Reforma não. Reciclagem já

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Nossa teologia está em crise de identidade e isto já se tornou psicossomático. É uma sequência de seqüelas que tem abortado a essência do cristianismo de nossa história. As heresias não são mais o problema, mas certos conceitos desequilibrados acerca da verdade estão nos levando a alimentar esta geração com costumes e tradições inventadas. A grosso modo, pensamos em reforma, mas afirmo categoricamente que não precisamos de uma reforma e sim de uma reciclagem.

Uma reciclagem já, com urgência é o que precisamos. Precisamos rever algumas questões antes que seja tarde demais e ai teremos que dar conta para Deus de nosso grave pecado de omissão.

É importante lembrar que ser cristão é antes de mais nada ser um seguidor de Cristo, um discípulo, um servo, um amigo, um aluno. No sermão da montanha se percebe algo muito obvio; não era uma pregação e sim uma conferencia cuja tese central foi e é uma aula pratica sobre cristianismo em todo seu dinamismo.

Precisamos retomar esta condição de cristãos que aceitaram o desafio de Mt.11:29. “aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”.

Muitos diriam que precisamos de um reabibliamento e eu sou obrigado a concordar. Precisamos reciclar a idéia de cristianismo. A idéia de instituição tem falado mais alto e isto tem gerado tantos focos de crise em nosso meio.

Igreja como um organismo vivo é a idéia de Deus para o homem, aliás a origem da palavra igreja não está no grego e sim no hebraico. A palavra de Deus em Gn.12 nos mostra isto de uma forma evidente. Estude os três primeiros versos deste capitulo e você vai perceber que igreja e família procedem da mesma palavra.

A igreja é a noiva, isto é essencial para se entender o que está faltando nos nossos dias. Existe apenas um noivo e consequentemente existe apenas uma noiva. Eu não sou a noiva, mas faço parte dela.

As placas denominacionais ou institucionais também precisam passar por esta avaliação. Esta ou aquela placa não é a igreja, mas parte dela. A verdade é que entre mortos e feridos todos se salvaram. Existe uma noiva no meio deste “junto e misturado” sopão de trigo e joio que é a igreja.

Bem, com se trata de uma introdução eu vou apenas lançar uma pequena idéia dos males que tem nos afetado por abandonarmos a arca dentro da arca. É não saímos literalmente da arca, mas estamos nos omitindo de responsabilidades claras dentro da arca. A primeira coisa que quero denunciar é a corrupção moral e espiritual que tem ocorrido em função de nossa omissão como noiva/igreja. Uma vez que compreendermos esta “corrupção” apenas como um sintoma, vamos estudar a causa real do problema e apenas depois de tudo bem definido, vamos nos unir para encontrarmos a solução (lembrando que estamos falando de reciclagem) clara e objetiva para o problema.

Corrupção é um mal, uma virose que detona de dentro para fora. Quando Adão pecou, ele se deixou corromper por seu próprio orgulho. A corrupção é viciada em retorno, lucro, levar vantagem em tudo, promover o ego e tudo o que diz respeito a estes benefícios. Como qualquer vicio, a corrupção negocia a própria alma apenas para conseguir seus objetivos.
Ela não se rende a justiça, ética, moral ou qualquer outra forma de padrão de sensatez que possa frear seus anseios e desejos. O vírus tem nome e é a corrupção da fé. Um mal que tem se tornado uma hemorragia no seio da igreja e destilado seus agentes destrutivos por toda sociedade, assim é a corrupção da fé que se mascara de religião e percorre pelas veias de uma doutrina adormecida e disfarçada de benção e prosperidade. Vamos nos reciclar pela palavra de Deus. É tempo de santidade.

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Opinião do leitor