uma questão de inteligência, pois com o mesmo critério que julgo, serei julgado no Grande Tribunal.
Não mais furtaria os bons pensamentos alheios, induzindo-os à malícia, ira ou vingança.
Odiar-me-ia menos e não seria mais chutado de lado pelo sentimento de rejeição, pois saberia que Deus me ama com amor Eterno, exatamente como eu sou e não me deixará neste estado.
Se eu vivesse o cristianismo, seria perigosamente subversivo.
Sei que nunca serei do jeito que deveria ser e que, mesmo assim, Ele me ama incansavelmente.
Se eu fosse um cristão
Contabilizaria menos os meus erros e acertos. Desejaria mais a Deus do que a minha perfeição.
Seria menos legalista, fantasia preferida do meu eu hipócrita que nunca se sente a vontade na presença de Deus e do mundo.
Correria apagar a minha ira antes de mudar a folha do calendário, pois se assim não o fizesse, estaria puxando uma cadeira para o diabo sentar-se ao meu lado.
Cuidaria mais dos meus olhos para que neles não penetrassem raios de imoralidade e impureza, alimentos sólidos do velho homem, veneno ao novo.
Aplacaria a minha inveja porque sei que é Deus quem distribui, de acordo com o Seu Divino critério, os dons e talentos.
Amorteceria a maldade alheia com o escudo da bondade, arma que não a retroalimenta.
Perdoaria quatrocentas e noventa vezes no dia, em vez de reagir. Não jogaria ao tempo a responsabilidade de apagar a mágoa, nem esquematizaria a vingança fria e tardia. Mesmo que de súbito revidasse, não perderia tempo em pedir perdão.
Não culparia aos outros, engenhoca que utilizo sem perceber, para evitar o autoexame.
Não cederia à tentação de exagerar ou mentir sobre mim para que as pessoas pensem que sou o cara. Às vezes me perco na minha identidade.
Não lançaria mão das mil faces escondidas em mim sob o pretexto de tentar ser aceito por aqueles que estão a minha volta.
Não me esconderia mais atrás da aparência do religioso, num rosto bonito ou em um ministério bem sucedido com medo de descobrirem minha real identidade e ser rejeitado.
Saberia que toda vez que sou crítico e intolerante com os outros, revelo o que mais abomino em mim.
Julgaria os outros pelo critério do amor por uma questão de inteligência, pois com o mesmo critério que julgo, serei julgado no Grande Tribunal.
Não mais furtaria os bons pensamentos alheios, induzindo-os à malícia, ira ou vingança.
Odiar-me-ia menos e não seria mais chutado de lado pelo sentimento de rejeição, pois saberia que Deus me ama com amor Eterno, exatamente como eu sou e não me deixará neste estado.
Se eu vivesse o cristianismo, seria perigosamente subversivo.
Sei que nunca serei do jeito que deveria ser e que, mesmo assim, Ele me ama incansavelmente.
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