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Palavra do leitor

O que Jesus conquistou na Cruz?

"Não seguir o chamado, como tanto bradaram os profetas Amós, Isaías, Jeremias e outros, contidos nas escrituras, levam-nos a escutar e praticar as vozes das liturgias, dos ritualismos, das oferendas, das orações e das crenças vazias e sem qualquer sentido que, tão somente, retratam um Deus de adoradores loucos’’.

Texto de 2 Coríntios 5.19-21

O que Jesus conquistou na Cruz? Parto dessa pergunta e faço uma conexão com um cântico, a qual teve certa disseminação, pelos arraiais evangélicos que trazia na sua letra:
- Tudo o que Jesus conquistou na Cruz, é direito nosso, é nossa herança!

Ora, afinal de contas, despindo-se de toda e qualquer sublimação, refinações teológicas, apologias eloquentes, profecias avassaladoras, arroubos místicos, o que Jesus, verdadeiramente, conquistou? Sem delongas, credito, indiscutivelmente, nos trouxe o privilégio do ministério da conciliação, do evangelho da reconciliação, da oração da mediação, das boas novas do serviço, do servir e do ser servo, em todas as dimensões voltadas a nos fazer humanos, imagem e semelhança de uma criação viva, benéfica, partilhadora e de participação. Destarte, eis o significado de sermos embaixadores de Jesus, o Cristo, porque, fora isso, tudo não passa de discursos, até fascinantes, entretanto, vazios e sem qualquer sentido. Isto sem falar de retratar adoradores de um Deus louco! Para tal incumbência fomos chamados, com o propósito de partilhar e participar da vida, em Jesus, o Cristo, não para diminuir outras crenças, não para rebaixar outras leituras de interpretar a vida, não para alienar os discordantes, não para fazer dessa Cruz, um meio para deformar e distorcer as boas novas. Deve ser dito, o evangelho das boas novas não se dirige a fábula de Alice no Pais das Maravilhas, porque as violências, os abusos, as arbitrariedades, as corrupções, as pandemias, as doenças, os deserdados de dignidade e respeito são acontecimentos reais, concretos, sensíveis, percebidos. Retomo ao trecho do cântico (tudo o que Jesus conquistou na Cruz, é direito nosso, é nossa herança) e pontuo, antes do nosso direito, discurso tão presente, dentro de uma cultura utilitária e de interesses, apresenta – se o nosso dever e nossa herança de ser um não sonoro a toda essa orgia de opressões, de afrontas, de massacres e de desfigurações do ser humano que observamos, em nosso cotidiano e no mundo, pelas redes sociais. Vou adiante, eis a Cruz de Cristo, sua herança e seus mandamentos, compromissado e comprometido a não se acomodar e a não se conformar com um discurso de desesperança.

Digo isso, em função de se professamos o texto de João 1: 5 (a luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram), não podemos fazer vistas grossas, fechar os olhos, fingir que não nos diz nada nesse momento de crise e receios, devido a Covid-19. Se considerarmos ser esse o mundo de Deus, destinado a todo ser humano, somos impelidos a afirmar, a reafirmar e a confirmar o ministério da conciliação, da mediação, da reconciliação, por meio da oração que nos aproxima, do serviço que ajuda, anima, fortalece e do conhecimento que transforma. Não há como fugir, o texto de Gênesis 1: 26 demonstra não ser o valor ou o atributo ou a condição de ordem biológica, étnica, racial, social, econômica, cultural, religiosa que nos faz imagem e semelha de Deus, em direção oposta, ser criado a imagem e semelhança de Deus, ponto final. Não são as questões biológicas, da pele, da ascendência, da influencia religiosa, teológica, da ideologia que nos tornam seres humanos, imagem e semelhança de Deus, porque quem se filia e faz parte dessa fileira, apregoa a falsa cruz, carrega a herança da opressão e da injustiça, de uma fé imoral e perversa, de uma humanidade adoecida e de uma cristandade farsante. Indo aos textos de Gênesis 2.18, 11.1-9, Atos 17.26, Romanos 12.3-5, 1 Coríntios 12.12,13 e Gálatas 3.28, encontramos enredos consistentes de que fomos criados para o companheirismo, para o partilhar e o participar da vida, para o escutar e o falar da esperança das boas novas. Anota-se, ainda mais, Jesus conquistou a obra reconciliadora, conforme o texto de 2 Coríntios 5:19 e somos confrontados a considerar ou não essa conquista, esse direito e essa herança que se correlaciona ao texto de Isaías 1.16,17, quando Deus requer de seus filhos e filhas, a prática de uma fé alinhada a vida e seu cotidiano, a vida do órfão, a vida da viúva, a vida do estrangeiro, a vida do alienado (nas Cracolândias, nos redutos da solidão mórbida, nas prisões, nos vitimados pela violência, nos atingidos pelo desemprego e pelas crises econômicas) e rejeita todas as observâncias religiosas, todos seus ritualismos, todas suas liturgias, todos seus cânticos, todos seus avivamentos, todas suas revelações, todas suas profecias, por mais espetaculares possam ser. Vale dizer, as nações não serão julgadas, senão pelos critérios de como se importaram, com as pessoas, Mateus 25.31-46.
São Paulo - SP
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