Palavra do leitor
- 17 de abril de 2018
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Peregrinos e Forasteiros
Eleitos, mas forasteiros. Amados, portanto, peregrinos. Chamados eficazmente, por isso, dispersos. A eleição livre e soberana, que precede o chamado eficaz de Deus para com os seus amados (Rm 8.30), torna-os desconhecidos, odiados e rejeitados neste mundo. Não pertencem a ele, e como a água é imiscível ao óleo, são fustigados a viver, muitas vezes, em sofrimentos perenes até o encontro definitivo com o seu Senhor.
Essas são as palavras iniciais do apóstolo Pedro em sua primeira carta (1 Pe 1.1). Este homem entendeu a plenitude da glória do seu chamado salvífico, por pura e livre graça soberana. Ele, que tantas e tantas vezes se viu vencido por sua personalidade voraz e arrogância apressada, finalmente havia compreendido a obra sobrenatural do Cristo para com os seus eleitos – e para consigo mesmo. Uma obra de Deus e para Deus, para o louvor do seu santo Nome e sua glória eterna.
Pedro faz questão de mencionar a presciência de Deus Pai (1 Pe 1.2), não como algo que Ele – por meio de sua onisciência – tenha "visto" no futuro distante, mas como um pré-conhecimento salvífico, de aliança, de intimidade, eficaz e pactual. Um amor íntimo, pelo qual o Soberano e Eterno decidiu livremente salvar os seus escolhidos. Por pura e livre graça e amor.
Mas, o apóstolo não fala apenas da eleição soberana, mas do modo como o Pai decidiu salvar, ou seja, por meio da obediência perfeita do Filho, e da aspersão de seu sangue imaculado. Sem pecado, Cristo, o Filho Amado, eternamente gerado, não criado, voluntariamente se entregou e se fez pecado em favor dos amados do Pai. E, a aplicação dessa eterna redenção dá-se por meio do poder de seu Espírito, que arranca milagrosamente o coração de pedra e aplica nos eleitos um coração de carne, regenerando-os para sempre, desde sempre.
A salvação pertence exclusivamente ao nosso Deus (Jn 2.9), único e verdadeiro. Nosso Deus Trino, Santo, perfeitamente alegre, satisfeito e completo em si, decidiu desde a eternidade transbordar o seu denso e rico amor por intermédio da criação, mais especificamente em seus eleitos, e nestes antes da fundação do mundo (Ef 1.4).
Nessa obra trinitária, perfeita e santa, o Pai escolheu amorosamente pecadores depravados, em meio a uma lamaçal de iniquidades, sem méritos ou privilégio algum, por pura e livre graça e amor; o Filho responde amorosamente ao chamado do Pai e decide voluntariamente se entregar para a redenção dos amados, como o Cordeiro inocente e perfeito, conhecido e imolado desde antes da fundação do mundo (1 Pe 1.20; Ap 13.8), e por meio da aspersão de seu precioso sangue, os pecados deles são redimidos; e o Espírito Santo que ressuscitou o Filho Amado dentre os mortos (1 Pe 1.3), aplica essa obra ao regerar definitivamente os filhos da luz, santificando-os nele e para ele mesmo.
Este é o Evangelho de Deus. Este é o Deus do Evangelho.
Mas, onde eu entro nessa história?
Eu entro com o meu pecado. Com a minha injustiça e minha total e completa incapacidade. Sou um mendigo devasso, clamando ao Senhor pelas migalhas que caem das delícias de sua mesa. Sou pobre, cego e nu. Miserável pecador, necessitado da graça regeneradora, da fé como um grão de mostarda que me levará aos braços salvíficos do Pai, por meio do Filho, segundo a eficácia do poder do Espírito.
Não sou um pecador: mas, o pecador. Definido. Se todos no mundo forem santos, eu não o sou. Por isso, necessito – necessitamos – do profundo arrependimento de nossos pecados, de um abandono total e completo de nossa depravação, e clamarmos continuamente por sua gloriosa salvação.
"Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo" (1 Pe 1.13).
Anelamos por ti, Senhor! Tenha misericórdia de nós, pecadores, e ajuda-nos em nossa incredulidade!
Amém.
Soli Deo Gloria.
Essas são as palavras iniciais do apóstolo Pedro em sua primeira carta (1 Pe 1.1). Este homem entendeu a plenitude da glória do seu chamado salvífico, por pura e livre graça soberana. Ele, que tantas e tantas vezes se viu vencido por sua personalidade voraz e arrogância apressada, finalmente havia compreendido a obra sobrenatural do Cristo para com os seus eleitos – e para consigo mesmo. Uma obra de Deus e para Deus, para o louvor do seu santo Nome e sua glória eterna.
Pedro faz questão de mencionar a presciência de Deus Pai (1 Pe 1.2), não como algo que Ele – por meio de sua onisciência – tenha "visto" no futuro distante, mas como um pré-conhecimento salvífico, de aliança, de intimidade, eficaz e pactual. Um amor íntimo, pelo qual o Soberano e Eterno decidiu livremente salvar os seus escolhidos. Por pura e livre graça e amor.
Mas, o apóstolo não fala apenas da eleição soberana, mas do modo como o Pai decidiu salvar, ou seja, por meio da obediência perfeita do Filho, e da aspersão de seu sangue imaculado. Sem pecado, Cristo, o Filho Amado, eternamente gerado, não criado, voluntariamente se entregou e se fez pecado em favor dos amados do Pai. E, a aplicação dessa eterna redenção dá-se por meio do poder de seu Espírito, que arranca milagrosamente o coração de pedra e aplica nos eleitos um coração de carne, regenerando-os para sempre, desde sempre.
A salvação pertence exclusivamente ao nosso Deus (Jn 2.9), único e verdadeiro. Nosso Deus Trino, Santo, perfeitamente alegre, satisfeito e completo em si, decidiu desde a eternidade transbordar o seu denso e rico amor por intermédio da criação, mais especificamente em seus eleitos, e nestes antes da fundação do mundo (Ef 1.4).
Nessa obra trinitária, perfeita e santa, o Pai escolheu amorosamente pecadores depravados, em meio a uma lamaçal de iniquidades, sem méritos ou privilégio algum, por pura e livre graça e amor; o Filho responde amorosamente ao chamado do Pai e decide voluntariamente se entregar para a redenção dos amados, como o Cordeiro inocente e perfeito, conhecido e imolado desde antes da fundação do mundo (1 Pe 1.20; Ap 13.8), e por meio da aspersão de seu precioso sangue, os pecados deles são redimidos; e o Espírito Santo que ressuscitou o Filho Amado dentre os mortos (1 Pe 1.3), aplica essa obra ao regerar definitivamente os filhos da luz, santificando-os nele e para ele mesmo.
Este é o Evangelho de Deus. Este é o Deus do Evangelho.
Mas, onde eu entro nessa história?
Eu entro com o meu pecado. Com a minha injustiça e minha total e completa incapacidade. Sou um mendigo devasso, clamando ao Senhor pelas migalhas que caem das delícias de sua mesa. Sou pobre, cego e nu. Miserável pecador, necessitado da graça regeneradora, da fé como um grão de mostarda que me levará aos braços salvíficos do Pai, por meio do Filho, segundo a eficácia do poder do Espírito.
Não sou um pecador: mas, o pecador. Definido. Se todos no mundo forem santos, eu não o sou. Por isso, necessito – necessitamos – do profundo arrependimento de nossos pecados, de um abandono total e completo de nossa depravação, e clamarmos continuamente por sua gloriosa salvação.
"Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo" (1 Pe 1.13).
Anelamos por ti, Senhor! Tenha misericórdia de nós, pecadores, e ajuda-nos em nossa incredulidade!
Amém.
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