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Palavra do leitor

Os dez mandamentos: um alambrado ou uma abertura?

"A oração não se propõe a me responder tudo, mas em se tornar no mais efetivo meio para me aproximar do outro.

As mudanças não ocorrerão, enquanto houver a insistência de serem construídas, a partir do passado’’

Textos de Deuteronômio 5.6-12; Mateus 5.28 5. 33, 6.21, 22.37, 4.10, 5.21, 27-28, 5.33-34, 19.8; Marcos 2. 27-28, Marcos 7.10

O ser humano tem sido levado, não é de hoje, diga-se de passagem, a uma veneração impetuosa pela liberdade e por uma aversão a lei. Anota-se, ao falar de lei, exsurge a impressão de algo que me castra, que me anula, que não permite que seja o que sou e, por tal modo, qualquer menção sobre os dez mandamentos ou o decálogo adquire contornos de opressão, de aflição e de desumanização. Agora se, porventura, abordo ser os mandamentos um sólido caminho para se vivenciar uma realidade libertadora e transformadora, qual seria a sua resposta?

Não pode ser esquecido de que ao adentrar na questão dos dez mandamentos ou dez palavras ou dez revelações ou dez leis se difere da lei natural, a qual se encontra insertada em nosso ser ou coração. A lei natural como gravada em nosso ser ou coração e os dez mandamentos, embora desvelado em diversas ocasiões (por ser recitado nos evangelhos), logrou sua sublimidade no evento ocorrido no monte Sinai, quando o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó confere concernentes leis (a própria forma) de um compêndio de normas (o conteúdo) a Moisés.

Sem sombra de dúvida, os dez mandamentos se apresentam como a referência privilegiada da lei natural, como envolto pela substancia da lei natural, com a condição de serem conhecidos e compreendidos pelo ser humano. Quando o Deus Ser Humano Jesus Cristo os desvela, expressamente, configura-se como se fizesse uma recordação de seus preceitos e se fez condição fundamental, por causa dos efeitos danosos e obscurecedores causados pela alienação ou pelo pecado.

Ora, os textos aportados, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, consubstanciam ou consolidam de que a lei natural, a qual podemos conhecer e compreender através da nossa inteligência, do nosso pensamento e da nossa consciência carrega atributos da divindade e ao se falar dos mandamentos e da lei natural, expressamente, estão correlacionados, entremeados, enfim, envolvidos pela mesma natureza divina. Afinal, ao descortinar sobre a lei natural e os dez mandamentos se chega a conclusão de se comporem como os apoios e amparos primordiais para se formar e estabelecer valores a serem partilhados e compartilhados em benefício de cada ser humano, da sociedade civil, das instituições de ordem privada e pública, como dos governos.

É bem verdade, não há como pautar sobre a lei natural e os dez mandamentos, caso não seja considerado a existência de Deus que se fez revelar por amor a nós, Deuteronômio 29.29 e, concomitantemente ou simultaneamente, de haver um propósito, um plano, uma finalidade, um telos do Deus Ser Humano Jesus Cristo sobre toda a criação, sobre cada um de nós, como testemunho da Revelação, porque sem isso, desembocaríamos no relativismo e as virtudes seriam vícios e os vícios seriam virtudes, as mazelas seriam dádivas e as dádivas seriam mazelas. Deveras, a lei natural e os dez mandamentos, como manifestação da lei eterna na imagem e semelhança de Deus.

Decerto, a certeira descrição do Apóstolo Paulo, em Romanos 2.14, porque confirma de sermos dotados de inteligência, de racionalidade, de pensamento, de imaginação e de consciência servem como suportes para descobrir, conhecer e compreender esse telos ou essa finalidade, com a liberdade para vivenciá-lo e praticá-lo para nessa obediência, haja a dignidade humana, como valor intrínseco a todo ser humano, para se importar com o outro, para perpetrar esse se importar por fazer o bem, por executar a justiça restaurativa e reconciliadora, por difundir a misericórdia que me transcende para viver em favor do outro.

Sempre se torna de bom alvitre, os dez mandamentos não podem ser interpretados como um alambrado de arame farpado, como a imagem de um Deus castrador, opressor, perseguidor, insidioso, mesquinho, baixo, manipulador e que não permite aos seus filhos viverem, mas sim a abertura para um novo tempo.

Diametralmente oposto a essa definição, os dez mandamentos confirmam o Deus marcado e movido por Infinita Bondade, Benignidade e Benevolência ao nos ajudar em nossa caminhada para o eterno, Salmos 19.8-9, 10b-11, 119.105).
São Paulo - SP
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