Oração e engajamento político-social do cristão

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Passamos por um momento decisivo há pouco: eleições. De forma democrática, o povo escolheu a autoridade política que irá nos representar pelos próximos anos.

I Tm. 2.1-3

O texto nos mostra a Igreja de Éfeso em uma tremenda divisão com o Estado. Paulo, então, auxilia Timóteo a exortar o povo à necessidade de se engajar no contexto político-social.

Dividirei o texto em três pontos:

O Cristão deve orar por todos os homens (v.1)

Paulo disse isso em um contexto bem conturbado: a Igreja de Éfeso havia deixado de orar pelos perdidos. Então, ele pede a Timóteo para que essa prática volte a ser prioridade. Hoje, estamos praticamente na mesma situação. Nós não podemos orar somente quando alguém está enfermo, não podemos orar somente quando alguém está indo fazer missões, não podemos orar somente quando estamos felizes e muito menos somente pelos nossos amigos e irmãos. Devemos orar por todos os homens perdidos.

A palavra “súplica”, deriva-se de uma raiz grega que significa “carecer”, “estar desprovido” ou “estar sem”. Logo, esse tipo de oração, origina-se de uma necessidade. A palavra “intercessão”, deriva-se de uma raiz grega que significa “concordar com” ou “aproximar-se para falar”. Intercessão então, é entender a profundidade da dor e da situação em que os perdidos, ou as pessoas que estão ao nosso redor, se encontram.
Logo, nós devemos ter um engajamento social pertinente à sociedade e ao contexto onde vivemos. Devemos orar incessantemente pela sociedade.

O Cristão deve orar pela autoridade política (v.2)

Paul Freston, na Introdução do seu livro Religião e Política Sim, Igreja e Estado Não, disse:
“A fé cristã é, ao mesmo tempo, utópica e bastante realista. A solução para os problemas políticos é sempre política. A solução para a má política é a boa política, e para a má espiritualidade é a boa espiritualidade. Não precisamos fugir para outro campo, porque o Deus bíblico está em todas as áreas da vida humana.”

O Cristão não deve abster-se de uma vida política ativa, mas deve ter cuidado para o extremismo. Nem tudo na política se resolve com a religião. Como também nem tudo na religião se resolve com política. Eleger pastores, autoridades cristãs, irmãos de fé para cargos políticos, pode também ser um erro. Devemos orar para que os líderes políticos se arrependam de seus pecados e recebam o Evangelho. Isso inclui também J.W., que os “cristãos” tanto odeiam.

A igreja, em oração, manifestando amor e bondade para com as autoridades políticas, receberá também uma liberdade religiosa. De uma forma resumida: intolerância religiosa para com a política, gera intolerância política. Além de tudo, não é válida, visto que devemos exemplificar o amor de Jesus por nós.


O Cristão deve expressar piedade e respeito

“Piedade” é uma palavra muito usada por Paulo em suas duas cartas a Timóteo. Indicava que era necessário se fazer um novo chamado à vida santa, sem deixar-se afetar pelas falsas doutrinas. Refere-se, principalmente, à atitude e à conduta que nós devemos ter diante de Deus em todas as coisas. “Respeito”, pode ser facilmente traduzido por seriedade moral e refere-se principalmente à dignidade moral.

Como vou cobrar conduta moral de um político corrupto se eu uso atestado falso, se eu furo fila no banco e no supermercado, compro produtos falsificados e colo na prova? Antes de falar de corrupção, devo curar primeiro as minhas falhas.

Concluo, afirmando que o Cristão precisa entender que deve haver um engajamento político e deve haver uma ligação entre Religião e Política, que não deve ser levado ao extremismo.

Que Deus nos abençoe.

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