Palavra do leitor
- 15 de novembro de 2019
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Quem está certo?
‘’A política deveria ser o encontro do aprendizado e do partilhar, mas, tenho chegado a conclusão de, cada vez mais, assume a feição de espaços para promoções e defesas de interesses, sem nenhum compromisso e atenção ao próximo’’.
A incerteza e um estado endemicamente corrosivo de polaridades estigmatizam ou marcam as faces de uma parte considerável da sociedade, com o advento da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, a qual considerou inconstitucional a prisão em segunda instância.
Sem sombra de dúvida, ater-me-ei a um convite para prosear e tecer certas considerações. É bem verdade, discursos hostis, palavras contagiadas de cólera, argumentações de defesas e acusações infestam, como um vírus disseminador, as redes sociais e desenham os mosaicos de um povo, lá no fundo, sem haver para onde correr.
O mais dantesco de tudo, bate aquela sensação de qual o caminho a ser feito e escolhido, porque parece ser uma figura irreal. De certo, os últimos anos têm demonstrado um país despedaçado e descrente das instituições incumbidas de promover e consolidar a democracia, a justiça, a dignidade, o respeito e a coerência.
Tristemente, enfrentamos um ciclo de convulsões sociais e econômicas, nítidas e com contornos inquestionáveis, com a estampada situação de desempregados, a deficiência dos serviços públicos, de reformas que não apontam para alterações efetivas desse quadro.
Em meio a tudo isso, quem está certo, quem dispõe de condições de apresentar antídotos e caminhos aptos a espertar sérias e sinceras mudanças? Sinceramente, não sei e isso me incomoda! Vou além, devo abrir o jogo, não sei se orar vai fazer a diferença, não sei se as vindouras eleições serão um ponta-pé para transformações reais e não fantasiosas, não sei se o discursos da esquerda devem ser revistos ou da direita e suas capilaridades ou ramificações se constituem em matérias a serem levadas em conta.
Em poucas palavras, como cristão ou, melhor, discípulo da Graça Jesus Cristo, debruço-me nos textos de Jeremias 22.3 (Eu, o SENHOR, lhes digo: façam o que é justo e honesto. Protejam dos exploradores aqueles que estão sendo explorados. Não maltratem, nem explorem os estrangeiros, os órfãos e as viúvas. Não matem pessoas inocentes neste lugar sagrado) e chego a conclusão, sem rodeios, sem sublimações, sem refinações teológicas e idealismos pueris, como enfrentar tamanhas lacunas, quando tratamos a fé restrita aos meus interesses e as minhas vontades, quando o termo promessas mais se adequam a um individualismo e a uma ética do bem-estar e do bem viver, nada mais e nada menos, quando discordar do outro o faz desonesto, anátema, indecente, amante da corrupção e da injustiça, quando abordar as palavras partilhar e participar se remete a ser propagador da ideologia marxista e de esquerda, quando não atentar para uma afirmação tão categórica, clara e coesa, como do texto bíblico citado, confirma para todo um cenário de incertezas, de receios e de uma derrocada avassaladora da esperança?
Afinal de contas, quem está certo?
Os defensores da mantença da prisão, em segunda instância, a qual endossam e proferem ecos coléricos, devido a soltura de Lula? Os partidários que se posicionam, de maneira oposta, com a alegação de ter sido feito o resgate da justiça?
Entrementes, caminhamos para o findar de 2019, com uma honesta sentença: não sabemos quem está certo, porque, na verdade, crua e nua, não ponderar nas palavras do Profeta Jeremias, inexoravelmente, far-nos-á a acreditar em messias, em revoluções, em revelações apoteóticas, em lideranças personalistas, quando, sem delongas, fomos chamados para participar e compreender o quanto somos responsáveis por não arredar o pé de uma realidade não perfeita, mas que pode ser melhor, com a incidência de uma fé que nós inunde de coragem, de força, de destemor, de inspiração, de respeito e da lembrança de uma Graça que adentra nas feridas da humanidade para a ajudar a sobrepujar, ciente de que outras virão e, mesmo assim, permanece teimosa, com as mãos estendidas para a fazer levantar.
