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Palavra do leitor

O mundo de Sofia e o mundo do logos

"18/08/2005 - Autor de "O Mundo de Sofia" lança livro no Brasil (Publicidade -JULIÁN FUKS)

Folha - Como concilia essa atenção à ciência com a religiosidade e o misticismo que há em seus livros?

Gaarder - Pertenço à Igreja Católica e, embora não creia nela como revelação da verdade divina, encontro nela a mais importante filosofia moral. Tenho uma aproximação religiosa da vida porque sinto que minha vida e a existência do Universo são um truque mágico. Acredito na natureza do Universo por si só, e o experimento como uma revelação. O que é místico são essas existências."

O escritor Jostein Gaarder apareceu pra mim na faculdade de Letras quando li o seu "O Mundo de Sofia". Fiquei encantado como alguém podia ensinar filosofia de forma tão interessante e atraente. Sempre que vem a calhar menciono que o universo é como um coelho tirado por um mágico da cartola negra do universo, e que nós somos os parasitas deste coelho, alguns parasitas curiosos que ousam subir a ponta do pelo.

Ainda me encontrei com ele na faculdade em “O Livro das Religiões” que me foi muito útil e instrutivo. Apesar de achar que podia ter escrito sobre o assunto como no livro publicado por outro autor chamado “As Viagens de Teo”.

Depois me encontrei com ele numa biblioteca de escola pública em “O Pássaro Raro”. Contos criativos sobre pessoas em busca de propósito de existência e contos sobre a memória do universo. Quando pensei que já tinha lido suas obras mais interessantes, me encontro com ele dentro de minha própria casa. Minha irmã foi fisgada por ele em “O dia do Coringa”. Li e achei incrível. Considero este o melhor dos livros do autor. Nele o enredo consegue ser tão instigador e interessante quanto nO Mundo de Sofia, mas por não se dedicar a didática de seus ideais ou doutrina acerca da vida, o livro parece fluir numa aventura maravilhosa em intertexto com Matrix, que por sua vez já é fruto de intertextualidade com a Bíblia. Em todos estes alguém descobre que há um mundo de ilusão e uma realidade. Ambos controlados por alguém.

No embalo minha irmã emendou lendo o “A Garota das Laranjas”. Este trata de uma carta deixada por um pai a um garoto contando como conhecera sua “garota das laranjas”. Em todos os livros do autor há uma admiração pela vida em geral e pelo trivial como se fora algo fantástico. Em suas obras o autor se espanta com a existência do universo e com a sua própria existência neste mundo. Mas neste livro é que ele parece entrar em crise quanto a brevidade e a dimensão do universo. Como a vida pode ser tão rica em sentimentos, conhecimentos, etc e ainda assim ser tão breve? Como pode o universo tão imenso e desconhecido? Pra que então?

Ai vem a sua pergunta a todos nós leitores: “Imagine que, há muitos bilhões de anos, no momento em que tudo foi criado, você estivesse no umbral deste conto de fadas. E tivesse a opção de nascer neste planeta se quisesse. Não saberia quanto ia viver nem quanto tempo passaria por aqui, mas, fosse como fosse, seria apenas questão de alguns anos. Só saberia que se decidisse um dia nascer neste mundo, quando chegasse a hora ou, como se diz, quando o ciclo se completasse, teria de deixá-lo e a tudo quanto nele existe.” O autor entra em crise com a possibilidade da repentina anulação, não existência eterna.

Percebo em tudo isso alguns aspectos positivos e outros negativos. O positivo é que até um ateu consegue admirar a criação e ficar extasiado com ela. Como diz Paulo aos Romanos: “Pois os seus (de Deus) atributos invisíveis, seu eterno poder e divindade, são vistos claramente desde a criação do mundo e percebidos mediante as coisas criadas, de modo que estes homens são indesculpáveis.” Sem citar o salmo 19 entre outros textos. O negativo neste aspecto é que aqueles que se dizem cristãos são os que ficam entediado com a vida e com Deus e vivem como em Eclesiastes “correndo atrás do vento”. Jostein tem esta lição a dar: “aprenda a admirar a vida e a se encantar com ela, você não precisa de algo mais, o mundo já é fantástico!” Alias, temos em Clarice Lispector algo muito semelhante. Suas personagens também entram em crise existencial essencial quando se deparam com algo simples que se revela fantástico como a mancha e a barata d”A Paixão Segundo GH”, por exemplo.

Outro aspecto a ser notado aqui é a resposta a pergunta de Josein: Se pudéssemos escolher nascer sabendo que a nossa vida seria breve e que teríamos de deixar tudo, escolheríamos viver? A minha resposta pessoal é que ainda que não acreditasse em Deus eu preferiria existir. Amo a vida e tudo o que tem acontecido. Mas sei que assim sobreviveria e não viveria plenamente. Foi também Paulo quem disse: “Se a nossa esperança em Cristo é apenas para esta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” Ter Deus para apenas me ajudar a viver esta vida é viver mediocremente. Você não existe somente para comer, beber e desfrutar do resultado de seu trabalho, como dizia o sábio de Eclesiastes. Se a sua vida for dominada pelas preocupações imediatas e fúteis desta vida você é miserável. Focalizar a vida em ambições e problemas e ser zumbi, é parecer estar vivo e estar podre de morto. A vida é muito mais do que sexo, poder e dinheiro. Eu realmente escolho viver pois sei que esta vida é minha oportunidade de escolher viver com Deus. Esta vida é minha é minha chance de conhecer, amar, adorar e me entregar ao ser mais incrível que existe: Deus! Admirar tudo o que ele fez, adora-lo pelo dom da vida e conhecer sua vontade, seus propósitos eternos. Tudo isso é possível porque Deus veio ao nosso encontro em Jesus.

Dois livros que vale muito a pena ler são “Uma Vida com Propósitos” e “Louco Amor”. Em ambos o amor a Deus e o relacionamento com ele nos mostram o verdadeiro sentido da vida. Conhecendo a Deus é que aprendemos a amar o próximo, servir ao mundo. Conhecendo a Deus podemos ensinar sobre ele e aproximar outras pessoas dele. Amando a Deus é que realmente podemos ser humanos ao Maximo e fazer desta existência algo extremamente significativo. Fazer da generosidade, renuncia e sacrifício formas de viver plenamente.

Leiam sobre o personagem central desta vida que dá sentido a tudo o mais. Como disse João: “A verdadeira luz que ilumina a todo homem, estava chegando ao mundo. Jesus estava no mundo, e este foi feito por meio dele, mas o mundo não o reconheceu.
Ele veio para o que era seu mas os seus não o receberam. Mas a todos que o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes a prerrogativa de se tornarem filhos de Deus.”

Eu quero viver o mundo do Logos (o Verbo Jesus), o Reino de Deus, quero viver ao lado dele agora e para sempre!
São Sebastião - SP
Textos publicados: 3 [ver]

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