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Palavra do leitor

Posso tropeçar, posso me levantar

"As visões são os meios pelos quais se levam ideias, princípios e valores que formam a consciência dos indivíduos e direcionam os seus comportamentos, as suas escolhas, as suas decisões e as suas respostas ao descrever a realidade"’.

Texto de Judas 24.

Ao tropeçar, posso me levantar. Afinal, quem vive, quem se encontra diante das vicissitudes da vida, das escolhas triviais ou de mudanças profundas, em nossa existência, está sujeito a tropeços, pode tropeçar, não está numa redoma e, diametralmente oposto, sujeito as inquietações da caminhada.

Ao olhar para as páginas dos jornais, seja ainda no manuseio do papel ou das telas digitais, somos bombardeados, de segunda a segunda, por uma realidade de desencontros e desavenças. Os homens não querem acordar, querem rivalizar, provar quem tem a palavra final, independentemente de se há, ali, a verdade objetiva, o conhecimento certo e a liberdade ligada a uma colaboração participativa. As querelas ou dissidências ou divergências ou oposições entre uns e outros se acirram, se aferram, se aprofundam e se ampliam, como uma epidemia, virulentamente, inexorável, por causa das visões e tais são portadoras de ideias, de valores, de princípios e de mitos.

Sumamente, desembocam toda uma sucessão de ideologias e impressões subjetivas. Não paro por aqui, as visões de uma geração desesperançada, receosa com o futuro, fragmentada em miríades de universos digitais, cada um com sua definição. Em meio a tudo isso, como enfrentar os tropeços?

A começar, não fingir de suas ocorrências e perceber que estamos à mercê dos mesmos. O tropeço de quando as respostas não veem como esperávamos. O tropeço de situações de injustiça. O tropeço de o por qual motivo não poderia ter sido diferente. O tropeço de um resultado diferente do que havíamos planejado. O tropeço de olhar para os lados e, às vezes, com aquela sensação de será que só eu vejo isso. O tropeço de após anos de dedicação, tão somente, bate na porta a solidão. O tropeço de o que ainda posso fazer, quando parecem não mais depender de mim. O tropeço de rupturas. O tropeço de parecer não haver mais significado na vida.

O autor de Judas 1.24 enfoca, sem delongas, vai direto ao ponto, apresenta-nos um teor de esperança para nos encher de coragem e desencadear toda uma força interior, em nós, apesar do que foi e não poderá mais ser mudado. Vamos adiante, a nossa trajetória, aqui, neste lugar comum de gente, como eu e você, vai envolver o tropeço e, ainda assim, podemos encontrar significado, podemos viver com sentido, podemos olhar para os lados e perceber que permanecemos, também, nesta vida. É bem verdade, ao observar para o Deus posto nas redações bíblicas, inclusive, diga-se de passagem, permitiu a sua imagem e semelhança tropeçar, não os livrou de que poderiam tropeçar, mas não se afugentou, não se acovardou, não fez vistas grossas e prossegue a dizer que está a porta e se abrires, então, promoverá um cear não de feitos e efeitos mágicos. Presumidamente, propõe, tanto a mim quanto a você, o partilhar de uma força para nos contagiar de coragem e de esperança. Quiçá, não mais como antes e sem sermos atordoados por remorsos e ressentimentos.

Decerto, se pudéssemos, ah, sejamos honestos, preferiríamos não tropeçar e, caso fosse dessa forma, não passaríamos de bonecos adestrados por um Criador megalomaníaco e vitimado pela síndrome do bem me quer e mal me quer. Não e não, ao abrir as gavetas dos personagens bíblicos, Abraão quando disse ser Sara sua irmã, não tropeçou? O homem segundo o coração de Deus, Davi, ao se apropriar de uma mulher casada, tramar a morte de seu esposo e agir na maior cara de pau, não tropeçou? O discípulo Pedro ao ser pressionado e adelgaçado ou estreitado pelos perseguidores, ao negar o Messias, não tropeçou?

O profeta Elias e as façanhas vivenciadas ao derrotar os profetas de Baal, não tropeçou, quando se escondeu numa caverna? O profeta Jonas e suas visões de um Deus compromissado com uns e outros não (caso dos ninivitas), não tropeçou?

Destarte, mesmo no discorrer desses exemplos, o Deus bíblico vem e quer caminhar, quer partilhar misericórdia, quer dizer – o vamos lá, o vamos se levantar, sem discursos disso, daquilo e acolá, ao permitir os abatidos e combalidos serem escutados, por ser suficientemente resolvido. Salienta-se, para ser questionado e para receber nossas raivas. Por fim, se tropeçar, há mãos estendidas, há um nascedouro de força e coragem para fluir em seu interior e o e a ajudar a prosseguir e prosseguir com sentido, com destino e com motivo.

Baruch Há Shem!
São Paulo - SP
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