Palavra do leitor
06 de agosto de 2025- Visualizações: 909
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Quando a crise revela a miséria da alma: uma leitura bíblica de 2 Reis 6.29 à luz do Novo Testamento
"Então cozinhamos o meu filho e o comemos; e no outro dia lhe disse: Dá cá o teu filho, para que também o comamos; porém ela escondeu o seu filho." (2 Reis 6.29)
Este é, sem dúvida, um dos textos mais perturbadores da Bíblia. E não está ali por acaso. Ele revela o que acontece com um povo quando a presença de Deus é rejeitada, quando a idolatria toma o lugar da adoração, e quando a incredulidade endurece os corações.
O contexto é o cerco de Samaria. Por causa da desobediência, o Senhor permitiu que a cidade fosse cercada pelos sírios, e a fome se agravou a ponto de se perderem todos os parâmetros morais e afetivos. O povo havia se afastado do Deus vivo, e agora, colhia os frutos amargos da sua própria rebeldia. Como bem lembra o apóstolo Paulo: "Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm" (Romanos 1:28). É isso que vemos aqui – a corrupção do coração humano em seu estado mais desesperador.
O mais triste, porém, é a atitude do rei. Em vez de se humilhar e clamar ao Senhor, ele rasga as vestes e, com ódio, jura matar o profeta Eliseu. Como se a culpa estivesse na Palavra de Deus, e não no pecado do povo. Como tantos fazem hoje: atacam os mensageiros de Deus, rejeitam a pregação fiel e resistem ao arrependimento. É como disse Jesus: "Bem-aventurado é aquele que não se escandaliza de mim" (Mateus 11.6).
Mesmo assim, Deus não deixou de falar. Eliseu profetizou que, no dia seguinte, haveria fartura à porta da cidade. Era impossível aos olhos humanos. Mas o impossível para o homem é o campo onde Deus opera. Ainda que a crise seja consequência do pecado, Deus ainda é misericordioso. Ele não se esquece do remanescente. Ele prepara livramento, ainda que o povo esteja em ruínas espirituais.
Contudo, o oficial que estava ao lado do rei zombou da profecia, dizendo: "Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poderia isso acontecer?" (2 Reis 7.2). Ele representa todos aqueles que, diante da promessa divina, preferem confiar no natural. Sua incredulidade lhe custou a vida: ele viu o milagre acontecer, mas não pôde desfrutá-lo. Como diz Tiago: "Aquele que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte" (Tiago 1.6).
E quando tudo parecia perdido, Deus usou quem ninguém esperava: quatro leprosos – excluídos, marginalizados, desprezados. Foram eles que encontraram o arraial dos sírios abandonado e anunciaram a boa nova à cidade. Aqui vemos novamente a ação soberana de Deus: "Escolheu Deus as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias" (1 Coríntios 1.27). O milagre veio por meio dos improváveis.
Essa história é um espelho do nosso tempo. Crises econômicas, colapsos morais, famílias destruídas, fome espiritual. Muitos vivem o cerco da alma: cercados pelo pecado, atormentados pela culpa, sem saída diante do vazio existencial. Mas a Palavra do Senhor ainda ecoa: há provisão preparada. Há uma saída. E o nome dela é Jesus.
Não importa o quão profundo seja o buraco. Se houver arrependimento, há esperança. A crise mostra a miséria humana, mas também revela a fidelidade divina. Que não sejamos como o oficial incrédulo, mas como os leprosos: conscientes da nossa condição, mas dispostos a crer e anunciar que Deus ainda age. Porque no fim, o pecado afasta, mas a graça restaura. E ainda hoje, o Senhor diz: "Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome." (João 6.35)
Este é, sem dúvida, um dos textos mais perturbadores da Bíblia. E não está ali por acaso. Ele revela o que acontece com um povo quando a presença de Deus é rejeitada, quando a idolatria toma o lugar da adoração, e quando a incredulidade endurece os corações.
O contexto é o cerco de Samaria. Por causa da desobediência, o Senhor permitiu que a cidade fosse cercada pelos sírios, e a fome se agravou a ponto de se perderem todos os parâmetros morais e afetivos. O povo havia se afastado do Deus vivo, e agora, colhia os frutos amargos da sua própria rebeldia. Como bem lembra o apóstolo Paulo: "Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm" (Romanos 1:28). É isso que vemos aqui – a corrupção do coração humano em seu estado mais desesperador.
O mais triste, porém, é a atitude do rei. Em vez de se humilhar e clamar ao Senhor, ele rasga as vestes e, com ódio, jura matar o profeta Eliseu. Como se a culpa estivesse na Palavra de Deus, e não no pecado do povo. Como tantos fazem hoje: atacam os mensageiros de Deus, rejeitam a pregação fiel e resistem ao arrependimento. É como disse Jesus: "Bem-aventurado é aquele que não se escandaliza de mim" (Mateus 11.6).
Mesmo assim, Deus não deixou de falar. Eliseu profetizou que, no dia seguinte, haveria fartura à porta da cidade. Era impossível aos olhos humanos. Mas o impossível para o homem é o campo onde Deus opera. Ainda que a crise seja consequência do pecado, Deus ainda é misericordioso. Ele não se esquece do remanescente. Ele prepara livramento, ainda que o povo esteja em ruínas espirituais.
Contudo, o oficial que estava ao lado do rei zombou da profecia, dizendo: "Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poderia isso acontecer?" (2 Reis 7.2). Ele representa todos aqueles que, diante da promessa divina, preferem confiar no natural. Sua incredulidade lhe custou a vida: ele viu o milagre acontecer, mas não pôde desfrutá-lo. Como diz Tiago: "Aquele que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte" (Tiago 1.6).
E quando tudo parecia perdido, Deus usou quem ninguém esperava: quatro leprosos – excluídos, marginalizados, desprezados. Foram eles que encontraram o arraial dos sírios abandonado e anunciaram a boa nova à cidade. Aqui vemos novamente a ação soberana de Deus: "Escolheu Deus as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias" (1 Coríntios 1.27). O milagre veio por meio dos improváveis.
Essa história é um espelho do nosso tempo. Crises econômicas, colapsos morais, famílias destruídas, fome espiritual. Muitos vivem o cerco da alma: cercados pelo pecado, atormentados pela culpa, sem saída diante do vazio existencial. Mas a Palavra do Senhor ainda ecoa: há provisão preparada. Há uma saída. E o nome dela é Jesus.
Não importa o quão profundo seja o buraco. Se houver arrependimento, há esperança. A crise mostra a miséria humana, mas também revela a fidelidade divina. Que não sejamos como o oficial incrédulo, mas como os leprosos: conscientes da nossa condição, mas dispostos a crer e anunciar que Deus ainda age. Porque no fim, o pecado afasta, mas a graça restaura. E ainda hoje, o Senhor diz: "Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome." (João 6.35)
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