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Palavra do leitor

Os dias [maus] do alemão

Sobre a doença de Alzheimer, eu idoso e sendo essa doença hereditária [mamãe faleceu com ela], ouço dos meus familiares palavras de incentivo ao uso intenso do meu cérebro não para evitar, mas para retardar a manifestação do alemão [é o que mais faço, independente desse receio], mas estou nas mãos do Senhor Jesus.

Ouvi há dias, uma explicação que passei a adotar para os meus esquecimentos: não é que eu esqueça as coisas novas [só as irrelevantes], mas é que, durante esta septuagenária existência minha, eu armazenei milhares, quiçá milhões de informações em meu cérebro, não mais sobrando espaço para coisas recentes, desde que irrelevantes.

Na verdade, há, também, um pouco de dispersão do pensamento; é que com a cabeça muito ligada aos acontecimentos, quer os passados [recordação], quer os presentes [participação], me abstraio, deixo de prestar muita atenção [deselegância] às coisas menos importantes no vasto universo de assuntos que ocupam o meu dia a dia, o meu décimo de segundo a décimo de segundo.

Fico entre a cruz e a caldeirinha, isto é, entre a ciência que define o início dos sintomas da doença à faixa etária dos 50 anos [tenho 73.8] e a ciência que informa que a expectativa de vida do brasileiro [homem] é de 74.8 anos; subiu face à melhor qualidade de vida dos dias de hoje.

“É bom trazer à memória o que me pode dar esperança, mas também o que pode aumentar o meu temor a Deus” [Elben M. Lenz César – Refeições Diárias com os Discípulos, pag. 321 – Editora Ultimato].

Referindo-me ao alemão, o povo utiliza na linguagem cotidiana, sobre essa doença, o apelido de “alemão”, tendo em vista que, em 1906, o cientista alemão Alois [Aloysius] Alzheimer apresentou em Congresso Científico, na Alemanha, a Doença do Córtex Cerebral que passou a ser designada “Mal de Alzheimer”, e que hoje é conhecida como Doença de Alzheimer em homenagem ao seu descobridor.

A Palavra de Deus fala em remir o tempo [aproveitar todas as oportunidades:
“Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios e sim como sábios, REMINDO O TEMPO, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor” (Ef 5 15-17).

Então, aproveitar todas as oportunidades [remir o tempo] não significa o que muita gente diz: “deixem-me aproveitar a vida pois poucos dias me restam”, significando isso participar intensamente dos prazeres da carne; não!

Não é esse o sentido da Palavra inspirada [soprada] por Deus ao Apóstolo Paulo; o que ela nos alerta é exatamente a direção oposta, qual seja: prudentemente, ver como andamos, como nos comportamos, como agimos - como sábios ou como insensatos? como filhos de Deus ou como filhos do mal [e do mau]?

Isso porque o que o mundo [nos dias bons] nos oferece é orgia: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e cousas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam [Obras da carne – Gl 5 19-21).

Concluindo, diz ainda a Sagrada Escritura: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer; antes que se escureçam o sol, a lua e as estrelas do esplendor da tua vida, e tornem a vir as nuvens depois do aguaceiro; no dia em que tremerem os guardas da casa, os teus braços, e se curvarem os homens outrora fortes, as tuas pernas, e cessarem os teus moedores da boca, por já serem poucos, e se escurecerem os teus olhos nas janelas; e os teus lábios, quais portas da rua, se fecharem; no dia em que não puderes falar em alta voz, te levantares à voz das aves (...), antes que se rompa o fio de prata, e se despedace o copo de ouro, e se quebre o cântaro junto à fonte, e se desfaça a roda junto ao poço, e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu” (Ec 12 1-7).

É hoje, antes que chegue o Alzheimer; é hoje, antes que se apresente a velhice; é hoje, antes que venha a caduquice; é hoje, antes que vença a decrepitude; é hoje, antes que nos alcance a imobilidade; é hoje, antes que nos assalte a falta de lucidez; é hoje, antes que se rompa o fio de prata [a vida]; é hoje, antes que voltemos ao pó de onde viemos, e para onde vai o corpo [matéria].

É hoje: preparemos nosso espírito, nossa alma, para irem para as moradas do Altíssimo, para onde o Senhor Jesus levará os convertidos a ele, pois foi preparar-nos lugar (Jo 14 2).

É hoje o dia aceitável para acolhermos com carinho, com amor, com compreensão, com paciência, com ação cristã, fruto do Espírito Santo do Senhor Jesus, os que já foram alcançados pela triste, amarga, sofrida, dolorosa doença: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas cousas não há lei” (Gl 5 22-23).
São Paulo - SP
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