Para onde estamos indo?

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"Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências" (II Timóteo: 3.3)

Para vergonha nossa, o resultado da obra missionária em nossos dias é uma terminologia totalmente deturpada e desleal ao novo testamento. A mensagem do evangelho está misturada de tal forma ao pensamento mundano, que a revelação da palavra foi transformada em algo totalmente humano, carregado de emocionalismo, teologias humanistas, filosofias e psicologias. Diante desse quadro, aventar um retorno à centralidade de Cristo, ou tentar retirar elementos estrangeiros e interpretações humanas e puramente sensuais da pregação evangélica hoje, certamente provocaria estranhamento na grande maioria dos cristãos professos, como se estivéssemos trazendo uma doutrina nova, amarga e desconhecida. Muitos não seriam capazes de suportá-la.

A verdade é que ao longo do tempo temos sido coniventes com o mundo, aceitamos fazer acordo com as trevas sob o pretexto de enriquecer os ensinos bíblicos. Ao invés de oposição clara e repulsa decisiva, nos acomodamos em atitudes de conivência e receptividade, perdendo a visão do Reino de Deus. O espírito do mundo avança tentando reunir se a nós trazendo elementos aparentemente comuns à nossa fé, e em muitos casos batalha no interior da casa. Ao introduzirmos na Igreja soluções humanas deleitosas, desviando nossos olhos do foco principal, permitimos que o mundo lance em nosso rosto sua resposta ao evangelho opaco, ralo, diluído e sem poder, que displicentemente temos apresentado.

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Opinião do leitor