A incerteza e um estado endemicamente corrosivo de polaridades estigmatizam ou marcam as faces de uma parte considerável da sociedade, com o advento da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, a qual considerou inconstitucional a prisão em segunda instância.
Sem sombra de dúvida, ater-me-ei a um convite para prosear e tecer certas considerações. É bem verdade, discursos hostis, palavras contagiadas de cólera, argumentações de defesas e acusações infestam, como um vírus disseminador, as redes sociais e desenham os mosaicos de um povo, lá no fundo, sem haver para onde correr.
O mais dantesco de tudo, bate aquela sensação de qual o caminho a ser feito e escolhido, porque parece ser uma figura irreal. De certo, os últimos anos têm demonstrado um país despedaçado e descrente das instituições incumbidas de promover e consolidar a democracia, a justiça, a dignidade, o respeito e a coerência.
Tristemente, enfrentamos um ciclo de convulsões sociais e econômicas, nítidas e com contornos inquestionáveis, com a estampada situação de desempregados, a deficiência dos serviços públicos, de reformas que não apontam para alterações efetivas desse quadro.
Em meio a tudo isso, quem está certo, quem dispõe de condições de apresentar antídotos e caminhos aptos a espertar sérias e sinceras mudanças? Sinceramente, não sei e isso me incomoda! Vou além, devo abrir o jogo, não sei se orar vai fazer a diferença, não sei se as vindouras eleições serão um ponta-pé para transformações reais e não fantasiosas, não sei se o discursos da esquerda devem ser revistos ou da direita e suas capilaridades ou ramificações se constituem em matérias a serem levadas em conta.
Em poucas palavras, como cristão ou, melhor, discípulo da Graça Jesus Cristo, debruço-me nos textos de Jeremias 22.3 (Eu, o SENHOR, lhes digo: façam o que é justo e honesto. Protejam dos exploradores aqueles que estão sendo explorados. Não maltratem, nem explorem os estrangeiros, os órfãos e as viúvas. Não matem pessoas inocentes neste lugar sagrado) e chego a conclusão, sem rodeios, sem sublimações, sem refinações teológicas e idealismos pueris, como enfrentar tamanhas lacunas, quando tratamos a fé restrita aos meus interesses e as minhas vontades, quando o termo promessas mais se adequam a um individualismo e a uma ética do bem-estar e do bem viver, nada mais e nada menos, quando discordar do outro o faz desonesto, anátema, indecente, amante da corrupção e da injustiça, quando abordar as palavras partilhar e participar se remete a ser propagador da ideologia marxista e de esquerda, quando não atentar para uma afirmação tão categórica, clara e coesa, como do texto bíblico citado, confirma para todo um cenário de incertezas, de receios e de uma derrocada avassaladora da esperança?
Afinal de contas, quem está certo?
Os defensores da mantença da prisão, em segunda instância, a qual endossam e proferem ecos coléricos, devido a soltura de Lula? Os partidários que se posicionam, de maneira oposta, com a alegação de ter sido feito o resgate da justiça?
Entrementes, caminhamos para o findar de 2019, com uma honesta sentença: não sabemos quem está certo, porque, na verdade, crua e nua, não ponderar nas palavras do Profeta Jeremias, inexoravelmente, far-nos-á a acreditar em messias, em revoluções, em revelações apoteóticas, em lideranças personalistas, quando, sem delongas, fomos chamados para participar e compreender o quanto somos responsáveis por não arredar o pé de uma realidade não perfeita, mas que pode ser melhor, com a incidência de uma fé que nós inunde de coragem, de força, de destemor, de inspiração, de respeito e da lembrança de uma Graça que adentra nas feridas da humanidade para a ajudar a sobrepujar, ciente de que outras virão e, mesmo assim, permanece teimosa, com as mãos estendidas para a fazer levantar.
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