Queremos nosso marco zero

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No dia 11 de setembro de 2001, o mundo parou; para, estarrecido, abismado, espantado, e como em um filme de ficção assistir ao atentado terrorista ousado, cruel e despertador, sim despertador porque naquele dia, às 9h46, no horário de Brasília, onde morreram quase três mil pessoas, todos despertaram para o fato, a realidade de que realmente o equívoco "religioso", a justiça, supostamente em nome de Deus, nos provou que ninguém está seguro: nenhum país, nenhuma família e nenhuma pessoa em lugar algum estão seguros. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em um discurso neste último dia 11 de setembro, em uma cerimônia em Washington, disse: "Não à capacidade humana para o mal, mas à capacidade humana para o bem. Não ao impulso para destruir, mas ao impulso para salvar, servir e construir". Belas palavras, ótima intenção, e creio que sinceras e vindas do líder de um país que sente na pele a dor de seus compatriotas. Ao olharmos um pouco ao redor, podemos perceber que embora existam desejos semelhantes no coração da maioria das pessoas, a verdade cruel é que nós não conseguimos sair do discurso para a prática, nós apenas conseguimos avançar das palavras para os atos mais inesperados, desde que tenhamos algum motivo para diante de nosso próprio julgamento, realizar o que chamamos de justiça, seja em nome de quem for. De acordo com informações da imprensa, enquanto o presidente retornava ao Pentágono, o vice-presidente, Joseph Biden, e sua mulher, Jill, participavam em Nova York na cerimônia oficial no "Marco Zero".

Além de cinco novos edifícios, no Marco Zero está prevista a construção de um terminal de transportes, um espaço para lojas, assim como um monumento e um museu em memória aos quase 3 mil mortos na tragédia. Diante de tanta insegurança qual seria então o caminho a ser tomado pela humanidade? No livro de Gênesis, coincidentemente no capítulo de número 11, temos uma demonstração de como olham os homens para cima e de como Deus olha para baixo; na realidade podemos entender que ao tentarem fazer seus nomes conhecidos, célebres, os homens tentaram a partir de um “Marco Zero”, a torre de Babel, demonstrar o poder construtivo, racional e potencial de seus feitos e uma pretensa harmonia, mas a reação de Deus foi a seguinte: “Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer.” (Gênesis 11.6), mas ali as línguas foram confundidas e o povo então foi esparramado pela terra, obedecendo assim o desígnio divino de povoar toda a terra. Jesus quando veio ao mundo, o Deus encarnado, inaugurou a contagem regressiva para verdadeiramente e plenamente visualizarmos, participarmos e contemplarmos o “Marco Zero” de Deus: “Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas.” (Isaías 65.17). Tanto o profeta Isaías quanto o evangelista João puderam contemplar os planos de Deus, para que a capacidade humana seja usada somente para o bem e para o impulso para salvar, servir e construir, como disse o presidente americano, é necessário que haja intervenção divina. “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram... Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. Apocalipse 21.1,3-4). A cruz de Jesus aponta para a salvação dos que crêem, aí estaremos vivendo novos tempos e este sim deve ser o nosso desejo pelo “Marco Zero” de Deus.

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Opinião do leitor