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Palavra do leitor

O céu não pode esperar!

O título, contrapondo-se ao filme "O Céu Pode Esperar", indica que muita coisa que se tem praticado no meio evangélico está, na realidade, trabalhando contra o Reino. Além dos métodos nada ortodoxos que muitas igrejas neopentecostais usam para crescer, outros grupos evangélicos têm agido de forma que, na prática, estão fechando a porta dos céus a milhões de pecadores.

As muitas regras e exigências dentro das igrejas criaram um sistema que mais se parece a uma sociedade secreta, com rituais a serem rigorosamente observados, para que se tenha razoável aceitação. Assim, espera-se que o crente seja alguém inatacável, sem fraquezas, fiel em tudo, especialmente nos dízimos e ofertas, não sujeito às angústias e ansiedade, sempre alegre e sorrindo, capaz de vencer tudo com uma fé que resista a toda e qualquer provação. Qualquer um que deixe transparecer que não é tudo ou nada daquilo acaba sendo taxado de desviado ou de infiel. Assim, muitos preferem viver uma vida de farsa dentro das igrejas, não expondo suas fraquezas para não acabar sendo evitado ou mesmo rejeitado.

A igreja evangélica criou um estereótipo de crente que mais se aproxima dos ridículos modelos de heróis americanos que dos verdadeiros homens da Bíblia. Nem pensar em agir como Elias, escondendo-se quando sente medo! Descobrir-se, às vezes, como Davi, um mau caráter, é insuportável. Sentir pouca inspiração até para orar é um pecado sujeito ao fogo do inferno! Assim, como a realidade é outra, onde os crentes ainda são de carne e ossos, não há outra opção a não ser viver a hipocrisia para agradar ao líder.

Alguns pregadores (pasmem-se!) chegam ao cúmulo de dizer que o crente fiel nunca deve chegar perto de Deus com mãos (ou bolsos?) vazios! Ou seja, se tiver não tiver dinheiro, melhor ficar em casa ou arranjar emprestado senão vai passar vergonha, sendo humilhado! Esquecem-se de que Pedro e João, ao irem ao templo para orar, não tinham "prata nem ouro", nem mesmo para esmola! Isto não os impediu de terem autoridade para usar o nome de Jesus e ver o coxo curado.

Outros afirmam que só se pode envolver nas atividades da igreja, principalmente missões, se estiverem com vida santa. No entanto, o conceito exposto de vida santa é vago e normalmente se refere ao conceito particular de cada líder ou comunidade. Impensável agir como Jesus, bebendo e comendo com pecadores. Duvido que estas igrejas deixassem Jesus pregar durante três anos antes de matá-lo! A quantidade de restrições que põem à evangelização é tão grande que nem em um milhão de anos o mundo seria evangelizado!

O principal mandamento de Jesus, além do amor a Deus e ao próximo, foi "Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado" (Mc 16.15-16). Pregar o evangelho é talvez a maior prova de amor que um servo de Deus pode dar! É abrir as portas do céu para alguém que estaria condenado ao inferno. Infelizmente, confesso que tenho confundido, como muitos, mandado com chamada. Nenhum crente deveria esperar "ter chamada" para pregar, pois isto não existe. A chamada existe para aceitar o caminho da salvação. O mandado para pregar é aplicável a todos os crentes, sem distinção.

Porém, anda-se confundindo pregar o evangelho a moldar pessoas às regras da própria igreja. Parecem-se mais aos fariseus aos quais Jesus alertou: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o tornais duas vezes mais filho do inferno do que vós" (Mt 23.15). Confundir o verdadeiro evangelho com as regras da denominação é pregar um evangelho torto e ineficaz. O "convertido" acaba ficando duas vezes mais filho do inferno: primeiro porque não aceitou o verdadeiro evangelho; segundo porque acha que o aceitou, bloqueando-se à verdadeira salvação.

O falso evangelho da prosperidade desvia o pecador da salvação, favorecendo um comércio ambicioso e imoral: "E muitos seguirão as suas dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade; também, movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócio" (II Pe 2.2-3). Está mais que claro a que grupos o texto de Pedro se refere. Os verdadeiros evangélicos sofrem descrédito exatamente por causa desses grupos.

Po outro lado, enquanto a igreja gasta tempo e energia tentando forjar os membros aos moldes da denominação, milhões de almas perecem a cada dia, indo irremediavelmente para o inferno! Poucos se preocupam com isso! Já ouvi, aterrorizado, pastores dizerem que preferem uma igreja vazia ou com poucos membros que sejam realmente fiéis a ter a igreja cheia de pessoas "sem compromisso"!

Penso que seria útil que cada candidato a pastor passasse antes um único minuto no inferno! Quem sabe assim o verdadeiro amor pelas almas nasceria e se perceberia que o tempo está passando e o céu não pode esperar que as igrejas se encham de gente perfeita!
Juiz De Fora - MG
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