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Palavra do leitor

Plenitude

Todos estão em busca dela. Cada ser almeja tocá-la, senti-la, possuí-la. Paga-se caro, qualquer preço para alcançá-la. Refiro-me à Completude. O outro nome da Plenitude ou da Felicidade. Essa tal Felicidade! É mesmo possível tê-la? Vale a pena persegui-la? Podemos, de fato, senti-la? E se a sentirmos, por quanto tempo ou em que quantidade a teremos?

Já pude sentir essa senhora algumas vezes na minha vida. E engraçado, às vezes quando não a procurava. E normalmente em momentos de grande simplicidade, de singeleza. Nada de extraordinário estava acontecendo ou por acontecer. E ela veio. Devagar, pelas beiradas. E boom! Ei-la ao meu lado. Como uma pessoa. Me envolvendo, me completando, me felicitando. Uma bem-aventurança!

Numa dessas mais recentes experiências, estava eu numa bela praia, distante das grandes cidades, sem arranha-céus, sem multidão, sem o barulho dos carros e de turistas apressados. Só havia o mar diante de mim com seu cheiro, seu azul, seus movimentos. Havia uma mesa onde foi-me servido uma tapioca e um café quentinho. E havia uma suave música de fundo que como uma trilha sonora de um filme, dava mais vida àquele momento. Parecia jazz ou algo parecido. Só sei que era um som que parecia vindo do céu.

Enfim, esse conjunto de coisas que me cercavam e mexiam com meus sentidos me proporcionaram, por uma brevidade de alguns minutos, uma completude. Era como se nada mais eu precisasse, nada mais valeria a pena ser procurado naquele instante. Como se tudo que eu necessitasse estivesse ali, disponível. Um sentimento de "saciedade" espiritual me visitara. Queria ter eternizado aquele momento. Mas, talvez se o fizesse, se fosse possível, não seria mais Felicidade. Talvez, ser "efêmero" seja sua principal virtude, seu maior atributo. Essa nossa vida é assim, uma sequência desses momentos passageiros oscilando com outros tantos momentos "normais", cotidianos, ordinários.

Que sensação maravilhosa aquela! Um momento onde se tem algo pelo qual tanto lutamos, às vezes sem saber, de fato, o que é. Geralmente ele virá por meio de fatos e situações bem comuns: é uma conversa sincera e agradável com alguém, é passear com o pet, é conseguir finalizar a leitura de um livro, é fazer uma comida diferente, é visitar um lugar novo, é tomar um bom café. A sensação de completude pode vir ou estar em qualquer instante, pode estar bem na esquina, à espreita, como que querendo nos visitar. Vem de surpresa e faz a vida diária e comum ser extraordinária. Sem estardalhaços, sem "likes", sem câmeras, sem curtidas. Só ela e você. Um encontro único. Parece que o céu desce a nós ou nós visitamos o céu.

Um dia essa tal Felicidade será a única realidade possível e perene. Naqueles dias, quando os filhos de Deus estiverem diante do Pai e o Sol não precisar mais brilhar. Quando a alma tiver retornado para o lugar onde tudo começou, para a Fonte primeira e única da qual jorra toda gota daquela que, por enquanto, temos em parte: essa tal Felicidade.

Tony Oliveira - Autor dos livros: Pingos da Graça e Cartas do Atlântico
Para outros textos do autor, acesse:
https://pingosdagraca.wordpress.com/
Brasília - DF
Textos publicados: 93 [ver]
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