Palavra do leitor
27 de maio de 2011- Visualizações: 11268
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Quem demitiu Ricardo Gondim?
Depois de dar uma entrevista à revista Carta Capital, o pastor Ricardo Gondim foi demitido da revista Ultimato onde era colunista a, pelo menos, vinte anos. Na entrevista ele se diz a favor da união estável homoafetiva e isso teria lhe causado a demissão, pois o conselho editorial da revista Ultimato achou que era insustentável ter um colunista a favor do chamado casamento gay.
O que ainda não foi comentado é que o pastor Ricardo Gondim nunca disse que faria casamento entre pessoas do mesmo sexo. Leiam a resposta dele à pergunta do repórter:
CC: O senhor é a favor da união civil entre homossexuais?
RG: Sou a favor. O Brasil é um país laico. Minhas convicções de fé não podem influenciar, tampouco atropelar o direito de outros. Temos de respeitar as necessidades e aspirações que surgem a partir de outra realidade social. A comunidade gay aspira por relacionamentos juridicamente estáveis. A nação tem de considerar essa demanda. E a igreja deve entender que nem todas as relações homossexuais são promíscuas. Tenho minhas posições contra a promiscuidade, que considero ruim para as relações humanas, mas isso não tem uma relação estreita com a homossexualidade ou com a heterossexualidade.
Não, ele não foi demitido, e tampouco recebeu uma enxurrada de e-mails com nível de xingamentos, por realizar casamentos gays, antes ele foi vituperado por dizer que o Brasil é um estado laico e que nem toda relação homossexual é promíscua. Grande novidade. Será que o conselho editorial de Ultimato não sabe disso? Certamente que sim.
Não foi necessário que nascesse o primeiro homossexual para que houvesse a primeira orgia, isso acontece muito bem entre casais heteros e para quem quiser tirar prova disso pode fazer uma visita à locadora na sessão “filmes adultos” que perceberá que o material entre heteros superará, em muito, os homos ou pode realizar essa pesquisa via internet para saber que mais ou menos 80% dos aficionados em pornografia são homens e heteros.
Quanto a laicidade do estado brasileiro, o que mais tenho lido e ouvido é que o casamento entre homossexuais é uma ameaça à saúde da família brasileira. Quanta hipocrisia. A família como instituição já está no CTI faz anos e todos esses casais são heteros. Entre 1984 e 2007 o número de divórcios aumentou duzentos porcento, isso sem contar os divorciados que dormem em quartos diferente, muito menos os casamentos que continuam a trancos e barrancos onde um quer matar o outro, traumas que crescem com os filhos desse casamento, etc. Vejamos os números da violência – também entre a classe média – e percebamos a catástrofe das famílias brasileiras, até aquela família que mima seu filhinho e cria um delinqüente que bate em empregadas em pontos de ônibus.
Ora, também não se trata disso, todos sabem. Trata-se de não querer dar os direitos civis a um grupo que é chacota em papos de corredores de igreja, assim também é depois das peladas de domingo, na mesa do bar depois do trabalho. Creio que essa atitude é somente a manifestação da neurose eclesiástica da qual somos herdeiros. Sempre fomos doutrinados ao “não” e nem sequer sabemos o que somos, então se nos ensinaram a dizer “não” esse “não” torna-se sacramento e tudo que está fora dele é mundano, o “sim” é afronta ao “não” e deve ser calado. A diversidade de pensamento – mesmo que sempre haja a possibilidade de estar equivocado – não pode ser tolerada.
Lembro-me do livro de Atos – e de muitas cartas paulinas – a respeito dos judaizantes. A questão foi tão contraditória que foi necessário chamar o primeiro concílio da igreja. Paulo saiu vencedor, ou seja, os gentios não precisariam participar dos ritos judaicos, entre esses ritos o da circuncisão. “Liberdade”, clamava Paulo, “Ritos” clamavam os judaizantes. Depois da igreja decidir pela liberdade ritual dos gentios, quem foi excluído? Ninguém, ao menos a bíblia nos oculta essa informação. Apenas decidiram e seguiram o seu caminho e o novo testamento se tornou o espaço de Tiago, Judas e Pedro, mas também de Paulo, cada um em seu mundo, mas juntos. Depois vieram as exclusões, que se foram “aperfeiçoando” em prisões, torturas, fogueiras, etc., mas como tudo na vida, é necessário dar o primeiro passo.
