Palavra do leitor
31 de outubro de 2025- Visualizações: 586
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O Pão Nosso negado
A nossa Fome como um chamado à ação
Vivemos em um país de abundâncias e contrastes. Enquanto caminhamos por ruas iluminadas, repletas de mercadorias e vitrines, milhões de brasileiros não têm a certeza de um pão para o dia seguinte. Famílias inteiras vivem sob insegurança alimentar grave; crianças conhecem mais a fome do que a escola, e o silêncio da barriga vazia se torna poesia triste de um cotidiano negligenciado.
Para nós, cristãos, esta realidade não é apenas um dado estatístico ou um problema de políticas públicas. É um espelho inquietante da nossa fé. Oramos o "Pão nosso de cada dia", e ainda assim, o pão do próximo continua negado. Esta não é apenas uma crise social: é uma crise de fé. Ignorar o faminto é negar, na prática, o amor de Deus e a justiça que Ele nos confiou a praticar.
O Fundamento Bíblico da Justiça e do Pão
A Santidade da Dignidade Humana.
Cada ser humano carrega a imagem de Deus (Gênesis 1:27). A fome, então, não é apenas ausência de alimento: é uma violação da dignidade divina. Quando alguém passa necessidade, deixamos de enxergar o rosto de Deus no outro, e a injustiça se torna sombra que recai sobre toda a comunidade.
A Lei e os Profetas
A Escritura é clara: cuidar do vulnerável não é opção, é mandamento.
O direito à espiga no campo (Lv 19:9-10) e a proteção do órfão, da viúva e do estrangeiro (Dt 10:18) mostram que Deus estruturou a sociedade para proteger os frágeis.
Os profetas denunciam a indiferença como pecado social: Amós chama Israel à responsabilidade, condenando aqueles que vendiam o justo por dinheiro e o pobre por um par de sandálias (Am 2:6).
Esses preceitos só ganham sentido quando vividos na prática cotidiana. A fé verdadeira se revela na justiça e na misericórdia, não apenas no culto ou nas palavras.
A Prática de Jesus
Jesus não apenas ensinou a orar pelo pão: Ele se fez presença no pão do outro. Multiplicou os pães, alimentou multidões, tocou os marginalizados. Ser cristão é reconhecer que o "Pão nosso" não é apenas oração: é ação concreta, amor em movimento, justiça encarnada.
Nossa Responsabilidade
O Julgamento da Omissão
Mateus 25:31-46 é claro: o critério do juízo é o cuidado com os famintos. Ignorar a fome é negar a própria presença de Cristo no mundo. Cada cristão é convocado a agir imediatamente, porque a fé que não se manifesta em compaixão é vazia e silenciosa.
Ação (Caridade)
Participar de bancos de alimentos, cozinhas comunitárias e organizações confiáveis que atuam na urgência da fome. Doações regulares e voluntariado, mostrando que a fé não é teoria, mas prática concreta, capaz de transformar vidas hoje.
Ação (Justiça)
Cobrar e incentivar políticas públicas eficazes: programas de transferência de renda, geração de emprego, incentivo à agricultura familiar.
Engajar-se na comunidade: educação, mobilização, voto consciente. A responsabilidade cristã não se limita à esmola, mas exige compromisso com mudança estrutural e justiça social.
Chamado à Conversão
A fé sem obras é morta (Tiago 2:17). O tempo é agora. Cada cristão é chamado a uma conversão da ação:
"Como minha oração pelo pão de amanhã se manifesta em ação hoje, para que o meu vizinho também tenha o que comer?"
Quando a Igreja cumpre seu papel, não apenas denuncia a injustiça: torna-se sal e luz, esperança concreta em um mundo faminto. Alimentar o faminto é mais do que compaixão: é obediência ao Deus justo que nos criou, e amor que se traduz em gesto, pão e vida.
Vivemos em um país de abundâncias e contrastes. Enquanto caminhamos por ruas iluminadas, repletas de mercadorias e vitrines, milhões de brasileiros não têm a certeza de um pão para o dia seguinte. Famílias inteiras vivem sob insegurança alimentar grave; crianças conhecem mais a fome do que a escola, e o silêncio da barriga vazia se torna poesia triste de um cotidiano negligenciado.
Para nós, cristãos, esta realidade não é apenas um dado estatístico ou um problema de políticas públicas. É um espelho inquietante da nossa fé. Oramos o "Pão nosso de cada dia", e ainda assim, o pão do próximo continua negado. Esta não é apenas uma crise social: é uma crise de fé. Ignorar o faminto é negar, na prática, o amor de Deus e a justiça que Ele nos confiou a praticar.
O Fundamento Bíblico da Justiça e do Pão
A Santidade da Dignidade Humana.
Cada ser humano carrega a imagem de Deus (Gênesis 1:27). A fome, então, não é apenas ausência de alimento: é uma violação da dignidade divina. Quando alguém passa necessidade, deixamos de enxergar o rosto de Deus no outro, e a injustiça se torna sombra que recai sobre toda a comunidade.
A Lei e os Profetas
A Escritura é clara: cuidar do vulnerável não é opção, é mandamento.
O direito à espiga no campo (Lv 19:9-10) e a proteção do órfão, da viúva e do estrangeiro (Dt 10:18) mostram que Deus estruturou a sociedade para proteger os frágeis.
Os profetas denunciam a indiferença como pecado social: Amós chama Israel à responsabilidade, condenando aqueles que vendiam o justo por dinheiro e o pobre por um par de sandálias (Am 2:6).
Esses preceitos só ganham sentido quando vividos na prática cotidiana. A fé verdadeira se revela na justiça e na misericórdia, não apenas no culto ou nas palavras.
A Prática de Jesus
Jesus não apenas ensinou a orar pelo pão: Ele se fez presença no pão do outro. Multiplicou os pães, alimentou multidões, tocou os marginalizados. Ser cristão é reconhecer que o "Pão nosso" não é apenas oração: é ação concreta, amor em movimento, justiça encarnada.
Nossa Responsabilidade
O Julgamento da Omissão
Mateus 25:31-46 é claro: o critério do juízo é o cuidado com os famintos. Ignorar a fome é negar a própria presença de Cristo no mundo. Cada cristão é convocado a agir imediatamente, porque a fé que não se manifesta em compaixão é vazia e silenciosa.
Ação (Caridade)
Participar de bancos de alimentos, cozinhas comunitárias e organizações confiáveis que atuam na urgência da fome. Doações regulares e voluntariado, mostrando que a fé não é teoria, mas prática concreta, capaz de transformar vidas hoje.
Ação (Justiça)
Cobrar e incentivar políticas públicas eficazes: programas de transferência de renda, geração de emprego, incentivo à agricultura familiar.
Engajar-se na comunidade: educação, mobilização, voto consciente. A responsabilidade cristã não se limita à esmola, mas exige compromisso com mudança estrutural e justiça social.
Chamado à Conversão
A fé sem obras é morta (Tiago 2:17). O tempo é agora. Cada cristão é chamado a uma conversão da ação:
"Como minha oração pelo pão de amanhã se manifesta em ação hoje, para que o meu vizinho também tenha o que comer?"
Quando a Igreja cumpre seu papel, não apenas denuncia a injustiça: torna-se sal e luz, esperança concreta em um mundo faminto. Alimentar o faminto é mais do que compaixão: é obediência ao Deus justo que nos criou, e amor que se traduz em gesto, pão e vida.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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