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Palavra do leitor

O que há de errado com a igreja brasileira? (parte 2)

Você já parou para pensar que em poucos anos a China será a maior nação cristã do mundo? Segundo as estatísticas de Johnstone (Oração pelo Mundo, 2003) a população cristã da China está em torno de 91 milhões e cresce a uma taxa de quase 8% ao ano. E mais, existe uma população de mais de 1 bilhão de não-cristãos. O desafio é grande, muito grande, mas está na ordem do dia.

Deixemos a China e voemos para a América do Norte, para a maior nação cristã de nosso planeta com cerca de 235 milhões de cristãos. Apesar de ser o terceiro país católico do Mundo, os Estados Unidos são preponderantemente evangélicos ou protestantes. É de lá que sai a maior parte da teologia, das idéias e das decisões que influenciam o Brasil cristão (evangélico) hoje. Não haveria nada de errado com isso se toda essa “dependência” fosse positiva, mas não é!

Aliás, o Brasil já conquistou sua independência espiritual há muito tempo, só não tomou ainda consciência disto. E essa é minha principal crítica à nossa igreja.

Existem boas diretrizes vindas dos EUA e glórias a Deus por elas, mas o que irrita é ver as pessoas no Brasil (e, diga-se de passagem, na Europa não é diferente) quererem copiar tudo de forma acrítica e literal. Não funciona. E quando funciona os resultados são ilusórios.

Isso leva à raiz de um problema típico vivido em solos brasileiros: o proselitismo. Esse é um mal insuperável entre os protestantes e a única maneira de superá-lo é tomando consciência disso. Todos precisamos saber que a passagem de Mt 23:15 nunca serviu tanto para nós evangélicos, como hoje: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós”.

Se nós atentarmo-nos bem para a cultura americana, a começar pela história religiosa, veremos que essa estratégia de “fazer convertidos” tem sua razão de ser lá, onde a população católica e de não-cristãos compete de certa forma de igual para igual com as maiores denominações evangélicas. Mas em outros países esta estratégia é nociva.
Paul Tournier teve boa percepção sobre esse assunto ele narra um caso interessante em seu livro “Culpa e Graça” que transcrevo abaixo:

“Recentemente, reencontrei uma mulher cuja educação severa às mãos de um pai autoritário carregou-a de sentimentos de inferioridade e culpa dos quais tenho tentado libertá-la. Durante as férias ela encontrou um pastor cheio de dinamismo e se abriu com ele sobre estas dificuldades. "Você passou pelo novo nascimento?" perguntou-lhe ele. E ei-la de novo afogada em seus sentimentos de inferioridade e culpa. "E verdade", disse ela, "não passei pelo novo nascimento! Mas o que é preciso fazer para passar por ele? Outros já o experimentaram e estão libertos, no entanto isto ainda não aconteceu comigo. A prova é que eu vivo tão atormentada!"

Não contesto a mensagem evangélica do novo nascimento, nem a experiência do novo nascimento que eu mesmo tive. Na verdade, esta moça parece ter nascido de novo sem se dar conta, libertando-se pouco a pouco do mecanismo psicológico que a havia aprisionado, alcançando a liberdade espiritual.”

No fundo, toda uma questão envolvendo soterologia e poder (autoridade) está envolvida nessas guerras institucionais que deixam sua marcas no cristianismo e no culto que oferecemos a Deus em solo brasileiro. Não é de se estranhar que sejamos isolacionistas em nossa fé, que não busquemos a reconciliação, nem a unidade e nem a união.

Há muito terreno para ser percorrido. Talvez os chineses em alguns anos comecem a nos trazer boas lições nesse sentido.

Leia também: O que há de errado com a igreja brasileira? (parte 1)
Fürth - EX
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Site: http://teologia-livre.blogspot.de/

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