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Palavra do leitor

O que dizer do menino Rhuan?

‘’Não precisamos de um Deus que se vale de argumentações teológicas, de justificativas de um porvir melhor, do destino para o sofrimento, as barbáries, as calamidades, as deformidades. Em direção oposta, seria melhor atentar para o Deus que senta, ao lado, e reconhece o quão trágicos são essas situações e permite aos abatidos extravasarem, deixar as lágrimas descerem pelas ladeiras e respirarem a esperança’’.

O episódio da morte de um menino, com atos de crueldade e de um rebaixar do ser humano, sem qualquer condição de se encontrar uma ponderação, tem acarretado toda uma enxurrada de comentários e posições. Por ora, evito adentrar na questão das autoras desse ato bárbaro e desprezível, a partir de suas opções de viverem seu desejo sexual ou de serem um casal de lésbicas. Vou adiante, a situação nos chama não para tais inclinações, se hetero ou homo ou bi, mas sim as escolhas assumidas pelas mesmas e isto nos remete a uma que nos acompanha, quer queiramos ou não.

De observar, o texto de Gênesis 1:26 declara, em bom e alto som, façamos o homem a nossa imagem e semelhança. Ouso dizer, sem rodeios, a nossa semelhança, como a dos animais, com a necessidade de comer, de beber, de se proteger, de se aquecer, de se acolher e, ainda mais, a nossa imagem, ou seja, com um toque a mais, ao qual nos leva ir adiante, a sermos movidos por um inconformismo, por uma imaginação, por uma transcendência, por uma inovação e evolução. De certo, ser humano envolve não permanecer na esfera dos impulsos, dos instintos, das necessidades, porque nos chama para uma complexidade de interesses e intencionalidades. Ora, como somos confrontados com a questão de sermos, então, seres de escolha, de decisões, de respostas e do qual podem nos levar ao bem ou ao mal, a efeitos bons ou maus. Não podemos fugir da raia, fingir que tudo se dirige a uma dimensão espiritual, mística, independente de nossas escolhas. Não e não! Eis a dádiva e a sina dessa imagem, ao qual mediante critérios morais podem nos levar a escolhas boas, saudáveis, benéficas, úteis ou iniquas, impiedosas, abomináveis e desaprováveis.

Deveras, como seres de vínculos sociais, não estamos imunes as circunstâncias, aos contextos e aos cenários de realidades (com suas ideologias, suas crenças, seus costumes, seus hábitos, suas buscas). É bem verdade, as algozes do menino Rhuan se alinharam a escolhas de alterar, por completo, e transformar a vítima numa menina; agora, o mais drástico e deprimente, passa e perpassa por perceber o quanto o ser humano tem sido protagonista e eixo de escolhas facínoras, hediondas, depreciativas do respeito ao ser humano. Afinal de contas, seis milhões de judeus submetidos a torturas e mortos, durante a Segunda Guerra Mundial, nos campos de concentração são atos reprováveis, movidos por escolhas sádicas e maléficas. Aliás, povos dizimados, como os indígenas, no período da colonização da América; seres humanos acorrentados, tratados como mercadorias, negociados, como objetos, como coisas animadas, para muitos, sem alma, aqui, em nosso país, no ciclo da escravidão; mulheres vitimadas pela torpeza de seus companheiros; crianças abusadas, por pedófilos e toda uma constelação de casos, ao qual são mosaicos de escolhas estribadas por critérios deturpados e danosos.

Sempre é de bom parecer destacar, a morte do menino Rhuan, somente, confirma, o vazio de valores voltados a vida, ao viver, as marcas estampadas de gerações desacreditadas e ao qual tem se agarrado a todas as nuanças de idealismos, pelo qual o ser humano deixa de ser semelhante, de ser próximo, de ser alguém, de ser livre e em liberdade. Diga – se de passagem, não me omito e abordo as distorções de discursos não atrelados ou restritos a ideologia de gênero, porque a discursos de uma fé doentia, de uma espiritualidade desumana, de um mundo virtual, como apto a substituir aquilo que nos faz singulares, ou seja, seres de escolhas. Por mais que muitos possam relutar, Jesus nos convida para um novo sabor, para uma leitura de saltos, sem abandonar a vida e o outro. Atente – se sobre a importância de não permanecer no fronte para escorraçar os apologistas de determinados movimentos, mas sim considerar e reconsiderar as palavras de Jesus sobre o por qual motivo não beber dessa água, como externou para a mulher Samaritana.

Presumidamente, beber da água da esperança, das misericórdia, da justiça, da liberdade, da compaixão e isto nos remetem as relações vitais ou humanas.
São Paulo - SP
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