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Palavra do leitor

Pastores, dinheiro e os argumentos baratos de fé

Ser pastor nunca foi fácil, nunca foi uma posição de normalidade perene, nunca foi apenas um detalhe qualquer, nunca foi simples como encontrar os pontos cardeais num mapa totalmente preenchido e com uma bússola do lado, nunca foi como encontrar o caminho certo com o GPS numa grande cidade hoje em dia, nunca foi um mar de rosas. Entretanto, pastorear sempre foi uma função determinada por Deus repleta de responsabilidades, mas também de honras. Imaginar que uma função tão nobre, embora difícil, passa por inúmeros problemas nem assusta tanto assim, afinal, a árdua função está muito bem exposta nas Escrituras.

É importante perceber a origem de uma caminhada pastoral, como ela começa. Desde a fundação do mundo quando Deus designa os seus escolhidos à vida eterna, alguns são chamados para assumir o santo ministério em um dado lugar na história e num local divinamente estabelecido. Para o pastor, sua consciência quanto ao seu chamado é um processo. Ele luta consigo mesmo o tempo todo se perguntando "será mesmo que eu fui chamado ao ministério pastoral?" Depois de muitas lutas, questionamentos, experiências e embates consigo mesmo, ele vai, então, ao Seminário Teológico, estuda, qualifica-se tecnicamente para apascentar com maestria, de forma acadêmica, espiritual e prática. Sua fé é sacudida durante as provocações teológicas na época de seminarista. Sua razão é estimulada em tempos de consumo de livros, palestras, descobertas e frustrações. Mas a sua vida diante do chamado divino permanece sólida na base da Lei do Senhor.

Todavia, nem toda a Igreja compreende perfeitamente o que é ser chamado ao Ministério Pastoral, e isto, acredite, é muito preocupante. Ainda durante o Seminário, o pretenso a pastor experimenta pelo menos duas estradas paralelas: o dinheiro e a fé. Ele vai aprender hermenêutica e exegeticamente qual a correta relação do pastor com o dinheiro, como a Igreja deve proceder financeiramente, assim como vai ruminar acerca do elemento "fé" várias vezes. Vai se sentir tentado, pela natureza corrompida de todos nós, a desejar uma grande igreja que lhe dê um grande salário para que possa viver bem, como aquele grande pastor da cidade que recebe uma quantia significativa todo mês há 15 ou 20 anos. Em algum momento, o bravo seminarista conhecerá a Ética, e verá a falta dela em boa parte do ambiente pastoral. Isso o chocará. Daqui em diante a prova de quem realmente este jovem é será posta em destaque: um futuro pastor ou mais um lobo devorador. Imaginando que este seja um futuro pastor, a situação antiética miseravelmente presenciada nos corredores da instituição acadêmica o porá em transe por um breve período, ele se questionará quanto a realidade do que está vivenciando. Verá com o tempo que infelizmente a tal situação é real. Verá a si mesmo decepcionado, mas seguirá o seu caminho bravamente, fundamentado na Palavra, santo como Deus é, tido pela maioria como fraco, despreparado, sem o chamado de Deus. Será posto na prateleira dos arrogantes como mais um objeto de piada. Será, por fim, totalmente esquecido e, na mente dos mesmos, nunca será ordenado ao santo ministério.

É Deus quem chama e justifica, e o justo viverá por fé. Viver pela fé nada tem a ver com ser escravo de um grupo de pessoas que tentam elitizar o reino de Deus, meneando a Igreja para que paguem migalhas ao pastor e o coloquem em suas mãos como marionetes. Viver pela fé nada tem a ver com obrigar o pastor a expor somente temas que lhes sejam prazerosos ao invés da Palavra da Verdade que corrige, ajusta, santifica, incomoda. Viver pela fé não significa ter um povo sempre a exigir e sugar o organismo não apenas do pastor, mas de toda a família pastoral. Viver pela fé nada tem a ver com sofrer nas mãos de um povo incompreensível, insensível e exigente. Viver pela fé nada tem a ver com favores ministeriais, dependência de uma cúpula humana, tampouco vestir a camisa da falta de ética e jogar no time dos hipócritas, dividindo os lucros dos menos favorecidos biblicamente. Este elemento chamado "fé" é dádiva do Senhor, não uma peça publicitária positivista. A fé não pode ser relativizada como se fosse coisa de somenos. A fé não vem de nós, é dom de Deus, o que significa que passamos a crer nele e em seu reino porque ele nos inseriu a fé, assim como passamos a viver por ela porque ele, o Senhor, foi quem nos justificou.

Os pastores divinamente designados são enviados por Deus não para um público, mas para a Noiva do Senhor Jesus. Tu amas a Deus? Se sim, apascentes a sua Noiva, nada mais.

• O Prolífico.
Maceió - AL
Textos publicados: 20 [ver]
Site: http://oprolifico.blogspot.com/
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