O Desafio de Amar - 1

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Quando você se dispõe a amar...

Quando você se sente atraído por um profundo sentimento de bem querer, o mundo inteiro à sua volta experimenta o gosto infinito da felicidade. O amor é a força mais importante da vida. É o único bem pelo qual se deve lutar para possuí-lo em abundância. Ele é o principal remédio para curar todos os males do mundo. Negue a uma pessoa o seu amor e ela se definhará. Manifeste-lhe o seu afeto ela transbordará de felicidade.

O amor é a única força capaz de transformar o mundo. Porque é a única força capaz de transformar as pessoas.

Conta Henry Drummond, em seu excelente O DOM SUPREMO, na feliz adaptação de Paulo Coelho, que Edward Irving visitava um menino que estava morrendo. Ao entrar no quarto, colocou a mão na testa da criança e apenas lhe disse:

- Garoto, Deus te ama. – Não disse mais nada. Saiu em seguida. O garoto levantou-se, chamou todas as pessoas da casa e gritava contente: Deus me ama!

A mudança foi completa. A certeza de que Deus o amava foi suficiente para arrancá-lo da cama e cura-lo.

Você pode colocar um punhado de ingredientes numa panela, mas é o amor que põe tempero e cria o paladar. Você pode rabiscar um sinal na partitura, mas é o amor que faz a melodia. Só o amor é capaz de fazer da pedra bruta uma escultura, de um punhado de plantas, as belezas de um jardim; de uma tela em branco, uma obra prima. De pedras, tijolos e areia, um lugar aconchegante. De calor humano entre pessoas, aquilo que denominamos lar. Ou amizade.

Só o amor faz maravilhas. Só o amor é capaz de destruir barreiras entre pessoas. Só o amor consegue construir pontes de uma verdadeira fraternidade nos corações dos homens. O amor encadeia palavras e faz poesia; enreda histórias e faz romance; reúne pessoas, e faz uma festa; encadeia sons, e faz melodias maravilhosas.
O amor aquece corações e faz nascer grandes amizades; envolve sentimentos e faz surgir romances inesquecíveis, repletos de laços de ternura. É ele quem faz ainda com que uma pessoa seja para nós diferente das demais; faz com que certos dias e alguns lugares se tornem encantadores em nossa imaginação. Só através do amor poderemos fazer com que muitas pessoas sejam felizes ao nosso redor.

Por tudo isto é importante participar ativamente da extraordinária aventura de amar. É preciso não ter medo de amar. É preciso aprender a confiar nas pessoas. É indispensável acreditar no bem-querer como alvo supremo da vida. Só o amor cria os sonhos, enternece corações. Só o amor é capaz de enfrentar qualquer dificuldade, superar qualquer sacrifício, pelo bem da pessoa querida. Para quem ama não há limites, não há distâncias, não há atropelos, não há lugar. Não existe tempo. Para quem ama, o amor é a mais empolgante aventura de viver.

Enquanto a paixão é apenas a fagulha que alimenta o coração dos homens, o amor é a própria vida cheia de sol a eternizar a felicidade. É o amor que nos faz querer bem a todas as criaturas. É ele quem nos faz socorrer àqueles que sofrem; a amparar o que está caindo; a levantar o que sucumbe; a estimular o que se aniquila; a encorajar e encher de esperança os que nutrem no coração um amargo sentimento de que a vida não paga a pena ser vivida.

O amor também nos ensina a ser complacentes com os que erram, a perdoar os que nos ofendem, a tornar multicores os dias que amanhecerem cinzentos em nossas vidas. A pessoa que ainda não aprendeu a arte de amar, por certo ainda não experimentou o gosto da felicidade.

A pessoa que ama é a principal beneficiada por tudo aquilo que estiver fazendo pelo bem de seu semelhante. Esta é a grande verdade que está escrita no sermão das bem-aventuranças. Este é o sentido eterno da linda mensagem do apóstolo Paulo em sua carta aos seus amigos de Corinto:

Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine... se não tiver amor, nada serei!... se não tiver amor, nada disto me aproveitará.

E conclui categoricamente:

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor. Estes três. Mas o maior deles é o amor. É a carência de amor que faz nascer um marginal. É a ausência de amor no coração dos governantes que provoca as guerras. Há misérias nas cidades e vilas, onde o amor falhou. Há desalento e desesperança no coração de uma criatura, onde o amor fracassou. As cadeias de todo o mundo estão repletas de homens e mulheres que não aprenderam a doce arte de amar. Ou porque jamais foram convenientemente amados para serem menos infelizes.

Há muita gente má no mundo, porque não foi suficientemente amada, afirmava o papa Pio XI. Dai-me um povo que acredita no amor e vereis a felicidade na face da terra, dizia o grande líder indiano, Gandhi. Saber amar é uma arte e um dom que precisam ser cultivados.
(Continua)

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Opinião do leitor