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Palavra do leitor

O que sou: um cristão de fachada ou um ateu de atos!

‘’Se não fomos uma comunidade de imperfeitos inovados pela Graça Jesus Cristo, nossos encontros não passaram de cerimoniais vazios’’.

Texto de Lucas 18.8

Nunca se falou tanto sobre Jesus, sua importância, sua relevância, como o antídoto para todos os nossos males e aflições. Digo isso, sem adentrar na questão de povos, de tribos, de comunidades, de pessoas ainda sem a oportunidade de ouvir o evangelho. Por enquanto, atenho-me a questão de vivenciarmos um cristianismo de fachada, de faz de conta, acomodado a um compêndio de tradições e liturgias, de ritualismos e doutrinas a léguas de distância de, verdadeiramente, ser uma prática sólida, em nossa existência.

Tristemente, assusta-me mais e cada vez mais não um ateu ou uma pessoa que confirma não professar nenhuma crença em Deus. De notar, deveríamos nos incomodar, com relação aquele que professa, que participa dos encontros religiosos, das orações, das campanhas, dos votos, mas sua história, sua vida, sua biografia tem sido escrita, como se as boas novas não tivessem sentido, como se Deus não passasse de uma ideia e como a maioria segue, também sigo e ponto final, até encontrar algo melhor. Ora, nada mais irônico, hilário e hipócrita, afinal de contas, em meio a um discurso de muitos endossarem e pontuarem sua crença em Deus, de participarem de um grupo de denominados cristãos, não nos portamos ou nos colocamos como se tudo não se resumisse a uma farsa ou não tem sido, assim, que temos espelhado para as demais pessoas?

Parto dessas interrogações e desemboco na leitura composta pelo filosofo Nietzsche, quando enfoca a morte de Deus (aliás, o pensador Nietzschiano advindo de uma família regida por um pastor luterano, todavia, as experiências, ali, vivenciadas, pinçaram os mosaicos de dizer uma coisa, no templo, e outro na convivência do lar) e, o mais dantesco de tudo, como temos sido protagonistas e propagadores de um cultuar fúnebre de um evangelho distante dos ensinos de Jesus e, não era de se esperar, slogans como dos jovens da Alemanha – a qual diz ‘’Jesus sim, igreja não’’.

De certo, lá no fundo, as palavras confeccionadas por Nietsche não testificam nosso estado de uma indiferença espiritual, aliás, pior do que a letargia, a aridez, a sequidão, porque até traz movimentos extasiantes, mas vazio do amor que transforma o ser, que resgata sua humanidade, que traz uma espiritualidade criativa e uma afetuosidade livre? Vale dizer, há um personagem tomado pela loucura, na obra de Nietzsche, A Gaia Ciência, ao qual sai esbravejando, em angustia, pelas ruas, com a seguinte expressão: ‘’Deus morreu! Deus morreu!’’. Aliás, adentrava em várias igrejas e ali interpretava o seu Réquiem (um tipo de missa fúnebre, no latim) aeternam deo ou ‘’o descanso eterno de Deus’’. Mesmo contestado, prosseguia a dizer: ‘’O que são ainda afinal estas igrejas, senão túmulos e mausoléus de Deus?’’.

Sem sombra de dúvida, extraímos daqui a lição de, muito embora nos declaremos teoricamente como crentes, como professos de uma fé em Deus, nossas escolhas e práticas são claras no que toca a registrar que vivemos um cristianismo de fachada, que Deus não existe, na nossa realidade e não tem serventia para ocupar os espaços da nossa vida. Assim, vivemos sem valores sólidos, sem nenhuma responsabilidade pelo outro, sem consciência de que a vida nos leva além do que meras sensações.
São Paulo - SP
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