Por falta de espaço você pode ler todo o artigo no meu blog.
O que ainda não foi comentado é que o pastor Ricardo Gondim nunca disse que faria casamento entre pessoas do mesmo sexo. Leiam a resposta dele à pergunta do repórter:
CC: O senhor é a favor da união civil entre homossexuais?
RG: Sou a favor. O Brasil é um país laico. Minhas convicções de fé não podem influenciar, tampouco atropelar o direito de outros. Temos de respeitar as necessidades e aspirações que surgem a partir de outra realidade social. A comunidade gay aspira por relacionamentos juridicamente estáveis. A nação tem de considerar essa demanda. E a igreja deve entender que nem todas as relações homossexuais são promíscuas. Tenho minhas posições contra a promiscuidade, que considero ruim para as relações humanas, mas isso não tem uma relação estreita com a homossexualidade ou com a heterossexualidade.
Não, ele não foi demitido, e tampouco recebeu uma enxurrada de e-mails com nível de xingamentos, por realizar casamentos gays, antes ele foi vituperado por dizer que o Brasil é um estado laico e que nem toda relação homossexual é promíscua. Grande novidade. Será que o conselho editorial de Ultimato não sabe disso? Certamente que sim.
Não foi necessário que nascesse o primeiro homossexual para que houvesse a primeira orgia, isso acontece muito bem entre casais heteros e para quem quiser tirar prova disso pode fazer uma visita à locadora na sessão “filmes adultos” que perceberá que o material entre heteros superará, em muito, os homos ou pode realizar essa pesquisa via internet para saber que mais ou menos 80% dos aficionados em pornografia são homens e heteros.
Quanto a laicidade do estado brasileiro, o que mais tenho lido e ouvido é que o casamento entre homossexuais é uma ameaça à saúde da família brasileira. Quanta hipocrisia. A família como instituição já está no CTI faz anos e todos esses casais são heteros. Entre 1984 e 2007 o número de divórcios aumentou duzentos porcento, isso sem contar os divorciados que dormem em quartos diferente, muito menos os casamentos que continuam a trancos e barrancos onde um quer matar o outro, traumas que crescem com os filhos desse casamento, etc. Vejamos os números da violência – também entre a classe média – e percebamos a catástrofe das famílias brasileiras, até aquela família que mima seu filhinho e cria um delinqüente que bate em empregadas em pontos de ônibus.
Ora, também não se trata disso, todos sabem. Trata-se de não querer dar os direitos civis a um grupo que é chacota em papos de corredores de igreja, assim também é depois das peladas de domingo, na mesa do bar depois do trabalho. Creio que essa atitude é somente a manifestação da neurose eclesiástica da qual somos herdeiros. Sempre fomos doutrinados ao “não” e nem sequer sabemos o que somos, então se nos ensinaram a dizer “não” esse “não” torna-se sacramento e tudo que está fora dele é mundano, o “sim” é afronta ao “não” e deve ser calado. A diversidade de pensamento – mesmo que sempre haja a possibilidade de estar equivocado – não pode ser tolerada.
Lembro-me do livro de Atos – e de muitas cartas paulinas – a respeito dos judaizantes. A questão foi tão contraditória que foi necessário chamar o primeiro concílio da igreja. Paulo saiu vencedor, ou seja, os gentios não precisariam participar dos ritos judaicos, entre esses ritos o da circuncisão. “Liberdade”, clamava Paulo, “Ritos” clamavam os judaizantes. Depois da igreja decidir pela liberdade ritual dos gentios, quem foi excluído? Ninguém, ao menos a bíblia nos oculta essa informação. Apenas decidiram e seguiram o seu caminho e o novo testamento se tornou o espaço de Tiago, Judas e Pedro, mas também de Paulo, cada um em seu mundo, mas juntos. Depois vieram as exclusões, que se foram “aperfeiçoando” em prisões, torturas, fogueiras, etc., mas como tudo na vida, é necessário dar o primeiro passo.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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