Qual é o sentido da vida?

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"Não confiem nos homens ricos e poderosos porque não existe um único homem capaz de salvar. Quando o espírito sai de seus corpos eles voltam ao pó e todos os seus planos vão por água abaixo. Feliz mesmo é o homem que faz do Deus de Israel o seu apoio e depende completamente do Senhor seu Deus, o criador dos céus, da terra, do mar e de todos os seres vivos, o Deus que é Fiel e Verdadeiro para sempre." (Salmos 146. 3,4,5 e 6)

Qual é o sentido da vida?

Depois de um final de semana de luto, essa é a grande questão na cabeça de um colega de trabalho (enlutado de um dos seus irmãos). Durante o velório, depois de um choro compulsivo, ele pergunta com pesar: "Qual é o sentido da vida?" A morte é um mistério, uma inimiga das festas, uma guilhotina implacável e fria, um estraga prazeres... Ela elimina a esperança do reencontro, do abraço saudoso. A morte nos força a fazer uma reflexão na brevidade da vida; não gostamos de pensar no fim, não fomos feitos para encarar essa dura realidade, e fazer isso, realmente nos custa. É estranho dizer isso, mas, parece que uma vida feita só de prazer nos desumaniza, cauteriza nossa mente a ponto de não sentirmos a dor alheia. Nós fazemos de tudo para viver num ambiente de muito prazer, de vida, de festa, comilança etc. Em Eclesiastes o sábio orienta a preferir uma casa onde há luto a uma casa cheia de festa, por que será?

Porque o luto nos faz sentir uma tristeza proveitosa, uma tristeza que nos quebranta as resistências enfeitadas de orgulho sem sentido (lugar onde construímos, sem limites, nossos castelos de ilusões e acreditamos, piamente, que vamos passar a eternidade dentro deles). Sem querer fazer apologia a dor, tenho um testemunho que faço questão de guardá-lo no fundo da minha alma pra sempre – eu estava num lugar chamado Vale da Bênção, em Araçariguama – S.P, no ano de 2003. Participei de uma palestra ministrada por um respeitoso pastor de 70 anos, cabelos brancos e muita experiência de vida. Naquela noite, durante a palestra dele, recebi uma frase que marcou o meu ser: “ninguém que nunca tenha pisado os lagares da dor sabe o que é triunfar!” Naquele momento, aquelas palavras soaram estranhas para mim, mas com o passar do tempo as perdas, o luto, a vida cheia de desafios e revéis me fizeram entender melhor as palavras desse estimado e experiente pastor.

Hoje, vendo as tragédias atuais e o sofrimento de pessoas queridas e próximas me sensibilizo e oro para que possamos parar um pouco e refletir com mais temor; que possamos desarmar nossas defesas pessoais e sermos solidários com quem está ao nosso redor, muitas vezes sorrindo, mas no fundo, querem chorar; vamos rejeitar as máscaras do “faz de contas” que está tudo bem e nos voltar completamente para Deus e seu socorro. O que mais ainda precisará acontecer para entendermos com todas as letras que Deus está “quebrando a arco do valente”, a fim de trazer arrependimento, perdão, consolo, socorro e salvação eterna em seu Filho Bendito – Jesus Cristo!? Diante da tragédia no Japão, o mundo foi de uma só vez, convidado a refletir se realmente existe neste planeta algum lugar seguro. Logo o Japão, que é considerado o país mais preparado do mundo para as catástrofes naturais, se vê completamente vulnerável diante do caos. Que Deus, em cuja Mão está todo o controle das coisas e que nunca pode ser surpreendido por nada, ajude meu amigo enlutado, dando-lhe forças nessa hora de tamanha impotência e dor; que Ele, somente Ele, seja o recurso imediato de milhares de japoneses e outras pessoas que residem ali; que a luz do entendimento dos fatos que nos cercam a cada dia, faça o mundo refletir e aceitar sua proposta de Vida Abundante Naquele que, não só encarou a morte, mas também a venceu e destruiu as teias malditas da separação eterna que ela traz, numa cruenta cruz. Em Cristo, é possível descobrir o real sentido da vida!

Sentido e vida pra você!

PS: Eleve sua voz em oração, por alguns minutos, pelo Japão.

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Opinião do leitor