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Palavra do leitor

O quanto é preciso ser bom

"A perda da responsabilidade, a começar pelas mais simples escolhas, como não atirar lixo ao chão, traça o diagnóstico sólido de que ainda não houve a compreensão de que cidadania não significa, necessariamente, empatia, mas sim: fazer o que é certo’’.

Texto de Mateus 26.26

O quanto é preciso ser bom? O quanto é preciso ser inteligente? O quanto é preciso ser resiliente? O quanto é preciso ser ousado? O quanto é preciso ser parte e participa de uma realidade de mudanças contínuas? O quanto é preciso ser procurado e buscado, nas redes digitasi? O quanto é preciso ser feliz, ser intenso, ser efetivo? O quanto é preciso ser adepto de todas as novidades para obter o corpo, a pele, os cabelos, a saúde ideal? É bem verdade, poderia discorrer toda uma simultaneidade de o quanto é preciso e devemos considerar a questão de haver, dentro da leitura de se reverenciar os ganhadores, mais pessoas que nem sempre alcançam o topo e isto acarreta um estado de não se encontrarem em condições ou a altura, como se ninguém devesse esperar algo. Não há como negar, a competição e o desafio são condições fundamentais para os avanços e progressos ora encabeçados pelo ser humano. Lá no fundo, sem nenhuma tolice para descartar ou demonizar os recursos ou o dinheiro, não e não. Deveras, as pessoas são impelidas pelo desafio de competir e confirmar que se apresenta num grau diferenciado. De certo, não estamos envolvidos por essa realidade de, a cada dia, provar e confirmar? Agora, a nossa vida se configura por uma compilação de enredos (eventos e experiências) de sonhos que nunca saíram do papel e há a oportunidade de começar a lidar com as nossas limitações, perceber que não somos o centro de tudo, que nem tudo o que acontece – é por minha causa, que muito menos vou dispor de justificativas para todas as situações. Valho-me das palavras do Rabino Abraham Joshua Heschel, a qual menciona: ‘’quando jovem, eu admirava as pessoas inteligentes; á medida que fui ficando mais velho, passei a admirar as pessoas bondosas’’. Afinal de contas, todas essas palavras, até redigidas, tem a finalidade de pontuar a verdade de que somos importantes para o mundo, de que venhamos a ser lembrados e nos tratem com respeito. Atentemos para muitas pessoas, nos derradeiros momentos de sua vida, por não temerem a morte, mas qual foi o significado da minha vida, o sentido e a relevância. Aliás, longe de pieguice ou de melindrosidade, o ser humano traz essa necessidade de ser lembrado e de sentir-se importante, isso serve como um atestado de que estamos exercendo alguma influência, inclusive para nossa saúde mental. Talvez, eis um dos motivos da propagação dos reality shows (como Big Brother, a Fazenda), em suma, constata-se uma ênfase por ser importante, por ser lembrado, por ser reverenciado, por ser admirado. Dou mais uma pinçada, não estamos, aqui, para sermos rebaixados, diminuídos, desfigurados, alienados, mas sim abordados com importância e de que fomos formados para sermos pessoas boas, íntegras, justas e não quer dizer perfeição, acima do bem e do mal.

A partir desses enfoques, Jesus parte o pão e o vinho, não esconde nada, nos chama para a escolha de sermos pessoas boas e importantes, a par da complexidade da vida, ciente de que vamos falhar, errar, cometer equívocos. Isto não representa uma banalização da vida e, com tais afirmações, somos chamados para escutar a voz do Deus ser humano Jesus Cristo, do amor reconciliador e libertador para nos mostrar que não será um meio para abusos, posições arbitrárias de culpas e condenações. Muitas pessoas precisam escutar, bem no recanto da alma, apesar de nem sempre ser generoso, grato, bondoso, temente, são boas e podem manifestar essa afirmação, na realidade que estão. Quantas vezes, para não perder de vista esse conceito de sermos bons, de sermos importantes, de sermos lembrados, migramos nossos erros e equívocos para os outros (e começo a falar de mim), valho-me da minha criação, valho-me das circunstãncias da vida, valho-me das mais louváveis interpretações que só me contentam para não perder de vista essa necessidade reconhecer que sou uma pessoa boa, embora eventos da vida tornem isso obscuro e irreal. Retomo a questão de que se sentir bom e importante, em hipótese nenhuma, configura arrogância.

Em direção oposta, mesmo diante da complexidade da vida humana, com nossas necessidades e esperas que se colidem com os de outros, em certos momentos, específicas escolhas colocam em questão nossa bondade e generosidade. Ainda assim, fomos chamados para sentar alredor da mesa, partilhar e participar da esperança e do pulsar em prol da vida, por não arredar o pé de que podemos ser pessoas boas, mas não me isenta de maus momentos, de que eu posso ser importante e bom, num exercício diário, na vida complexa, na minha vida complexa, na sua vida complexa.
São Paulo - SP
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