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Palavra do leitor

Os Dez Mandamentos, Seus Princípios e Valores

Naquele encontro rápido e único com o jovem rico, Jesus lembrou os dez mandamentos, alguns dos quais foram citados: “Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra a teu pai e a tua mãe” (Lc.18.20).
Não haverá limites para a quantidade e variedade de orientações necessárias para a vida humana, mas aqueles preceitos apresentam uma seleção essencial. Sendo tão poucos e curtos, trazem temas importantes que não devemos desconhecer nem desconsiderar. Temos ali sabedoria concentrada em poucas palavras.
Assim como extraímos do fruto o suco, precisamos ver nos mandamentos princípios e valores. O mandamento, enquanto frase que dispõe sobre direitos e deveres práticos, pode, eventualmente, ser restringido por aspectos linguísticos e circunstanciais. Por exemplo, quando se diz “Não cobiçarás o servo do teu próximo”, a escravidão é um tema em pauta, mas que não faz parte da nossa realidade.
Portanto, há que se enxergar a intenção subjacente ao mandamento, ou seja, o princípio moral ou espiritual que, por sua própria natureza, é amplo, atemporal e independente do lugar e da cultura.
Por exemplo, no mandamento do descanso, precisamos ver a ordem referente ao trabalho: “seis dias trabalharás”, e reconhecer o cuidado de Deus no sentido de proteger-nos da atividade excessiva. A essência é o que mais importa.
Alguém pode obedecer ao mandamento literal, mas quebrar o princípio. Era o caso do jovem rico, que não fazia imagens de escultura, mas adorava o dinheiro. Algumas pessoas não fazem ídolos, mas pagam alguém para fazê-los; não matam, mas mandam matar, como se pudessem, de algum modo, burlar a proibição divina. Notemos, portanto, que o princípio é mais abrangente do que as palavras.
Sob os princípios estão os valores, como alicerces do caráter e pré-requisitos da felicidade. Por exemplo, no mandamento “não matarás” encontra-se um valor fundamental: a vida. Alguns valores presentes nos dez mandamentos são: amor a Deus, ao próximo e a si mesmo; espiritualidade; trabalho; descanso; vida; fidelidade; justiça; verdade; honra; família e o direito à propriedade privada.
Nossa vida não pode ser simplesmente guiada pelo que vemos e desejamos. Este seria o caminho do caos. O desejo de hoje não pode anular o desejo de ontem que foi selado pelo compromisso. Nossos impulsos podem ser legítimos e naturais, ou não, mas precisam ser controlados. Se transgredirmos os mandamentos ou os princípios neles contidos, pode ser que nem Deus resolva plenamente o problema em seus aspectos naturais e materiais, embora tenha todo poder. Por exemplo: em caso de homicídio, o transgressor pode ser perdoado e salvo, mas o morto não ressuscitará. Por isso, é tão importante obedecer.
Os pecados relacionados aos dez mandamentos prejudicam o próximo em alguns casos, mas sempre prejudicam o transgressor. Quem mata uma pessoa destrói duas vidas, embora haja esperança para o homicida sobrevivente.
Os mandamentos estão relacionados à identidade que pode ser marcada e alterada pelo pecado. Note-se, portanto, o poder do pecado, pelo qual o indivíduo torna-se idólatra, homicida, ladrão, adúltero, etc..
Criam-se desculpas para transgredir cada mandamento, mudando-se até o nome do pecado. O termo “idolatrar” foi trocado por “venerar”, como se isso mudasse alguma coisa. Adultério é “caso” e cobiça virou “amor”.
É interessante observarmos que o tempo verbal dos mandamentos é o futuro. Deus não estava acusando os israelitas quanto ao que fizeram no Egito. Moisés mesmo havia matado um homem, mas o encontro no Sinai não foi uma prestação de contas.
Da mesma forma, os que se encontram com Jesus e o aceitam como Salvador são lavados pelo seu sangue e recebem a oportunidade de um recomeço.
Mas, se Moisés já deixou os mandamentos para Israel, o que Jesus poderia acrescentar? Cristo apresentou uma nova dimensão, trazendo à tona os princípios e valores subjacentes aos mandamentos. Além de não adulterar, não devemos olhar para a mulher do próximo com má intenção ou desejo. Além de não matar, devemos amar os nossos inimigos (Mt.5.21-22). Deste modo, o discípulo de Cristo vai além da lei.
O jovem rico disse que vinha cumprindo os mandamentos de Moisés, mas Jesus mandou que ele vendesse seus bens e desse o dinheiro aos pobres.
Quem transgride os mandamentos complica sua própria vida, mas o propósito de Jesus não é apenas preservar a simplicidade ou a qualidade da nossa existência neste mundo. Ele quer que a nossa vida seja motivo de glória para o nome do Senhor e que, finalmente, entremos no Reino dos céus. Que o amor ao próximo não seja apenas uma forma de respeito, mas de ajuda prática.
O jovem rico deu as costas a Jesus e foi embora. Essa atitude é pior do que todas as transgressões. Todos nós somos pecadores, transgressores, mas em Cristo está o perdão e a restauração. Moisés mostrou a doença do pecado. Jesus é o médico. Aceite-o e comece uma vida nova. Pr. Anísio Renato de Andrade
Belo Horizonte - MG
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Site: http://anisiorenato.blogspot.com.br/
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