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Palavra do leitor

O retorno e o recomeço...

... Além da certeza (mais duas crônicas inspiradas em dois referenciais da arte contemporânea)

"Falar de uma ética cristã implica adentrarmos num labirinto de preceitos moralisticos, doutrinários, dogmáticos e falíveis; de modo semelhante, tentar encontrar um equilíbiro e sentido, por meio de compêndios de regras e mandamentos, numa realidade sujeita as vicissitudes do cotidiano, pode nos levar a profundas marcas de malogros e dissabores; por isso, torna-se vital e indispensável estribarmos nossas intenções e ações em Cristo; tão somente assim, suplantaremos os ardis da nossa natureza decaída."

Sempre concebi a espiritualidade condenada a uma vida irrestritamente estática, presa a divagações e submetida a ecos megalomaníacos.

De certa maneira, a influência endêmica de um evangelho de arremedos trouxe esse quebra-cabeça.

Indo a pintura de Rubens denominada "Retorno do Pródigo", pude definir, longe de uma inclinação panteística, gnóstica e sincrética, em cada detalhe da vida haver um quê de espiritualidade.

A sua obra nos leva a uma postura de ver o cosmos, a vida e tudo mais com uma intensa dinâmica, elouquência, deleite e esperança.

Neste aspecto devemos considerar, então, a espiritualidade tão imprescíndivel, quanto o ar que respiramos.

Vale dizer, espiritualidade não compactuada com caudilhos eclesiásticos-clericais, nem numa amálgama de crenças. Opostamente, uma espiritualidade que, em nenhum momento, pretende nos alienar, nos deserdar da secularidade, humanidade e das vicissitudes da vida.

Aqui, com propriedader, encontramos um dos papeis de Cristo, a via do retorno, a via de aceitarmos e embevecermo-nos de um recomeço, de uma efervescência de sonhos, de lutas, de trabalho, de amor, de lágrimas, de poesia, de romance e, enfim, de ser imago dei.

Além da certeza

Início esse arrazoado com a seguinte inquirição, a saber:

- Afugentamos a ou afugentamo-nos da profundidade?

Durante séculos, o ser humano pleiteou e reivindicou a liberdade de consciência.

Mais especificamente, a liberdade espiritual, de ser liberto das amordaças nefastas de um sistema eclesiástico monopolizador de tudo e todos.

Enfim, o eclodir da reforma protestante e os discursos colossais de Lutero e Calvino deram o ponta-pé inicial de uma revolução no exercício da liberdade de ser e consciência.

Deste então, encontramos nas páginas da história humana uma contradição.

Cumpre salientar, essa contradição pode ser muito bem focada na peda da profundidade, da originalidade, do eu e nosso.

Nesta inicipiente e desarraozada reflexão, vou ao sublime Van Gogh e sua obra ''noite estrelada'', pelo qual somos convidados a ir abaixo da superfície, a adentrarmos e irmos ao coração-útero de onde todas as formas são criadas.

Deveras, colocamos os pés na nascente das tensões, da dinâmica, das alterabilidades, das contingências e dos fluxos da vida.

Semelhantemente a Van Gogh, o evangelho de Cristo também não aceita, não assina nenhuma carta de cooperação mútua com os mosaicos de uma sociedade estribada na superfície.

Infelizmente, uma sociedade arraigada ao supérfluo, a fazer parte de um sistema absorvente e alienador.

Nisto, enfrentamos o desafio a ser considerado de uma Igreja na superfície, atordoada pelos holofotes, pejada por uma obsessão em ter uma parcela no bolo do poder e mando.

No entanto, alienada e cauterizada, descompromissada e aversiva a ser comprometida com o serviço e a relação-recíproca comunitária.

Ademais, eis o desafio a ser enfrentado e sobrepujado por nós, eu e você (afinal de contas, igreja não pode ser cotejada ao templo e sim pessoas banhadas por Cristo); ou seja, irromper com os ferrolhos de um evangelho acomodado e na espera do último suspiro.
São Paulo - SP
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