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Palavra do leitor

Salvo do escorpião

"A minha Pátria é a Língua Portuguesa" escreveu Fernando Pessoa, com o que concordo; há um livro, liberado em 2011 pela área da Educação, que propôs que a nossa língua seja falada com erros gramaticais, quando o que devemos incentivar é o seu aperfeiçoamento, não a sua banalização, como respeitamos a gramática de idiomas estrangeiros que aprendemos na escola secular.

A proposta, à época, se tornou polêmica em virtude dos termos fora da concordância, sendo destaques, entre outras, as expressões "os livro" e "nós pega o peixe"; erros crassos de concordância nominal e verbal que agridem a cultura das pessoas que estudaram e estudam bem como muito valorizam a nossa Língua Portuguesa.

https://oglobo.globo.com/brasil/educacao/mec-lava-as-maos-no-caso-dos-livros-com-erros-2789047

Cada brasileiro deseja para o futuro de seus filhos e netos uma Nação não só alfabetizada, mas, sobretudo, culta.

A questão me remete ao final da década de 50, Instituto Metodista Granbery, em Juiz de Fora, quando o Mestre de Português, Prof. Augusto Gotardelo, à época considerado o melhor de Minas, quiçá do Brasil, nos ensinou sobre a palavra "suicidar".

Origina-se do latim "sui caedere"; o prefixo "sui" quer dizer "a si mesmo" e caedes = ação de matar; logo, suicidar [sui + cidar] é "matar-se" [matar a si próprio].

Entretanto, e infelizmente, a educação e a cultura brasileiras se adequaram à linguagem popular e passaram a aceitar "suicidar-se", o que em meu parco e antiquado entendimento corresponde a dizer "se matar-se".

Essa polêmica do suicidar me remete a Belo Horizonte, década de 40 (1947), quando morávamos em uma vila pobre, com casinholas geminadas; a nossa casa, em "L", tinha 2 cômodos: em um dos lados o quarto com uns 8 metros quadrados; o outro ambiente era, ao mesmo tempo, sala e cozinha [fogão de lenha de alvenaria]; na extremidade do outro lado do "L" o tanque e um vaso sanitário.

Nas rachaduras do teto de madeira, à noite, vindos do telhado, surgiam vários escorpiões, que passeavam por ali; vez em quando um caia no chão de cimento; meus pais, cuidadosamente, enrolavam algodão nos pés das camas para evitar que eles subissem e picassem alguém, à noite; permanecia o perigo de caírem diretamente sobre as camas; mas Deus sempre nos protegeu e ninguém foi picado - fomos salvos, eu e a minha casa [família], dos escorpiões.

Quando meu pai, uma vez, viu um escorpião no chão chamou os 4 filhos e uma filha para uma experiência interessante, embora macabra; fez uma circunferência de álcool em volta dele, riscou um fósforo e colocou no anel de álcool; o bichinho, amedrontado, levantou a cauda e ferroou o próprio pescoço, morrendo – suicidou [se]!

De volta ao século 21, agora em São Paulo, soube de uma estorinha divulgada nas redes sociais; em uma das margens de um rio iniciou uma queimada cujas chamas já assustavam os animais, os quais começaram a colocar em ação seus respectivos planos de fuga.

Um escorpião, não sabendo nadar e nem voar, pediu ajuda a um jacaré para que ele o levasse para a outra margem nas suas costas; pedido prontamente atendido pelo réptil, que, após o companheiro se acomodar, entrou no rio em direção à outra margem; isso é "salvação".

Reportando à Palavra de Deus, nós estávamos perdidos em nossos pecados, cujo salário é a morte (Rm. 6. 23), o Senhor Jesus nos trouxe do reino das trevas para o Reino da sua maravilhosa luz (1Pe 2.9).

Pela Graça de Deus [graça preveniente] derramada sobre toda a humanidade, mediante a fé no Deus Filho, Jesus, fomos salvos; e Ele próprio sentenciou:

"Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado [condenado], porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus" (Jo 3.18).

Nesse ato, do Senhor Jesus, de entregar a própria vida em nosso lugar, recebemos de graça a salvação da condenação pelos nossos pecados; há, todavia, uma segunda salvação que iremos receber em futuro próximo.

O Senhor Jesus vai nos retirar da terra para as moradas que nos foi preparar (Jo 14.2-3), antes da Grande Tribulação (Mt 24.21), para o encontro com Ele nos ares, entre nuvens (1Ts 4.16-17), o que a Palavra de Deus chama de "arrebatamento", primeiro os mortos em Cristo, e, em seguida, os que estiverem vivos.

E o escorpião?
- a estória não terminou na outra margem do rio, quando ele seria salvo; no meio do percurso, ele picou o jacaré e este reclamou:

"eu lhe salvei do incêndio e você me mata, com o seu veneno, ferroando-me!"

- o escorpião respondeu, justificando-se, "é a minha natureza!" e, no fundo do rio, morre junto com o jacaré.

Também nós temos a nossa natureza pecaminosa, fomos perdoados pelo Senhor Jesus que deu a sua vida (Jo 3.16) por nós naquela cruz, cruz que deveria ser nossa.

Ele, ainda, nos salvará da ira vindoura (1Ts 1.10) através do arrebatamento já citado se o recebermos no coração (Jo 1.12) e a Ele obedecermos (Hb 5.9).

"Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa" (At 16.31).
São Paulo - SP
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