O legado de Billy Graham

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Introdução
No dia 07 de novembro deste ano de 2018, Billy Graham completaria cem anos. Nasceu na cidade de Fort Mill, no Estado da Carolina do Sul, filho do casal William Franklin e Morrow Graham. Seu verdadeiro nome completo era William Franklin Graham Jr. De um jovem simples do interior, tornou-se o maior evangelista do século XX e um dos maiores da história. Nem antes nem depois dele, há registro de um pregador que tenha alcançado tantas multidões ao mesmo tempo, superlotando tendas, estádios, teatros, catedrais ou ao ar livre, tendo sua mensagem transmitida ainda via ondas de rádio e televisão.

Billy Graham foi também um grande escritor, sendo traduzido para vários idiomas. Em português, temos diversos livros de sua autoria, dentre eles: Em Paz Com Deus, Mundo em Chamas, O Segredo da Felicidade, O Espírito Santo e Billy Graham Responde. Além disso, este pastor batista foi também conselheiro da maioria dos presidentes americanos de sua época e da rainha da Inglaterra.

Após 75 anos de um tremendo ministério evangelístico, veio a falecer em 21 de fevereiro do presente ano, 2018, em sua casa, na cidade de Montreat, Carolina do Norte; deixando um incrível legado de fé, vida familiar e trabalho para Deus na conquista de almas para o Seu reino, influenciando positivamente milhões de pessoas ao redor da Terra.

Evangelismo Pautado por Princípios Éticos Cristãos
Após uma campanha desanimadora realizada em Modesto, Estado da Califórnia, no ano de 1948, Graham reuniu seus associados Cliff Barrows, George Beverly Shea e Grady Wilson, para fazerem um levantamento sobre os motivos da má fama do evangelismo em massa, que já havia naquele tempo. Eles anotaram dez a quinze problemas que necessitavam ser corrigidos. Dentre os quais: finanças não contabilizadas, sensacionalismo, tendência para divagar acerca da profecia e entrar em controvérsia, anti-intelectualismo, falta de consolidação dos conversos, e comportamentos anti-éticos para com outros pastores e igrejas.

Foi a partir daí que eles formaram o famoso Manifesto de Modesto, no qual se comprometeram com o seguinte: "relatórios corretos, honestidade financeira, pureza sexual e apoio aos pastores locais. Era consenso que nenhum homem de sua equipe poderia ficar sozinho com qualquer mulher além da própria esposa." Agora, todo sucesso tem o seu segredo. No evangelismo, não é diferente. E Graham conta o seu como sendo a seguinte receita: "o poder da oração, a autoridade da Palavra de Deus, a eficiência da organização e promoção, a vantagem de trabalhar em equipe, o vínculo com igrejas locais e o vazio espiritual à espera de ser preenchido."

O Mais Importante: o Testemunho da Família
Como toda boa família cristã, os Graham também tiveram seus problemas, não eram perfeitos. Que desafio para Ruth cuidar de seus cinco filhos: Anne, Virginia, Ruth, Ned e Franklin, tendo um marido que viajava pelo país e o mundo a maior parte dos dias do ano! Certa vez, perguntaram a ela se já pensara em se separar do seu marido. Ao que respondeu, bem-humorada: "Separar não, mas se você me perguntar se já pensei em mata-lo, a resposta é sim, algumas vezes." Tiveram ainda que enfrentar o dilema da rebelião de seu filho mais novo, Franklin, quando chegou à juventude.

Entretanto, centenas de milhares de cristãos em todo o mundo, se emocionaram ao assistir pela televisão e internet a transmissão do funeral de Billy Graham, e ouvir o testemunho sincero de seus filhos. A terceira filha, Ruth, apelidada Bunny, contou em lágrimas sua história com seu pai, após seu divórcio traumático, quando sentiu o mundo desmoronando ao seu redor: "Fui ver meus pais, pensando; ‘O que eles vão me dizer?’ Enquanto me aproximava da casa, papai abriu a porta. Estava ali me esperando. Não havia vergonha nem julgamento. Ele me abraçou e falou: ‘Bem-vinda ao lar.’"

Franklin, que teve sua experiência pessoal de conversão, tornou-se pastor e agora é o presidente da Associação Evangelística que leva o nome de seu pai; pregou na cerimônia, e afirmou: "Minha mãe amava meu pai e meu pai amava minha mãe... O Billy Graham dos estádios, da televisão, era o mesmo que tínhamos dentro de casa. Não houve dois Billy Grahams, só um."

Conclusão
No dia de sua morte, o jornal britânico The Guardian expôs como matéria de capa a seguinte notícia: "Billy Graham, o Pastor da América". Assim era conhecido o grande evangelista. Tudo isso deve nos levar a algumas reflexões: Será que nós, ministros do evangelho, podemos ser considerados os pastores da região que o Senhor nos deu para cuidar? Você, que é um pregador da Palavra, poderia ser chamado de pastor do seu bairro ou cidade? Qual tem sido a nossa atitude para com a comunidade na qual estamos inseridos? Temo-la servido? Estamos fazendo tudo ao nosso alcance pela salvação dos seus moradores? Vai longe o tempo de permitirmos que este país e o mundo vejam o que homens totalmente consagrados ao Senhor são capazes de fazer.

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Opinião do leitor